Eu teria minhas dúvidas. Pode ser até um bom nome para os cavalos, mas não creio que venha a ser bom para o mercado de cavalos de corrida.
As vezes eu acho que o mundo está entrando em colapso. O Lulismo no Brasil, O peronismo na Argentina. O bolivarismo no resto da América do Sul. Trump nos Estados Unidos e agora este Brexit, tomando posse, daqueles que pareciam ser os seres humanos mais sensatos do planeta. O que está havendo?
Descartes uma vez afirmou que o bom senso era uma das coisas mais bem distribuídas entre as pessoas. Talvez no tempo dele, fosse. Hoje já não mais o é. Está certo que seria impossível para aquele que nos criou, dotar todos de um mesmo QI. Ou mesmo de uma população cujo coeficiente de inteligência estivesse dentro de uma curva normal. Normalmente, a intiligência é uma das geradoras do bom senso. E o que seria na verdade o bom senso? Diria que a capacidade de controlhe emocional e a prudência ao se tomar decisões. Em minha maneira de ver, não basta ser inteligênte. Tem que ser igualmente prudente e razoável, de modo a evitar que as paixões tomem conta de suas decisões e com isto se sobreponhem à razão. O bandido Pinguim era um ser inteligente, mas que a meu ver não tinha bom senso, já que além de imprudente não tinha decisões razoáveis.
Uma cidade, ou mesmo um pais não pode ser feito de apenas intelectuais, pois, se isto acontecesse, quem trocaria a lâmpada? O mundo foi feito para sobreviver, com todo o tipo de gente. Londres, para mim o mais bem desenvolvido centro dentro deste reino que já não parece ser tão unido, votou contra a saida: 62% contra 32%. Isto indica que o bom senso não estava a favor desta disassociação. A Escócia foi quase unanime em ficar. Agora quem a vai segurar se pedir para sair? Passaram a ter este direito. Os bascos estão em polvorosa. Nunca se sentiram espanhois e agora foi aberto um precedente histórico.
O Brexit é na verdade o somatório de um anti-sentimento a imigração, que ronda o mundo. Um mundo que fala em erigir muros! Este medo esta relacionado a um outro medo que sempre existiu, de quem vem de fora, pode tomar o seu lugar. Quem tem este medo, são os fracos ou aqueles que nada querem fazer.
Oss britânico, tal qual os norteamericanos, não querem limpar cocheiras. Isto para eles é uma função inferior e que deve ser levada a efeito por gente que eles consideram inferiores. Um ledo engano, porém, existe gente que quer ou só tem a capacidade de fazer isto. Como será os Estados Unidos, se Trump vencer, e a Inglaterra com esta mudança, em relação a esta mão de obra quase que totalitariamente dependente da imigração? Os cavalos de corrida, vão ter que ser responsáveis por seu próprio asseio e preparar sua própria comida?
E como ficarão a exportação e importação hoje tão facilitada no eixo continente-ilha, ou mesmo resto do mundo-europa? Nova burocracia? Mais custos? E os grandes investidores? Hoje tanto o turfe, quanto por exemplo o futebol na Inglaterra, são dominados financeiramente por elementos não ingleses. Estas dominâncias requerem empregados leais e nem sempre de nacionalidade britânica. Serão eles impedidos de exercer suas funções? Deverão redirecionar seus investimentos?
Imaginem se as coisas ficarem cada vez mais complicadas no Reino Unido, em termos de normas e burocracias, o que fará o investimento que a turma do middle west tem lá infurnado nos cavalos de corrida? Migrará para a França, Australia, Estados Unidos...?
O Ninho do Albatroz não é um blog politico, nem aquele que o escreve tem o dom da mesma. Mas, algo me diz, que este Brexit vai mexer verdadeiramente com o mercado atual de cavalos de corrida. E por isto, eu simplesmente não nominaria meu cavalo com este nome.
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