Eu sou veemente contra este sistema, embota tenha ciência que existe muito aparentemente decapitado - no sistema teórico da ação - no turfe brasileiro. Gente cuja cabeça parece estar desligada do tronco. Gente incapaz de sacar para o caminho que estamos enveredando. Gente vivendo o hoje, sem se preocupar se haverá um amahã. E isto me apavora. Sei que para se matar um jararaca, tem que se atingir sua cabeça, e o melhor remédio é decepa-la. Estamos prestes a testemunhar politicamente algo assim no Brasil. Como Maria Antonieta, o Lula irá ter o mesmo fim, pois, quem coleciona através do tempo, atos de arrogancia, soberba e superioridade ante outras pessoas, achando-se mais vivo que a vivacidade, acaba por colocar em risco, seu próprio pescoço.
Cada vez que a Keeneland compareço - e o faço profissionalmente desde 1987 - descubro que nós brasileiros vivemos uma irrealidade em termos de turfe. Criamos bem, vendemos mal e corremos por nada. Qual o futuro de uma imdustria como esta? Não é preciso ser um cientista nuclear para responder a esta indagação. E o que estamos fazendo para salvar esta situação? Posso estar enganado mais uma vez, mas acredito que absulutemnte nada.
Aqui em Keeneland, existe um compromisso com o mercado. O mais bobo, não serve para otário. Conhece a fundo o seu riscado, e quando algo que você acredita que apenas você sacou entra no rink, descobre que não apenas você, mais toda a torcida do Flamengo, atentou para o fato.
Montar uma short list de inspeção, para um leilão como o de Keenaland é um trabalho insano. Você sabe que dos 30 animais marcados, em um catalogo, 20 não irão servir e dos 10 que sobram, existem, na verdade, poucas chances de sairem mo preço que você está preparado a gastar. É frustante. Mas você tem que ter resiliência. Fonder-se no desespero de nada adiantará. Só piora a situação, e na ânsia de não perder a viagem, você acorda a jararaca que existe em todos nós, e uma besteira é feita.
Hoje tenho controle em não fazê-lo. Custou-me tempo e dinheiro. Porém, logo, logo aprendi que fomentar um risco em uma atividade, que por si só, já contém em seu bojo, um grande risco, me parece o caminho mais curto, para uma decapitação capital.
Vi cavalos magnificos até aqui, porém, todos bem acima do que aqueles que em mim confiam, estavam prontos a gastar, Paciência. Você não pode simplesmente partir para um plano B, - nos catalogos 1 e 2 de Keeneland - se tiver plena conciência, que irá enfrentar na mesma pista, aqueles lotes que admirou e não conseguiu comprar. Cavalo bom não tem mistério. Ele deixa aquele cheirinho de hepta no ar. O problema é que ele, para nós brasileiros, ainda está inacessível. Comprar o mais ou menos e esperar que ele ganhe do inacessível, não é uma tarefa das mais santas.
Logo a vida de um agente que trabalha para um mercado menor, não é assim tão simples, como as pessoas pensam. Desculpe a franqueza, mas o ruim, é o ruim em qualquer lugat do mundo. Se não dá para comprar aquilo que serve, é melhor se investir num par de sapatos. Pois, não é porque minha mãe é brasileira, que ela poderia fazer parte da seleção futebolística de um pais menos desenvolvido neste setor, que nós. Como diria o politico brasileiro. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa? Pensamento de iniqua sucesibilidade filosófica, mas que funciona na prática em mercados de turfe como o brasileiro.
Nunca aquiri um animal achando que apenas num golpe de sorte ele poderia ser um craque. Sempre acredito que apenas numa questao de azar e fundamentalmente de erro humano, aquele que tenho eleito, irá fracassar. Sei que se trata de uma visão altamente prepotente, e potencialmnte egoísta, mas que penso ser a única que você venha a formar, em sua cabeça, se acredita em você e na atividade que exerce por opção própria, não por contingência. Ao ruim o total desprezo, ao bom o esgotamento de todas alternativas.
Domingo inicia em Keeneland os meu catálogos, o 3 e o 4. Porque os considero meus? Pois neles adquiri a Cara Rafaela, Estrela Monarchos, The Real Vaslav, Giulia e tantos outros. E assim peço, aqueles poucos que torcem, por mim, que rezem, E aos muitos que não, que vão ao cinema. Outrossim, acho que estou sentido um cheirinho do hepta, no ar.