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sábado, 28 de fevereiro de 2015

PONTO CEGO: SERÁ QUE CALAR É SEMPRE CONSENTIR?

Vó Adelina, dizia que a ocasião faz o ladrão. Pois, deve ser assim mesmo. E digo isto por experiência própria. Lembro-me que em meu aniversário de seis anos, pedi a meu pai que me levasse ao Maracanã e ele respondeu que eu era ainda muito pequeno e que era perigoso. Imaginem, perigoso na década de 50 ir ao Maracanã. Imagina hoje, onde para este próximo domingo foram escalados 1250 policiais para o clássico entre Botafogo e Flamengo e desde já a gente sabe que as chances de evitarem problemas é simplesmente nenhuma.

Pois, bem duas semana depois meu tio Mário, aproveitando-se que meu pai estava viajando, passou em casa e me levou ao Maracanã. Não era um jogo importante. Era contra o São Cristovão, mas para quem nunca foi, era como assistir uma final de Copa do Mundo.

O tempo me provou que Tio Mário, queria me trazer para o lado rubro negro. E conseguiu. Confesso que quando pequeno, tinha brandas preferências pelo Fluminense e escassas pela Mangueira. Nunca vira o time das Laranjeiras jogar e nem sabia onde se localizava a escola mais popular. Tudo era uma questão de ter ouvido falar. Mas naquele jogo, com uma vitória do Flamengo por 12 a 2, a ocasião fez o ladrão. Entrei no Maracana tricolor e sai, horas depois do estádio, rubro negro convicto. Como anos depois, ao assistir a meu primeiro desfile na Avenida, não tinha como deixar de me apaixonar escandalosamente pelo vermelho e branco pois, além disto a menina dos olhos ficara intensamente avariada com aquele verde e rosa.

O mesmo acontece com pedigrees. Existem alguns que você aprende a respeitar, conforme a ocasião. Este respeito pode decair ou aumentar, conforme a sucessão de resultados com o passar do tempo. Em relação a outros, o bom conselho é se afastar deles o quanto antes. A decisão sempre ficará na cabeça de cada um, mas o respeito não tem que ser conseguido por gosto ou moda e sim pela análise de resultados e comparações de proporcionalidade. Minimize seus focos e objetivos. O que não serve, elimine. Quando servir, será imediatamente notado. Isto se aplica a pedigrees, a cavalos de corrida e até profissionais. Opiniões podem ser mudadas, mas dentro de uma base técnica. Explico-me.

Aprendi, quando arquiteto, que a gente não deve ficar olhando muito para aquilo que o desagrada. Seja um pedigree ou mesmo um cavalo em si. Por que? Por que a vista acostuma e aquilo que era horrendo, depois de um certo tempo, passa a ficar apenas feio. E numa noite fria e chuvosa de sexta-feira pode até passar como razoável. Mas mesmo tentando ser objetivo e técnico, tem sempre alguém lhe enchendo o saco, com isto ou aquilo. Tentando escurecer o que está claro e privando seres humanos de sua devida paz. São os famosos catadores de pelo em ôvo, que depois de pós graduados, transformam-se em detratores do óbvio.

Hoje omito-me e procuro me afastar da polêmica. Afinal mesmo aceitando o velho ditado, que quem cala consente, depois dos 60, me dou ao direito de me levar pela preguiça de discutir com gente chata. Determino meus alvos, elaboro minhas pesquisas e ponho em pratica aquilo que acho que deva ser o correto, e com isto acredito que aumento minhas possibilidades de êxito. Nenhuma garantia tenho, como ninguém o tem. Nem Tesio o tinha. Mas o tempo lhe prova que esta não só é a forma de se atingir seu gol, como também a mais rápida e principalmente aquele que lhe garante ficar neste outro patamar, por um período maior de tempo.

As vezes o stallion prospect, não tem a campanha ideal, mas tem aquele pedigree que lhe inspira confiança, já que é descendente de tribo e família produtoras de reprodutores consagrados. Você fica de olho e espera que alguém o explore. Ai explorado, ele se torna uma grata surpresa. E dai que você tem que dar o inicio. Apaga-se a campanha. O que fica provado é que aquele pedigree garantiu a transmissão de caracteres. Ou será que Hyperion e Northern Dancer não deveriam ter chance por serem minúsculos, Danzig e Raise a Native por não terem ganho uma prova importante? Agora me citem um sem pedigree que chegou lá?

Quando o cavalo se prova num centro de primeiro mundo, principalmente tendo ele tido que enfrentar no breeding-shed, uma disputa que lhe é tremendamente desfavorável, o bom senso lhe diz para esquecer sua campanha e se concentrar na exploração dos pontos fortes de seu pedigree. Pois foram eles que o tornaram um reprodutor provado e bem sucedido. 

Outro dia ofereci um reprodutor que cobria 10 a 11 éguas por ano - todas de baixíssima qualidade - e mesmo assim já conta com três ganhadores de grupo e este ano pulou para um número alto de serviços, triplicando, inclusive seu real valor. Todos no Brasil se pegaram na campanha. Confesso que me senti como o Capitão América, todo fantasiado, aterrizando sozinho no meio da central do Estado Islâmico, para vender exemplares da Bíblia! Levei toda e qualquer tipo de "negatividade". Parecia que eu estava oferecendo um lixo.

Ele - o cavalo, não o capitão América - não foi um craque. Por isto no inicio de suas novas funções, era barato e o número de éguas a servir, ínfimo. Mas o pedigree foi lá e está dando o seu serviço. Que na minha opinião é o que realmente interessa. Ou não? Vários são os artigos, em revistas especializadas, escritos por gente conceituada, que o colocou no final da temporada passada como um dos destaques reprodutivos. Mas aqui, ele foi visto como um piada. 

Na verdade não me espantei, que mais um reconhecido "melhorador" - tipo off broadway - tenha sido rejeitado no Brasil, pois, houve gente, que aqui louvou a vinda de Sagamix, Sinndar e outros, reconhecidamente vistos - não sei se certo ou errado - como "pioradores" por estes mesmos "experts", no hemisfério norte. Outrossim, campanha não lhes faltavam... Por isto prefiro me calar, sem contudo consentir.

A ocasião faz o ladrão, assim como a perda de uma inteligente oferta de ocasião, o faz estagnar na "mesmísse" da vala comum.