Creio que este principio da ação, que norteia minha linha de pensamento, na escolha de pedigrees, pode e deve ser baseado, num pensamento de São Thomas de Aquino, o santo professor e cientista.
VIRTUDE DENOTA UMA CERTA PERFEIÇÃO DE UM PODER
AGORA A PERFEIÇÃO DE ALGO É CONSIDERADA
PRINCIPALMENTE EM RELAÇÃO À SUA FINALIDADE.
MAS A FINALIDADE DO PODER É O ATO.
POR ISSO DIZ-SE QUE UM PODER É PERFEITO
NA MEDIDA QUE É DETERMINANTE PARA SEU ATO.
A ação de reconhecimento de uma verdade se traduz no ato de não só ser capaz de observar, detectar e analisar o fato, e sim faze-lo verdadeiramente possível de ser copiado para desfruto próprio. Resumindo, é por em pratica aquilo que se prega.
Copiar o que provou dar certo, é parte do projeto seu de criação ou de corrida, no turfe. Não a desdouro algum no ato. Alguém de alguma forma descobre-se um Galileo da vida, e muitos simplesmente copiam o modelo, transformando o sucesso de poucos, no aproveitamento de muitos.
Virtude muitos cavalos possuem, contudo a perfeição do poder transformado no ato, poucos foram os que demonstraram ter. Frankel, Man O'War, Ribot, Sea Bird, Tudor Minstrel, Nearco, Native Dancer, Nijinsky, Itajara, Zenyatta foram alguns que chegaram as raias da perfeição de seus atos. Eles simplesmente não ganharam. Eles determinaram suas respectivas superioridades, perante todo e qualquer tipo de cavalo. Mas pergunto, qual entre os machos, foram aqueles que repetiram esta mesma performance no breeding-shed? Creio que a resposta sejam apenas Man O'War, Nearco e Native Dancer.
Muitos deverão urrar pela presença de Danzig nesta primeira lista. Ele foi invicto, sei eu, mas também sei que ele não chegou a enfrentar as feras em situações dificeis. Sua performance no breeding-shed, determina que ele poderia ser um dos acima citados, se houvesse continuado campanha. O mesmo critério se aplica a Raise a Native. Mas se entrarmos ai no reino das suposições a premissa do ato, defendida por São Thomas de Aquino, perde a sua validade.
Ribot e Nijinsky foram grandes garanhões, mas não estão conseguindo manter suas tribos vivas e atuantes como eles o foram. Ao passo que Northern Dancer, Galileo, A. P. Indy foram muito bons cavalos em corrida, e atestaram-se na reprodução como elementos capazes de levar avante a perfeição do ato. Mas existe um diferença entre o muito bom cavalo de corrida e o grande cavalo de corrida.
Hoje me parece claro que devemos separar performance de resultado. Sadlers Wells, Mr. Prospector e Storm Cat, por exemplo, foram capazes de apresentar quando ainda ativos como atletas pelo menos uma grande performance, embora seus resultados no compto final, não possam ser comparados aos daqueles que compoem aquela lista inicial. Mas redimiram-se no breeding-shed, pois tinham uma maior capacidade de transmissçao que por exemplo Sea-Bird ou mesmo Itajara. E para isto, uma resposta apenas: pedigree.
Se a finalidade do poder é o ato, penso que sem este poder, o ato se tornará falho. Bonito por fora, mas podre por dentro. Desta forma acredito ser o pedigree aquele que tráz em sua concepção a força de gerar este poder. E por isso acredito naqueles pontos de força, que quando duplicados são capazes de gerar diferenças significativas, na performance e consequentemente influem nos resultados.
Pode-se atribuiu a mudanças de meio ambiente, o sucesso de um Southern Halo, de um Ghadeer, de um Sir Tristram, de um Roy, e mesmo de um Nasrullah. Outrossim, há de se notar, que todos tinham o pedigree, embora não tivessem demonstrado o poder dos mesmos em pista. O único que não precisou de uma mudança de habitat para demonstrar ser muito mais no breeding-shed do que fora em pista, foi Danehill. Mas analisem seu pedigree e terão a resposta a esta dúvida. Talvez seja aquele que mais pedigree possuía. Um Danzig na linha materna de Northern Dancer, como Halo, o pai de Southern Halo.
Duvidar não é desconfiar, como diria este mesmo São Thomas de Aquino. Duvidar é querer saber mais sobre algo, que para aquele que tem padrões rigidos de classe, exige uma maior explicação. pode ter excesso de preciosismo, mas quando a gente supostamente acredita por que as coisas acontecem, elas se tornam mais doces a vista de seus olhos.