Ixquenta
Tenho este blog, pois se assim não o fosse, não encontraria espaço da imprensa que trata do turfe, para escrever o que penso. Tenho uma visualização de 400 a 700 pessoas dia. Seria este o tamanho do mercado brasileiro? Espero que não. Pois se isto for verdade, a vaca já foi para o brejo e estou falando com as paredes...
Nunca temi os adversários, mas, ao mesmo tempo, quero ter por eles o respeito devido. Não quero sequer imaginar que esteja ganhando de zeros a esquerda. Não vejo, como muitos, o turfe como uma guerra. É, para mim, apenas uma disputa esportiva, onde há de se ter um vencedor e vários perdedores. Temos que saber conviver com isto, quando as coisas não sorrirem em nossa direção. E aprender rápido, por que aquilo não veio a acontecer. E quando a sorte mudar, aproveitar ao máximo o momento, pois, eles teimam em não ser constantes.
E o mais importante, nunca falei bem ou mal de um cavalo tendo como base agradar ou irritar quem quer que seja. Não me interessa quem possa a ser seu dono. Afinal eu não crio heróis ou vilões. Eles são o que são, e eu simplesmente os descrevo dentro de minhas convicções. Quem fizer diferente, escorrega na maionese, pois , o cavalo vai lá na seguinte e cala sua boca, agindo como craque ou como um matungo. Vou explicar o porque desta introdução e vocês irão logo entender.
Quando Ixquenta ganhou a sua terceira carreira, mantendo sua invencibilidade, eu estava na Gávea e escrevi que ela seria a lider desta geração. Tratava-se de um carreira na areia. Mas por seu pedigree, e da maneira como se mexia, acreditei que ela teria que correr melhor ainda na grama. Pois bem, recebi um muito bem educado email, dizendo que eu assim escrevera, para agradar aos proprietarios do Figueira do Lago, por serem meus clientes. Evidente que quem escreveu este email não me conhece e não conhece meu carater. Prefiro dar a ele, o direito da dúvida. Talvez seja ele que não goste dos Magalhães. E o principal, mesmo sendo assiduo leitor como disse ser, não pegou o âmago da questão. Eu volto a repetir, para que isto fique bastante claro: não invento heróis ou vilões. Apenas os descrevo, pelo que demonstram. Se acertei mais uma vez, melhor para mim...
Agora o que ele, e poucos sabiam é que Ixquenta era o melhor produto de uma geração de 40 produtos, quase todos filhos de Holy Roman Emperor em éguas de alto padrão genético que examinei no Figueira. Naquela minha última visita, apenas quatro elementos mereceram de mim nota máxima, e a ela coloquei uma estrelinha ao lado. Errei, deveria ter colocado três estrelas, como anos atrás fiz com El Arab.
Fiquem sabendo que sua irmã, por Rock of Gibraltar é a melhor potranca de seu grupo, embora existam três machos que se equivalem a ela. Quem não acreditar que pergunte aos Magalhães, os tentei convencer de mandar esta potranca direto para o André Fabré, tal a confiança que ela me passava.
Não tenho dúvidas - aliás nunca a tive e por isto escrevi - que ela é a lider desta geração. Assim como Very Nice Moon o é em cidade Jardim. Duas éguas de muito pedigree, invictas e que lideram suas turmas por serem melhores. Não por serem criadas por A, B. ou C. Não gostei da última carreira da representante paulista. Fui sincero e escrevi. Parece que após esta carreira algo de errado foi detectado nela. Ela correu muito menos e não teve o mesmo final de antes. Espero ver na primeira prova da triplice coroa carioca um embate entre as duas, ou quem sabe no Barão. Embora eu não mexeria agora com nenhuma das duas. As manteriam onde estão e deixaria para o ano que vem, as viagens. Mas elas não me pertencem, não fui consultado e ambas são treinadas por profissionais que sabem o que fazem. Logo, cala-te boca!
Mas não vou me calar no tocante a acusação que recebi que estar falando bem de duas potrancas do Figueira, por trabalhar para ele. O dileto leitor deve ter me confundido com outra pessoa. Aliás existem dezenas em nosso mercado que assim o fariam. Mas como eu sempre digo, o bom cabrito não berra. Simplesmente espera a hora certa para responder, pois, o castigo de quem acusa injustamente, sempre vem a cavalo.