Não sou um cavaleiro do apocalipse e muito menos um apostolo da ressureição. Sou apenas uma pessoa que ainda penso como arquiteto que fui, e que por mera curiosidade, tem o hábito de ir fundo nas questões, para tentar entender como elas vieram a ser formadas.
A formação em arquitetura me ensinou varias coisas. A primeira delas é olhar e ver. A segunda o senso estético, representado por equilibrio e proporções. E o terceiro não acreditar que qualquer obra, por menor que seja, possa independer de um projeto. Se assim o for você não estará erigindo algo grandioso e sim um puxadinho...
Simplesmente não acredito que atividade alguma prospera se ela não fizer parte de um criterioso planejamento. O criador de cavalos de corrida, tem que planejar, das aquisições as coberturas, do funcionamento de seu haras a comercilização de seu produto. da contratação do pessoal ao relacionamento com ele. Enfim, ele tem uma industria que tocar, que ainda tem o agravante de produzir vidas, não tão somente objetos.
Aqui me reportei ontem sobre uma possibilidade que tenho em minha cabeça de fazer de Bagé uma futura Lexington. E vou explicar o porque que devo penitenciar-me. No final dos anos 70 conheci Bagé. Escrevia para uma revista chamada Hippus, e preparei uma reportagem que a denominei Bagé, a Kentucky Brasileira. Evidentemente que cometi este exagero, pois, não conhecia Lexington. E a ignorância é a maior aliada da estupidez. Dona Dilma que o diga,,, Anos depois, ao conhecer e morar por quase 20 anos em Lexington, tomei conhecimento da ousadia que adornou o titulo de minha matéria, décadas atrás. Nas era tarde.
Mas acredito piamente que Bagé poderia se tornar uma mini Lexington, se os criadores locais se unissem as autoridades e lutassem por ideal comum de transformação. Ontem levantei os tópicos principais. E deu para se notar quão duro esta jornada terá de ser. Mas na vida nada é fácil. Só o pudim de leite condensado é mole e causa prazer. Portanto, creio já ser hora de lutar por um turfe que a cada dia diminui mais, e que não apresenta muitos pequenos pontos de renovação aparente. Cada dia é menos um dia.
Falam na volta do jogo, e das maquininhas nos hipódromos. Acho que isto salvou os hipódromos pequenos nos Estados Unidos, e certamente auxiliaria em muito nossa atividade. Porém, este jogo deveria ficar restrito ao hipódromo, para a coisa funcionar. Se você instalar um casino abaixo de uma das arquibancadas de Gávea e outro nos salões luxuosos do Copacabana Palace, a tendencia maior é das pessoas ficarem seduzidas pelo glamour do hotel.
Os meetings são importantes. Eles criam história e rivalidades. Evidente que no caso de Bagé, não teriamos algo do quilate de uma Breeders Cup, ou mesmo as três semanas na primavera e as outras três no Outono de Keeneland. Mas bons prêmios fazem milagres. E se pagar e em dia, melhor ainda.
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!