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domingo, 19 de junho de 2016
PEQUENO PAPO DE BOTEQUIM; COMO COMPRAR UM POTRO - SEGUNDA PARTE
Para mim, a primeira regra de qualquer coisa referente as coisas do turfe é que não há uma regra fixa. Você estabelece seus parâmetros mínimos, que se mofificam com o transcurso de seu aprendizado e as experiências inerentes deste aprendizado. Se suas crensas não se traduzem em vitórias, é hora de se rever seus parâmetros, pois, o turfe não é uma atividade estática. Ela se modifica, com os novos reprodutores, - machos e femeas, e pelas teorias de aproveitamente técnico - treinamento e criação.
Mas não estar ganhando não quer dizer absolutamente que você esteja errado. No turfe, você tem que ter duas normas de conduta: paciência e resiliência. As vezes as coisas custam a se encaixar. Nunca poderemos estar certos sempre com a primeira idéia ou iniciativa.
Apresentei ontem a maneira como encaro a seleção de animais no Brasil. Devido a condições precárias de nossa economia, de repente nos vemos reduzidos a criar 2000 cavalos ano. Basicamente divididos entre três centros de criação; Bagé, Paraná e São Paulo. Ver 700 deles, mas tendo como base os principais Haras, é um trabalho metódico, mas longe de ser impossível de ser realizado. Custa tempo e dinheiro, e tem que haver de alguém a vontade de faze-lo.
Só consegui colocar em pratica esta forma de trabalho quando comecei a trabalhar para o TNT. Ai vim um ano ao Brasil, escolher cinco potros, já que potrancas eu as escolhia nos Estados Unidos. O trabalho surtiu efeito e o Gonçalo Borges Torrealba, colocou a sua pipa no ar, num tempo recorde. Saiu do anonimato à fama numa questão de uma temporada. E creio que Much Better pagou por toda e qualquer custo inerente a operação.
Passaram-se alguns anos e foi a vez do Stefan Friborg. Desta feita o projeto foi aprimorado, passei a fazer três visitas e creio que os resultados obtidos pelo Estrela Energia com cavalos brasileiros no exterior, não pode ser comparado a qualquer outro. E culminou com a vitória, naquilo que ele mais sonhava, a Dubai Cup.
Agora chegou a vez da Black Opal e do Stud H e R. O primeiro, em seu ano de estreia, distribuiu seu cartão de visitas na forma de um English Major.
O segundo com uma filosofia parecida mas não igual, transformou sua filosofia em resultados que vão do Pellegri ao Brasil. Do OSAF ao Derby. O que no meu modo de ver, não é mal, vocês não acham?
Não estou aqui para contar o que este ou aquele, fizeram em termos de sucesso e fracasso. A história se encarrega disto. Cada um teve as suas virtudes e seus defeitos. E inerente da raça humana. Entre as positivas as mais importantes virtudes foram : paciência e resiliência. O importante é que eu quando para eles trabalhava e agora trabalho, nunca me afastei de minha linha de pensamento. Sou arquiteto e sei que em qualquer projeto, você tem que ter um inicio, um meio e o fim. E xiste um tempo de maturação para que a obra possa vir a ser aceita. Minha responsabilidade é com o inicio. Nas duas seguintes fases, dependo de profissionais, as quais confie e acredite, pois, nesta atividade não é preciso apenas se conhecer a genética e o fenotipo dos cavalos, você tem que conhecer gente. E gente é mais complicada que cavalo...
Tenho por exemplo uma forma de ver em relação ao caminhador, que ontem foi foco de minha análise. Qual a finalidade de sua criação para cavalos de corrida? Qual o âmago de sua essência? Aquecimento muscular cavalos em treinamento, antes dos mesmos irem para a pista, quando não existem mão de obra suficiênte, ou as minimas condições de fazê-lo da forma natural, montado e ao ar livre? Creio que sim.
Você vai a Chantilly e vê aquela legião de cavalos andando. Aquecendo os musculos para poder exercer o exercicio físico. No Estrela Energia eu não tinha esta condição física, e então foram ali implantados dos caminhadores. Os cavalos saiam de suas cocheiras e caminhavam. Eram montados e galopavam. Não me lembro de haras algum na Irlanda ou mesmo na Inglaterra e na França que tenham caminhadores elétricos, para o desenvolvimento físico dos potros. Deve haver, mas não é do meu conhecimento.
Os norte-americanos, sempre inovativos, implantaram sistemas de esteiras e piscinas, para desenvolver potros. Deram com os burros na água! Eu acho a esteira um perigo e as piscinas para cavalos já formados, que estão impossibilitados de treinar e precisam se exercitar. Nunca aceitei estas duas opções como importantes no desenvolvimento muscular, ósseo e de corrente sanguínea de potros. As vi como acessórios de cavalos com problemas. Afinal o físico de um nadador é completamente distinto de um corredor de velocidade. Ou estarei eu dizendo um besteira? Tebdões e cartilagen são massacrados numa esteira.
Hoje o caminhador pode ser usado para ensinar um potro a ter uma disciplina, que vai ser importante na cocheira do centro de treinamento em que estiver futuramente alojado. Nunca para ter tipo de cavalo de tattersall e ter uma parcela alta ao bater do martelo.
Sei que muita gente pensa de forma distinta. sei que muita gente tem resultados com coisas que não acredito. Mas vocês já pensaram naqueles que os suplantam não uiulizando estes métodos artificiais? Além do fator genético, não seria a não artificialização de uma coisa que deveria ser natural, uma das razões deste sucesso?
Voltaremos a questão brevemente,