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HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro

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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

PAPO DE BOTEQUIM: ACREDITAR NO TACO E AGUENTAR O TRANCO

Baby Victory

Quando adquiri a Baby Victory para um cliente, ao pé de sua mãe no pasto do haras Xará e a mandei para um haras que considero um dos melhores do estado do Paraná, o Sta. Rita da Serra, senti que ela foi vista como pequena, principalmente em se tratando de uma filha de Torrential, que tem a capacidade de gerar cavalos de tamanho, bem acima da média. Mas, a meu parecer, ela era dotada do balanço que eu almejo em um cavalo de corrida e creio que seu tamanho não a impediu de ser a champion 2yo de sua geração. Por razões que não me sinto induzido a tecer, ela acabou "micando" na minha mão. A coloquei no mais badalado leilão em Cidade Jardim, e ela teve pouco mais de dois lances, o que me obrigou a defende-la. E isto, de maneira alguma, a inibiu de ser transformar no melhor elemento em performance entre todos os vendidos daquele dia. Agora, garanto a vocês que se ela fosse um palmo mais alta e 30 kilos mais forte, teria sido vendida naquela tarde. Porém, fica aqui uma pergunta que a meu ver não se pode calar: isto lhe garantiria uma melhor performance em pista? Confesso que não sei, mas arrisco a afirmar que duvidaria.

Tamanho para mim, nunca foi documento. Equilíbrio sim. Sou arquiteto por formação profissional e sei por experiência própria que proporções tem que ser respeitadas para o sucesso de qualquer empreitada.


Desculpem aos dogmáticos, mas volto a repetir com um ênfase de outro baixinho, Rui Barbosa, para mim, tamanho nunca foi, é ou será documento, tanto assim que casei com uma baixinha, que é um vulcão, que quando em erupção se torna uma gigante. Ademais, nunca pude crer que a fita métrica seja um fator vital para o sucesso deste ou daquele. Santos Dumont tinha menos que 1,60m de altura e isto não o impediu de ensinar o homem a voar. O citado Rui Barbosa, não foi considerado a Águia de Águia, por seu tamanho. Romario foi o que foi, sendo reconhecido mundialmente como o baixinho.  Maradona, muito menos poderia ser considerado um gigante. Dizem que Aleijadinho escapou de ser um anão por milímetros, todavia, ele fez com ferramentas amarradas ao que sobrou de sua mãos, aquilo que a grande maioria não o conseguiu fazer com mãos cheias de dedos. E os exemplos se multiplicam. Na criação de cavalos de corrida, Canterbury Pilgrim, a mãe de todos, era pequena, e dela saiu Chaucer, outro tamanho mignon, cuja filha a pequena Selene, gerou ao chamado poney, Hyperion. De uma das filhas de Hyperion, foi gerado Nearctic, que por sua vez é responsável pelo aparecimento daquele que modificou a maneira de mundialmente ser analisar físicos em um cavalo de corrida: o pequeno notável, Northern Dancer.

Infelizmente no Brasil, as pessoas ainda se impressionam pelo peso dos cavalos. Estes são exaustivamente citados por nossos leiloeiros, com ênfases sonoros, quando passam dos 500 quilos, quando ainda potros em formação. Muito peso em uma estrutura que ainda se forma, apavora-me. E isto me faz lembrar George Blackwell: cavalos grandes, problemas grandes. Um fórmula 1, é menor que um ônibus, mas sua performance em pista me parece mais rápida. Creio ser até mais rápido que a grande maioria dos trens. 

Um dos melhores cruzamentos que penso ter idealizado para Acteon Man, foi com a importada Maria Nunziata, uma filha de Green Desert, na linha materna 1-k. Neste cruzamento ficam evidenciados imbreeds no chefe de raça Danzig 4x3, em seu pai Northern Dancer 5x4x5, em Sir Ivor 4x4x5, em Never Bend 5x5 e nas matriarcas Somethingroyal 6x6x6 e Pocahontas 6x5. O que eu esperava? Um elemento de complexão no máximo média, compacto  e com muita cara de cavalo de corrida. O que eu sonhava? Algo que pudesse me lembrar Danzig

Pois bem ele nasceu, e como a grande maioria de filhos de Acteon Man, são pernaltas, ele foi imediatamente apelidado de Gigante, pois, era não tinha a altura de pernas dos irmãos e muito mesmo suas complexões físicas. Resumindo, era pequeno. E como todo pequeno, visto com reservas. Mas aqui entre nós, seu equilíbrio, desenho de garupa e palheta, proporção de canela e antebraço, angularão e extensão de quartelas, formação craniana, definição de tendões, poderio ósseo e muscular, luminosidade no olhar, - sei que esta é frescura mas não falha - expressão e até nas marcas, ele é o Danzig escarrado!

Eu quando o vi pela segunda vez, extasiei-me, mas contive-me, pois sabia que todos esperavam a minha reação. Mas confesso que gostei, sem amar. Hoje recebi a sua foto e resolvi girar a baiana. Se eu tiver direito a opinião, o batizaria de Hércules!


