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Em Keeneland encontrei um colega peruano que surpreendeu-me ao comentar que nunca vira situação tão caótica como a que encontrava nosso pais. Ai me dei conta que era o roto falando do esfarrapado e respondi que estavamos vivendo os mesmos dias de Fujimore no Peru, mas que tinhamos uma vantagem: não acreditava que daqui a vinte anos elegeriamos um filho do Lula para ser nosso presidente. Ele mudou de assunto e a seguir cada um de nós tomou o seu caminho.
Mas o assunto não me saiu da cabeça o dia inteiro. Nossa imagem estava deveras deteriorada no exterior. Sigam os que forem brasileiros. Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico. Estou saindo desta vida e entrando para a história. Patria Educadora. Já não aguento mais estes jargões que fazem dos brasileiros, eternos cativos do populismo. Qual será agora a frase final do Lula? Enfiem este processo naquele lugar? Afinal é disto que o povão gosta. É isto que agita o povo brasileiro e falando em agitar esta é a única forma do brasileiro juntar-se em prol de algo: showmicio, protesto e Fla-Flu.
Foi então que cheguei a seguinte conclusão: será que não haveria uma frase que cativasse e unisse os criadores brasileiros de forma que unidos poderiam pressionar o governo para nos ajudar no turfe? Do jeito que está, a coisa vai de mal para o pior, e não vejo muitas perspctivas futuras.
Sei que estou me tornando tremendamente enfadonho, ao repetir semanalmente esta minha apreensão, mas o que vejo a longo prazo é o Brasil ir para o mesmo caminho da Colombia. Correr sem premios e um dia acabar, São Paulo, que na era moderna, sempre tomou as iniciativas maiores em nosso pais, já deu o primeiro passo. Não se pagam prêmios em Cidade Jardim e pronto. Corre quem quer, até onde puder...
