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O turfe está repleto de erros catastróficos e outro dia um leitor me pediu para enumerar os três piores reprodutores, que eu acreditava que seriam sucesso na reprodução. Imediatamente me lembrei de cinco e parei de pensar, pois, do contrário a lista se tornaria interminável. Mesmo, sendo o pedido de três três, finalmente enumerei Mineshaft, Henrythenavigator, Fusaichi Pegasus, Easy Goer e Spectacular Bid. Champions na pista e verdadeiros desastres no breeding-shed. Evidente se você parar para pensar em meia hora em sua lista constarão mais de uma dúzia. Outrossim, estes é que vieram imediatamente a minha mente e se assim o foi, existe um forte caso contra eles.
Parênteses. E na verdade quem vive só da compra e venda de garanh'oes, de maneira alguma pode se considerar um agente. Agente é aquele cujos selecionados por ele em pista triunfam. Ao reprodutor não deve ser dado o peso da vitória. Primeiro vem o individuo e depois em parcelas igias os pais. Logo, se sentir o rei do pedaço por ter trazido um garanhão que obteve sucesso é muito pouco, para não se dizer nada. O importante é quem comprou ou criou o individuo. Mas tem gente que no afago da sobrevivência. Fecha parênteses assim não vê.
Para mim quando um champion nas pistas, vai para a reprodução, recebe irrestrito apoio dos criadores, com o melhor de éguas que eles possuem, torna-se um erro catastrófico. Nós brasileiros, cometemos muitos erros castatrófico dentro e fora de nossa atividade, o turfe. Lula, Dilma, Dunga, preferencialmente nesta ordem, são os três maiores cometidos por ações vonluntárias ou involuntárias. Eles não tem, a favor de si, nada que possa fazer duvidar do erro deles terem assumidos posições que tanto vieram a prejudicar a tantos.
Num turfe como o nosso, não creio que possamos nos dar ao luxo de cometer erros desta grandeza. Mas, inveriavelmente, os cometemos. Os ganhadores do Arco, que por aqui aportaram, não deixaram a menor saudade. Em nossos shutles, que já passam de mais de 50 animais, contamos nos dedos das mãos, aqueles que podem ser considerados bem sucedidos. E tudo isto porque? Porque ficamos muitas vezes enebriados por certas vitórias e esquecemos daquele lema básico, que nem sempre aquilo que não serviu para a Vieira Souto, irá dominar a Rocinha.
Ruim, é ruim, em todos os sentidos. Não importa onde, porque, ou quem. Você pegar sua vó e exporta-la como jogador de futebol para a Bolivia, dificilmente fará dela um craque, simplesmente por ter nascido, na chamada terra do futebol.
E quando este elemento que não deu certo em termos reprodutivos, foi impecavel em pista e dono de um instigante pedigree, a coisa me aterroriza ainda mais. Me deixo levar pelo pavor. Não tenho vergonha de confessar que temo pela ovelha negra da grande familia. Este tem o poder destruidor de cortar qualquer corrente de transmissão e se tornar um Nero, ou um Caligula. Você pode aceitar até o fracasso de um Lula. Evidentemente que lhe faltou pedigree. Vocè o elegeu na contingência dele ser a exceção a regra. Mas não foi. Ele apenas confirmou a regra, que sem pedigree, as coisas se tornam dificeis.
Por isto tenho minhas dúvidas sobre o cavalo testado para fins reprodutivos. Pois, se foi testado e provou sua capacidade de transmissão, certamente não virá para o Brasil. E se, por sua vez foi testado e os resultados não foram bons, a queda de qualidade genética de nosso rebanho de éguas, dificilmente poderá o levantar da cova. Spend a Buck, foi uma exceção. Em compesação, Sagamix, Sinndar, Pentre Celebre, Miesques Son e tantos outros, apenas confirmaram a regra.
Existe sempre a possibilidade de alguns se tornarem bons avôs maternos. Acho que poderá ser o caso, por exemplo, de Peintre Celebre, mas não creio que este tenha sido o intuito básico. Como não foi em um Duke of Marmalade, ou outro deste padrão. Desculpem, mas ele veio, como os demais, para que seus filhos acabassem com as carreiras no Brasil, e o que se viu foram as carreiras no Brasil, acabarem com eles. Em minha avaliação apenas errei em Peintre Celebre.
A alternativa, então passa a ser arriscar no inédito ou aquele que demonstrou, ainda em seu inicio, uma fagulha de possibilidade com éguas genéticamente de nosso padrão. Você não precisa ser um Einstein, para aquilatar que tudo é risco, porém, no segundo caso, o risco se torna menor.
Risco existe. Não existe mais inócua explicação do que se tentar provar a inocência de Lula, a inteligência de Dilma ou o sexo dos anjos. São mistérios inalienáveis que parecem descer as profundezas do conhecimento. Mistérios? Então como explicar que tanto Galileo, quanto Montjeu não vingaram na Australia, como High Chaparral, o fez? O mais fraco entre estes três filhos de Sadlers Wells foi o que vingou. Como explicar se a situação na Europa, é inversa? Explicar o frcasso sempre parece mais simples, quando este fracasso é indiscutivel. Explica-lo quando ele só acontece em determinadas situações, requer amplo conhecimento destas situações. E muitas vezes não existem subsidios que possam corroborar a tese levantada.
O sucesso sequêncial de garanhões como Northern Dancer, Sadlers Wells e Galileo, só podem ser explicados se você acreditar na lei genética das prepotências. Para falar a verdade nem sei se esta lei existe. Porém as evidências dos resultados me fazem crer que elas possam existir. E com um pouquinho de boa vontade, você passa a aceitar que estas evidências, na verdade são provas de algo maior, que poucos podem entender.