Danzig

O gigante do Lorolu

Podem falar o que falar. Acusem-me do delírio ao desvairo. Afinal suas chances de estarem certos, são imensas.  Aproveitem a ocasião. Não me importo. Quando paguei em Sea Girl (que veio a ganhar dois GP 25 de Mayo), US$1,000 e pouco mais do que isto em Much Better (que foi a seu tempo o maior corredor do continente), sofri gozações ainda maiores. É como sempre penso, acreditar no taco e aguentar o tranco. Cada sonhador, sonha com o que pode. Sempre sonhei colorido e em sistema digital, antes mesmo deste sistema ser inventado. E para mim, até que provem ao contrário, ele é o meu Danzig. E, afinal, poupem-me, já que cada um tem o seu Danzig que merece...


MAS VOLTEMOS A TERRA. 

Cavalos tem que ter equilíbrio, serem rápidos e acima de tudo terem vontade de vencer. O equilíbrio, distribui as forças que irão entrar em contato com o solo e propiciarão a harmonia dos movimentos, aumentando a sua capacidade de tração e diminuição do desgaste físico. A rapidez é um derivado da perfeita união de todos estes fatores, mas a vontade de vencer, é parte de seu caráter, onde criação e herança genética, passam a ser os fatores de maior importância, no equacionamento desta questão. Nunca li um tratado sobre o assunto, mas depois de anos de lida nesta atividade, foram as conclusões a que cheguei.

Tesio dizia, que um cavalo corria com as pernas, respirava com com seus pulmões, acelerava com o coração, mas ganhava com aquilo que o criador conseguira nele incutir, na forma de seu cruzamento: a vontade de vencer. Os realmente rápidos, a quem estive profissionalmente ligado, gostavam do que faziam, e demonstravam, sempre que possível, terem alegria em suas patas - não confundir com o Bernardo - ou então eram daquele tipo profissional, que não brincavam em serviço, com um alto grau de conseguir concentrar-se e focar-se em uma única direção: a da vitória.

Evidentemente que o número de cavalos de tamanho normal, é maior do que o dos grandes, que por sua vez, é ainda bem superior ao dos pequenos. E isto é fácil de ser entendido, afinal, quando você tem uma égua pequena, parte para a utilização de um reprodutor que você acredita que dará mais tamanho ao produto da união. É uma forma hipócrita de tratar daquilo reconhecido como a lei da compensação. Na criação de thoroughbreds, não existe um média aritmética. Não é dando um cavalo excessivamente alto, a uma égua excessivamente baixa, que você conseguira produzir ao cavalo de altura perfeita. É procurando na dominância física de certas raças, aquele indivíduo que por ter a proporção perfeita, você acredita que transmitira à sua prole, dominando a seu parceiro, neste ítem. Complementaria meu raciocínio, lembrando que penso que se um cavalo foi bom em pista, com um determinado centro de gravidade, que independia de seu tamanho, este centro de gravidade deveria ser mantido em seus filhos, já que a meu ver, pelo menos aumentaria a probabilidade do aparecimento de outros como ele. O tamanho, como disse anteriormente, a meu ver, é um fator independente. O que interessa é o centro de gravidade, coisa que até a grande maioria de nossos jóqueis, não respeita. E que para mim, este foi - sem dúvida alguma - o grande legado do Juvenal. Ele se adaptava, aos diferentes centros de gravidade, mudando sua posição na sela. Como o fazia? Acredito que por instinto. Nos Estados Unidos, Gary Stevens, é o que melhor aplica esta técnica.


GRANDES NOMES DO TURFE
FORAM PEQUENOS EM SUAS DIMENSÕES.
NÃO QUERO COM ISTO,
INCITAR CRIADORES A GERAR ANÕES
COMO SOLUÇÃO PARA A MELHORIA
DE SUAS RESPECTIVAS CRIAÇÕES
MAS PAREM DE PENSAR EM PESO!

O que clamo, é que se tente manter a característica física de uma raça. Respeitem, seus centros de gravidade. Não os modifiquem para a obtenção de um cavalo maior e mais pesado. Tentem abolir de suas mentes o culto ao extremamente grande. Como diria uma amiga, grande é bom, mais dói. Lembro-me quando a grandalhona Revless entrou na reprodução, aluguém suscitou a possibilidade dela vir a ser coberta pelo pequenino Tratteggio, como uma espécie de lei de compensação. Nasceu um asno, ao qual, se não me engano foi dado o nome de Reveland. Qual o legado desta ação? Perda de tempo e dinheiro. Aceito que Reveless, não foi nem de perto no breeding-shed, aquilo que apresentou em pista, embora hoje, exista um família se formando dela descendente. Mas seu melhor produto, Eau-Forte, nasceu de um cruzamento quase doméstico com um garanhão de forte complexão física, chamado Effervescing. Eau-Forte, com o pouco produtivo Aksar, gerou a Jingle Bells, uma colocada em prova de graduação máxima e a l'Orfeu, um segundo colocado no Grande Prêmio Brasil. Logo, não é coincidência o fato de Jingle Bells ser a mãe da ganhadora do OSAF (Gr.1), Spring Love. E lembrem, esta é pelo esporádico Bonapartiste. 

Isto não é uma regra, mas serve de exemplo. E exemplos existem aos borbotões. São como problemas. Basta procurá-los que você os achará.

Sempre defendi, que temos ter a mente aberta, aos analisarmos as opções existentes no turfe, um atividade regida pela genética e por isto mesmo, não exata. Principalmente nós, os humanos, que temos uma capacidade de uso cerebral, menor que a dos golfinhos. Logo, não somos brilhantes, e encher esta pouca capacidade de utilização do cérebro com dogmas, é perda de espaço.