PERDER FAZ PARTE DE QUALQUER JOGO.
ESTE É A BASE DE TODO O PLANO.
ALGUÉM GANHA E ALGUÉM PERDE
Energia Halo
Outrossim, fiquei impressionado com a frase de um torcedor colorado, em relação a queda vertiginosa pela qual o Gremio vem sofrendo, que me calou fundo. Todo mundo perde goals, mas só o Gremio perde os decisivos. Porque esta frase me calou? Porque, esta é uma verdade grande no turfe. Você considera um cavalo importante não pelo número de carreiras que venceu, mas pelas carreiras que venceu. Se ele perdeu as decisivas, um ponto de interrogação é criado sobre ele.
Toda regra tem uma exceção. E neste caso lembro de Clackson, que além de ter ganho o GP. São Paulo em sua última apresentação, perdeu as mais importantes carreiras de sua vida, sempre perdendo de uma forma incrivel. No Brasil, foram 23 carreiras, 15 vitórias, três segundos, quatro terceiros e uma quarta colocação. Fora do Brasil me lembro que ele fracassou em todas as carreiras que participou, assim sendo ele tinha tudo para não ser o que foi no breeding-shed.
Abro um parenteses para lembrar um pensamento do filósofo francês Nicholas Malebranche. Em uma oportunidade ele escreveu, que nossas paixões sempre se justificam, que dizer, sugerem-nos opiniões que ajudam a justifica-las. Eu confeso que Clackson sempre teve uma importância em minhas paixões de iniciante nas coisas do turfe. Logo, sempre houve uma opinião minha como forma de justifica-lo. Fecho parênteses.
Abro um parenteses para lembrar um pensamento do filósofo francês Nicholas Malebranche. Em uma oportunidade ele escreveu, que nossas paixões sempre se justificam, que dizer, sugerem-nos opiniões que ajudam a justifica-las. Eu confeso que Clackson sempre teve uma importância em minhas paixões de iniciante nas coisas do turfe. Logo, sempre houve uma opinião minha como forma de justifica-lo. Fecho parênteses.
Se não fosse o Armando Carneiro, então titular do haras Nacional, Clackson dificilmente seria aproveitado na reprodução. E mesmo aproveitado recebeu um plantel de éguas Hand Ten e Fragonard, que não seriam o sonho de um book para alguém, por exemplo, como Galileo.
Clackson fez seu nome na força e na raça, aquela mesma força e aquela mesma raça que demonstrou em pista. Poucos foram os cavalos que para mim, demonstraram tanta coragem como ele. Gostava de correr e detestava perder. Seria este o maior atributo para um reprodutor? Perder as corridas que realmente valiam a pena e ganhando 15 outras, sendo apenas uma delas, do nivel das importantes que perdeu?
Clackson é uma exceção, bramiria alguém? Teria sido diferente em relação a Sabinus e Romarin? E o que dizer de Redattore? Ganhou seis em dez, e uma milha internacional, que acredito que tenha sido a única prova de padrão internacional que disputou no Brasil. Mas lá fora cresceu, como Siphon e Sandpit.
Não tenho duvidas que tanto Holy Roman Emperor e Rock of Gilbratar, correram e ganharam provas muito mais importantes que os brasileiros até aqui citados. Mas reprodutivamente não creio que no final, numa relação registrados-ganhadores de grupo, eles vão sobresair mais, que Clackson, Sabinus, Romarin e Redattore, independentemente de terem éguas de muito maior valor genético.
Isto são constatações matemáticas que podem ser levadas a efeito. E até aceitas, embora não são levadas em consideração os meritos das éguas. E todos nós sabemos, ou deveriamos sazer, que éguas podem fazer ou destruir um garanhão.
Veremos talvez em um ano, Wild Event suplantar a Clackson na lista dos maiores produtores de individuais ganhadores de grupo, desde que foram instituidas as pattern races no Brasil. E isto qualificará Wild Event como superior a Clackson? Talvez sim, talvez não. Furto-me a uma opinião, embora sabendo que um Wild Event, um Ghadeer e um Roi Normand, tiveram uma mais importante apoio logistico que Clackson.
Não creio que o Gremio seja um Clackson no futebol brasileiro, mas há de se convir que ambos perderam quando não deveriam ter perdido. Ainda mais que no caso de Clackson, que como cavalo de corrida, foi inferior em pista a Itajara, Much Better, Pico Central, Duplex, Siphon, Sandpit e a alguns dos recentes triplice coroados brasileiros, porém qual destes demonstraram, em pista, tanta vontade de vencer? E no breeding-shed, tantos resultados?
Gloria de Campeão acredito que tenha sido o mais corajoso cavalo que estive associado proficionalmente, contudo, nem de longe tinha a classe de um Much Better e de no minimo outros 8 cavalos que selecionei em minha vida profissional. Mas tinha uma mãe Clackson e acredito que de seu avô materno, vinha aquela sua imensa vontade de vencer. Energia Halo, uma filha de Gloria de Campeao, em minha opinião herdou do pai esta caracteristica também. Desta forma, acho que ter Clackson em um pedigree brasileiro, independentemente da posição que se encontre, só ajuda.
Isto não é historinha da carochinha. Não quero secar gelo ou coisa parecida. É uma constatação, consubstanciada na experiência que adquiri, estudando pedigrees. Mas pessoas podem ter opiniões distintas e como sempre será a pista que irá dirimir, toda e qualquer dúvida.