Dizem os mais apressados que quando se procura acha. Eu embora concorde, em parte, que a premissa tem um fundo de verdade, acho que não é sempre assim. Quem tem esta tese, acredita que em todo pedigree de um elemento clássico existe algo que explorado pode justificar a sua qualidade apresentada em pista. E assim, não tem muito valor, pois, não garante ser este detalhe a razão do sucesso. E, a estes, eu poderia simplesmente responder com outra pergunta: é porque não seria?
Tenho certeza que detalhes fazem a diferença, porque, na maioria das vezes checo a todos. O bom, o mal e o feio. E descobri que existem mais detalhes nos bons do que nos maus e que o feio as vezes pode surpreender justamente por trazer um certo detalhe. Aceito que seja dificil de se engulir, mas nem tudo que é palatavel, funciona da maneira que a gente quer. Mas quando falta nos pedigrees aquele diferencial, poucas foram as vezes que a coisa funcionou. Isto não é mais para mim, uma opinião. Isto passou a ser um fato, depois de anos de pesquisas.
Falei de Noblesse. Ela não tinha nada, a primeira vista em seu pedigree, que justifica-se o potencial locomotor demonstrado em pista. Outrossim, ela ganhava provas como Oaks, por abandono. Mas tinha uma triplicação em Canterbury Pilgrim, a égua base do élèvage Lord Derby. Não estaria ai a fonte de sua classe? Alguns diriam que sim, Muitos diriam que não. Com quem estaria a verdade? Verdadeiramente não sei, mas por via das dúvidas, Leslie Combs III, um dos homens mais expertos do mercado na época a recolheu. E dai nasceu tudo aquilo que ressaltei na nota. E ai Zé, como explicar?
No estudo de pedigrees de cavalos de corrida, não há muito a ser explicado. Você acredita ou não. Muitas vezes você tem que cavucar fundo, para descobrir um detalhe que lhe possa justificar a razão do sucesso ou mesmo do fracasso. Um exemplo? Existem duplicações que funcionam e outras que são verdadeiros beijos da morte. Como explicar então o imbreed em Indaial, 3x3 em Zula? Desculpem aqueles mais céticos, mais existia mais no pedigree de Indaial, que uma simples duplicação em Zula. Existia uma outra duplicação em Scapa Flow, por seus dois mais importantes filhos, Pharos e Fairway. Isto não pode ter feito a diferença? Não posso afiançar, mas que não atrapalhou acredito que não tenha atrapalhado...
Existe algum detalhe em Galileo? Não propriamente, contudo diria que Alegretta, sua segunda mãe, é o reinicio de tudo. Com a ida de Pharis para o dominio nazista, Asterblute acabou sendo a única perola produzida por este garanhão em terras alemãs. Alegretta é uma bieneta de Asterblute, mas você já repararam no seu pedigree? Duplicada em Aster, a mãe de Asterblute, ela ainda é inbreed nos European derby winners, Hyperion, Bahram e Alchimist. Um pedigree de alto refinamento clássico. Se isto não lhes parece um detalhe, não sei o que possa ser.
Evidentemente que existem as forçadas de barra. Mas são elas imediatamente detectadas porque quem estiver por dentro do negócio. O importante, é que em qualquer estagio da vida, é o detalhe que fará a diferença. Sempre acreditei nisto, é porisso averigo, investigo, vasculho qualquer possibilidade. E quase e sempre, é o detalhe que surge como elemento diferenciado. Quem preferir o todo, boa sorte.
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