Sei que para a grande totalidade do mercado do turfe, o que vale, são os resultados. Aceito, mas não concordo. Penso ser importante saber por que as coisas acontecem e qual o grau que as mesmas exercem sobre um determinado resultado. Muitos discordam. Outrossim, são estes, em sua grande maioria, aqueles que não conseguem repetir o sucesso obtido.
No início de minha carreira era um cara impulsivo e reagia eletricamente ao resultado, aceitando-o como natural, mesmo que ele nada tivesse de natural. O tempo, e alguns amigos, me ensinaram que ações impulsivas comprometem aquilo que na verdade é razoável. A impulsividade encobre a realidade e cria aquela repulsa inaceitável, que o ignorante traduz em discrédito total, em torno do imenso vazio que habita.
Descobri que a rotina, de alguma forma, regra a sua impulsividade. Vejam como ela é importante com os cavalos de corridas. Figuras imensas que passam a dosar suas forças, com a simples repetição de um trabalho ou no seguimento diário de uma rotina. Vocês já imaginaram que se o cavalo não quizesse, ninguém o montaria? São seres mais fortes e mais rápidos que nós. Para que nos levar às costas?
Quando alguém realmente quer tentar saber o porque de um resultado, ele tem que primeiro pesquisar e depois analisar. As vezes não se chega a lugar algum. São aquelas famosas coisas que acontecem por que alguma força maior assim o determinou. Mas elas são na verdade minorias. Posso garantir a vocês que na maioria das vezes, as coisas acontecem por uma ou mais razões. Temos apenas que acreditar e descobrir. Ter aquilo que chamo de estratégia consensual.
QUALQUER INCERTEZA PESA EM SUA MENTE
E SE TRANSFORMA IMEDIATAMENTE EM DÚVIDA.
PARA VENCE-LA SE TORNAM NECESSÁRIAS
ESTRATÉGIAS DE CONVERGÊNCIA
COMO A CONSENSUAL
O consenso surge da análise e lucidez de ordenar raciocinios. Uma capacidade que acredito que cada um possa ter, mas as vezes a deixa de usar, por não te-la desenvolvido na época que era necessário. Ser impulsivo é mais fácil. Aliás mandar a m... tudo aquilo que não cai bem em seu raciocínio, é a ação mais simples e desopilativa. E na maioria das vezes, a que mais rápido funciona...
Poucas são aquelas verdades que a gente adota como quase absolutas. Galileo é uma delas. Aos poucos ele vai de se tornando um pai de ganhadores e um avô materno igualmente eficaz. O que isto sugere? Que ele tem aquela capacidade de transmissão de classe. Ela se sobrepõe a todos aqueles que com ele interagem. Não seria então interessante, apenas se comprar filhos e netos dele? Não deixa de ser uma alternativa. Cara, mas com uma alta possibilidade de acerto. Eu acho que não é bem por ai.
A gente tem que estudar alternativas, inclusive, aquelas que são mais reacionarias a sua dominância. Pois, se tem a capacidade de reagir a tal força da natureza, naturalmente são igualmente dotadas de uma grande força interior. Este é o raciocinio lógico. Apenas tem que se se ter certeza, se estas forças reacionária, tem a capacidade de dominar em contacto com outras, e assim provar que não existe sim apenas uma negatividade. E sim um positivismo, inferior ao de Galileo, mas igualmente eficaz sem a presença do mesmo. Parece complicado, mas não é. Mas voltemos aos trilhos originais.
Quantas verdades absolutas existem, além de Galileo? Cinco, dez? Diria que não muitas. Logo, a melhor solução é se tentar descobrir outros, que numa conjunção entre si, possibilitem resultados idênticos. É o que faço constantemente, para as vezes, conseguir chegar lá. Deixemos de lado os devaneios psicanaliticos da questão e cheguemos aos finalmentes.
Quem está no turfe quer ter seus resultados, independentemente de ter que enfrentar os Galileos, da vida. Simonal dizia que para ter fon fon, trabalhei, trabalhei, e isto é uma verdade. Tem que se trabalhar muito para vencer uma batalha, onde a principio lhe é dado a aprovação de usar um estilingue, enquando você se encontra cercado de tanques por todos os lados. Ou então criar galinhas de Angola.
Independentemente quem possa ter trazido, e ao custo que foi, creio que Holy Roman Emperor, Roderic O'Connor e Rock of Gibraltar, foram nossas três últimas importações de real peso. E em minha estada no Brasil senti muitos narizes já virados em relação a Holy e Roderic. O primeiro sobrevivendo de uma invicta chamada Ixquenta, que teve seus problemas, e agora de maraton. O segundo de El Shaklan.
Não acho que Cidade Jardim, neste determinado momento que passa, possa ser considerada um parâmetro para se analisar classe. Os cavalos bons, estão indo para a Gávea. Isto é inegável. Mas querendo os céticos, ou não. Holy aparece com seu primeiro graduado, e um de graduação máxima. Isto de maneira alguma irá justificar a sua vida, mas acredito que seja um bom prenuncio. Ixquenta se apresentar na grama - e tem tudo para isto - a mesma evolução que demonstrou na areia, vai ser dificil de priva-la de uma graduação. Logo, mais devagar com o andor. Vamos dar tempo a Holy e a Roderick, que, diga-se de passagem, tem o segundo melhor potro da geração e um tordilho novo que parece de outra galáxia...
A PRINCIPIO, MUITOS PODEM PENSAR
QUE HOLY NO BRASIL SOBRARIA NA TURMA,
COMO GALILEO NO RESTO DO MUNDO
MAS A CRIAÇÃO PAULISTA TEM CONDIÇÃO HOJE
DE "SOBRAR" NO CENÁRIO NACIONAL
ENFRENTANDO A GAUCHA E A PARANAENSE?