A gente sempre acha que o pior é aquilo que acaba de acontecer a sua frente. Por exemplo, o estado financeiro que os roubos do PT, fazem o Brasil viver nos dias de hoje. O último recorde conseguido pela dona Dilma é ela ser considerada pior presidente até do que José Sarney e Collor, juntos. Mas a gente esquece o que passou, com extrema rapidez. Nada melhor que um dia atrás do outro.
Vó Adelina não esquecia nem deixava ninguém â sua volta, esquecer. Ela que viveu o inicio do século passado, lembrou que estes foram os piores anos já vividos pela humanidade. A começar com o afundamento daquele navio que era impossível de afundar, o Titanic em Abril de 1912. O mesmo ano marcado pelo escândalo de Marconi. Dois sucessos que a humanidade tinha em alta conta, e de uma hora para outra, se tornaram vexames.
Doia anos depois o inicio da segunda guerra mundial, que duraria mais de quatro anos e ceifaria a vida de muitos jovens, que com ela a uma determinada época, compartilhavam das mesmas alegrias e sonhos. Acabada a guerra foi a vez da febre espanhola varar o Brasil, matando gente a rodo. Era o ano de 1918. E finalmente em 1923 o Putsch do Bear Hall em Munich, que faria o mundo conhecer pela primeira vez, um cara chamado Adolf Hitler.
Lembro-me dela contando estas histórias, uma a uma, em seus minimos detalhes, pois, a seu ver, a gente só dá valor a vida quando se da conta que houveram coisas piores, e que seu problema momentaneo, é apenas um problema, não um desastre.
Tem gente que sugere a dúvida ser um problema. Desculpem, mas o que assim pensam não merecem a sorte que tem, principalmente quando esta se dá, na análise e escolha de coisas positivas e você fica receoso de escolher a vereda certa. Eu diria ser o problema com quem eu sempre quiz conviver. Quando uma coisa é boa, maravilha. Quando duas coisas são boas e o poem em dúvida, qual a vereda a escolher, melhor ainda. Não há como perder. Você pode sim, ganhar mais ou ganhar menos, mas, em qualquer situação, estará do lado vencedor, e é isto o que interessa.
Hoje a Black Opal, vive este problema, com a sua primeira égua de cria comprada, na diminuição do plantel do Old Friends, que produziu até aqui três produtos, e um é melhor do que o outro. O que fazer com ela, sabendo das limitações que vivemos em nosso turfe? Leva-la aos Estados Unidos sem testar seus produtos em pista e passar a lhe dar cavalos de primeiro nível? Ou mante-la no Brasil, cobrir com o que está a sua volta e depois que ela se tornar uma nova Risota, chorar lágrimas de esguincho por não ter tido a coragem de exporta-la na hora certa?
Meu Deus, eu acho isto um problema maravilhoso. O que me preocupa é o inverso, uma égua que dá três coisas horrendas e ninguém está afim de banca-la. Ou desprovida de leite. Ou simplesmente uma mãe que não dá a minima bola para sua cria. Ai sim, existe um problema, cuja realização do prejuízo, o mais rápido possível, sempre será a melhor solução.
Vó Adelina sempre taxava aos chorãos em dúvida com as coisas boas da vida, de não serem sequer merecedores do ar que respiravam. A gente tem que dar graças a Deus, quando as coisas funcionam positivamente a seu favor. A Deus e a si prório que de uma forma ou de outra, fizeram as coisas chegarem aonde chegaram.
A égua do Black Opal, pode ser amanha a mãe de três matungos lindos, ninguém está livre disto. Acho dificil, mais não impossível. E o que se vai fazer? Nada. É o risco que todos nós corremos diariamente por preferir criar cavalos de corrida a faisões. Como os faisões não precisam correr para provar algo, creio ser uma atividade que trás menos dissabores...
Perguntado por um amigo porque eu confiava tanto no fisico, respondi que a experiencia de 40 anos neste negócio, me fez ver que 95% dos grandes cavalos que vi correr, tinham pedigree e fisico. Então porque abandonar isto? Penitência? Promessa?
Vocês já foram a uma olimpiada? Eu fui a três. Reparem no fisico dos atletas. Você não vê numa olimpiada, um cara gordo ou com uma perna mais curta que a outra. Você pode ter o maratonista esquelético, ou o velocista sarado, mas dentro das necessidades do esforço, eles apresentam fisicos condizentes com o que vão produzir em pista. Este é o segredo. E você não pode ter um tipo. Você tem que respeitar o fisico que transborda agilidade e adequação ao serviço quen lhe será proposto. De Baby Victory a Much Better, senti que um cavalo pode aparecer a seus olhos de formas distintas, e você tem que escolher aquele cuja proporcionalidade lhe garante que naquela empada tem uma azeitona apetitosa.
Um amigo meu disse, com muita propriedade, que não conhece um ancião de 80 anos, gordo, pois, todos os que estão acima do peso, não passam dos 60. O Jô é uma exceção. Mas não confundir fisico com falta de forma fisica é um erro que você do turfe não se pode dar ao luxo de cometer.
O cavalo tem um desenho. Ele nasceu com 20 centimetros de altura. A lei do desenvolvimento das especies o fez crescer atendendo as necessidades do meio ambiente em que viveram. Henrique VIII, deu uma ajudazinha, quando tentou por intermédio de cruzamentos e seleção natural de individuos, fazer o cavalo assemelhar-se ao greyhound, o cachorro mais veloz. Northern Dancer mudou bastante este conceito físico, mas de maneira alguma deixou de lado as leis das proporcionalidades.
O que é a lei das proporcionalidades, algo que seu olhos administram e seu coração reconhece. Se a este desenho, foi somado uma gasolina positiva - o pedigree - suas chances de ter sucesso sempre serão maiores, que o de seu vizinho de camarote. E é nisto que todos devem pensar.
Fisico e pedigree. Abrir mão deles, e esperar por aqueles 5% que formam as exceções à regra, o poderá levar a falência, antes de algum sucesso o atingir no meio da testa por obra do acaso.
Mas como dominar a lei das proporcionalidades e o conhecimento dos pedigrees? Tempo, estudo e acima de tudo muita dedicação. Mas se você quer o sucesso para amanhã, aconselho a procurar alguém que já domine a questão. Ou tente os faisões...
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