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Não sou daqueles que para tentar justificar algo, venho aqui e escrevo que a ganhadora do One thousand guineas de Newmartket criada em purpura, não ganhou por isto, ou por aquilo. Nada houve, a não ser o fato que Jet Setting engrossou e mostrou que naquele domingo, ninguém a ultrapassaria nos metros derradeiros.
Evidente que para o analista, analisar o pedigree de Miding é mais fácil. Existem razões de sobra, para ela ser o que é. Mas em relação a Jet Setting, não me parece ser tão fácil assim. E vocês sabem que justificar um pedigree, já é uma coisa subjetiva por definição. Um pedigree pitoresco, passa a ser uma tarefa quase que impossível.
Jet Setting não é nenhuma matunga. Ganhou três de seus oito compromissos, inclusive o preparatório para os 1,000 Guineas em Leopardstown, com 200 metros a menos. Trata-se de uma descendente de Danehill em mãe por um descendente de Storm Cat, o que viabiliza se dizer que se trata de um cruzamento altamente moderno. Porém, seu pedigree me parece complicado. Não é a toa que custou 7,000 Guineas como desmamada e creio que não mais de 12,000 quando em treinamento e após perder suas quatro primeiras provas. De um esquema de primeira linha.para um de segunda, cristalizou-se em sucesso. Como explicar? Não serei eu a fazê-lo.
Na procura de pontos de força em seu pedigree, cremos que o fato de ter quase um binômio mágico pode ter influindo em sua performance. Ela é Mr. Prospector 5x5. Northern Dancer 5x6x6 e seu pai Fast Company é imbreed em Buckpasser, o que quase configura um tripé mágico, da forma que uma vez já discuti por aqui. Aquela de quem não tem cão, tenta um gato. Se este gato tiver mais cinco casos, como os dois que vislumbrei este ano, passa a ser um gato importante...
Ter uma mãe Johannesburgo, cuja estrutura genética é formada por Pivotal, Lear Fan, Tap on Wood, em familia B3, igualmente não ajuda a consolidar uma análise do porque. Por isto, seu pedigree deve ser cognominado, na melhor das hipóteses de pitoresco.
Fast Company foi um seguro dois anos, que venceu dois de seus três compromissos, sendo segundo - quando era ainda invicto - no Dewhurt Stakes (Gr.1) a meio corpo de New Approach, que viria a ganhar o derby, e ser o lider de sua geração. Com a primeira geração nascida em 2012, Fast Company já contando com três ganhadores de grupo, dois deles este fim de semana, e creio que assim ele demonstra que em termos de precocidade e velocidade, de alguma forma está se impondo. O que para um reprodutor cujo serviço não trás multidões em sua direção, em apenas 4,000 libras, é na verdade um plus.
E os outros dois graduados de Fast Company? A que contas andam? Devonshire, ganhadora na vespera, de uma prova de graduação 2, foi terceira no Irish One Thousand Guineas (Gr.1), ano passado e também não conta com uma estrutura genética materna das mais convincentes. É filha de uma Trans Island, em mãe Nordico-Diesis-Exclusive Native num ramo mambembe da 22-d, que conta como seu maior atrativo um imbreed no velocista Sharpen Up na razão 4x4x5 e outros imbreeds em Northern Dancer e seu filho Danzig.
Baitha Alga, também ganhadora de graduação dois, apresenta as mesmas duplicações em Northern Dancer e seu filho Danzig, numa mãe Fastastic Dancer, cuja estrutura genética é formada por Danzig-Prince Tenderfoot- Never Say Die, numa corrente da comportada linha 13-e.
Portanto, falando-se francamente, eu acho que o segredo do pedigree de Jet Setting, é mesmo seu pai, que além dos já citados imbreeds em Northern Dancer e Buckpasser, apresenta uma duplicação, que em meus estudos já verifiquei que funciona, o na égua Mixed Marriage, mãe de Atan - o pai de Sharpen up - e de Tamerett - a avó de Gone West.
Muita gente não tinha Fast Company em sua lista de possibilidades, mesmo ele sendo um Danehill Dancer em mãe Zafonic. Era um elemento descendente da famila 52 e que pintou precoce, mas sem nenhuma efetividade aos três anos, já que nem correu. Mas creio que depois deste fim de semana, esta forma de pensar, foi dispensada...
