CADA UM CONSOLIDA UM ESTILO DE ESCREVER.
EM ALGUM LUGAR DO SEU PASSADO,
ESTE CONSOLIDADO, CABE A VOCÊ
APENAS TENTAR MELHORAR-LO
Em se tratando de cavalos de corrida, acredito que tenho formação europeia. Tudo que li, sobre cavalos de corrida e seus pedigrees e criação, ou vinha da Inglaterra ou da França. Sou do tempo da European Racehorse. Nada dos Estados Unidos me cativava. Para falar a verdade foi apenas no final dos anos 60 e nos anos 70, que eu tive minha atenção voltada para o turfe norte-americano. Sir Ivor foi o primeiro cavalo norte-americano a gravar-se em minha mente, com sua vitória em Epson. Dois anos depois veio Nijinsky, seguido nos anos subsequentes por Mill Reef e Roberto. E finalmente em 1973, Secretariat. Mas quando estes fatos se sucederam, eu já havia consolidado a minha forma de escrever. Que de maneira alguma lembra um texto norte-americano. Os textos norte-americanos são compactos, ageis, e que o mais importante da informação que se quer dar, está exatamente em seu inicio - o chamado lead. Não é bem assim que é o meu estilo.
Tive a oportunidade de ver Nijinsky perder seu Arco, e creio que o primeiro cavalo a nivel além oceano que considerei ao vivo, como um excepcional cavalo foi Seattle Slew. Assisti seu Derby, seu massacre sobre Affirmed e sua posterior derrota para Exceller. Este talvez seja o resumo sucinto de minha formação.
Assisti ao derby de Lyphard. Ele era pequeno, mas muito bem desenhado e chegou a Epson cheio de moral. Moral esta que foi para o espaço, quando na descida do Tattenham Corner se negou a fazer a curva e consertado na cerca externa, jogou fora todas as suas chances de sucesso. Mas estava na cara que ele voltaria a brilhar no breeding-shed.
Lyphard foi um fenomeno com pai e avô materno, e embora muito se esperasse dele, quanto a se tornar um pai de reprodutores, evaiu-se. Ele voltou a não fazer a curva. Acho que Ghadeer talvez tenha sido o seu melhor filho na reprodução, embora fisicamente este reprodutor sediado no Mondesir, mas viesse a aparecer com seu avô materno Habitat.
Outro dia comentei aqui que nunca entendi porque no Brasil não veio a ser fomentado imbreeds em Ghadeer. Parece que as pessoas tinham receio. Do que, realmente? Não sei.
Evidentemente, que quando se ganha algo, normalmente se perde algo, e dos sete ganhadores de grupo imbreeds em Lyphard, na temporada mundial de 2016, apenas dois conseguiram sucesso acima dos 2,000m: Ahh Chocolate (1,700m), French Navy (1,800m). Smart Layer (1,400 e 1,600m),
English Major (1,400m e 1,600m), Gran Tito (2,200m), Kangoroo Jack (1,200m) e Kitasan Black (3,200m). O que preconiza haver uma grande probabilidade de limite staminico quando do uso deste imbreed. Lyphard era um milheiro alongado.
Kitasan Black venceu o Tenno Sho no Japão.
Evidente que uma coisa é ter um pedigree imbreed em Lyphard. Outra estar envolvido com mais de um imbreed, sendo um deles o de Lyphard. Tudo isto tem que ser levado em conta, medido e pensado.
O que quero frisar, é que embora a linha alta de Lyphard esteja devendo no presente momento, ele foi um dos maiores transmissores de classe da criação moderna. Um dos poucos reprodutores a ganhar estatísticas em dois hemisférios, e numa época em que o número de éguas servidas por um garanhão de ponta, era ainda limitado.
Confesso que uma das coisas que me impressionaram vivamente em English Major, foi seu imbreed em Lyphard, sobre numa linha materna que admiro, a 8-h. Evidente que outros detalhes me fizeram coloca-lo em minha short list. Agora é fácil se lembrar do fato. Ele foi o melhor dois anos de sua geração. Mas ele estava na lista e felizmente foi comprado.