Não quero parecer um intruso, embora não o deixe de ser, quando diariamente entro nos computadores de meus leitores com uma enxurrada de opiniões. Que na sua maioria das vezes são de ordem estritamente pessoal e pode ser que não sejam de interesse dos outros.
Mas o turfe é uma pesquisa constante que exige diariamente um update. Você diz a um cliente que o reprodutor X, nâo produziu absolutamente nada e no exato momento que você profere sua opinião, dois filhos do dito cujo, ganham provas de grupo em dois distintos hipódromos. E você tem 24 horas para voltar atrás e alertar o cliente desta mudança de status.
Porém existem coisas que dificilmente mudam e que na verdade exige de você apenas mais atenção. Tomemos por exemplo as linhas maternas como base de estudo. Elas são as ligações, juntamente com as tribos, mais antigas entre os primórdios do turfe e os dias atuais. Pois bem, creio que não exístam duvidas que Mumtaz Mahal e Pretty Polly tenham sido as mais importantes matriarcas do século 20. Mas um século depois, elas estariam ainda na crista da onda? Os números dizem que sim.
Descendem de Mumtaz Nahal na atual temporada que tem ainda mais 60 dias de disputas, nada menos que 32 individuais ganhadores de grupo. Alguns com multiplas vitórias sendo oito deles, cavalos de gradação máxima. E o que dizer de Pretty Polly? São 27 individuais ganhadores de grupo, sendo sete de graduação 1. Em minhas estatísticas estão respectivamente na segunda e quarta colocações, por numero de individuais ganhadores de provas de grupo.
O que se tira dai? Que num cruzamento embora nas cinco primeiras gerações existam 64 nomes em um pedigree, e quando existem duplicaçõe, ainda menos, estas linhas permanecem no topo da pirâmide por um século? E a pergunta que não se deixa calar: se não existe um transmissão linear, o que faz estas matriarcas estarem representadas durante este longo períogo, nos pedigrees de ganhadores de grupo.