Não gosto de comprar éguas de mais avançada idade que tenham produzido já um ganhador de grupo. É mania? Juro que não, é levantamento historico, porém em centros menores, você não pode se dar ao luxo de simplesmente se utilizar aquilo que provou ser eficaz no primeiro mundo turfístico.
No Brasil, devem ter quase 100 éguas que já produziram, pelo menos dois ganhadores de grupo. Mas pelo número de produtos que produzimos ano e a grande diferença na genética e mesmo na criação entre grandes e pequenos haras existente no Brasil, uma égua tem muito mais chances de gerar a dois ganhadores de grupo, que no hemisfério norte.
O preço recorde, ano passado de potros no Brasil, foi um elemento do Sta. Maria de Araras que selecionei para a Black Opal. Era lindo de morrer e sua mãe Quanto Carina era já produtora de dois ganhadores de grupo 1, um de grupo 2 e um colocado em grupo 3. Arriscaria a afirmar, que para éguas como estas, e se tratando de um elemento fisicamente de exceção, exceções têm que ser feitas. E foi.
Fiquei feliz que uma filha de Rock of Gibraltar ganhou um grupo 3 na Itália, e quando analisei seu pedigree, descobri que esta potranca é produto de Holy Moon, esta um cruzamento de dois ganhadores do Derby francês, Hernando e Caerleon, que até aqui produziu a três ganhadoras consecutivas do Oaks local. Cherry Collect (2012), Charity Line (2013) e Final Score (2014). Acho ser um caso inédito de éguas que tenha produzido três consecutivas ganhadoras da mais importante carreira de potrancas, seja em qualquer pais escolhido.
Não creio que produzir uma ganhadora do Oaks italiano, possa ser considerada uma reprodutora de exceção. Mas três, é um caso inédito para mim. E mais ainda se Centinela, sua avó tenha produzido a outra ganhadora do Oaks d'Italia, Bright Generation. E como Bright Generation, é neta da ganhadora do Morny (Gr.1)
Assim sendo, linha materna funciona. muito em função de uma transmissão linear. Mas para quem não acredita, é melhor passar adiante.
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