Nunca não se deve chorar sobre o leite derramado, talvez tenha sido a frase que mais ouvi de avó Adelina. Mas tem horas que a volupia deste leite, se torna impossivel não trazer com ele, uma choradeira de volume brutal. Explico-me porque. Quem acompanha futebol, sabe que a Copa dos Campeões é muita mais importante que a Libertadores, embora sejam os dois campeões das mesmas, que normalmente se enfrentem numa final no Japão pelo titulo mundial. Uma observação, eu não disse que seja mais dificil se ganhar a Copa dos Campeões. Eu disse em termos de espetáculo é melhor de ser assistido, pois, não tem catimba e pancadaria. O mesmo não pode ser dito em relação a versão sul-americana, que ainda conta como agravante, os translados e diferenças de altitudes, que acabam por se constituirse em mais obstáculos.
Outrossim, ganhar hoje de Real Madrid e Barcelona, que sempre foi uma ação dificil ao longo dos anos, se transformou em algo quase impossível. Inimaginável! E porque? Pelas atuações dos árbitros. O Barcelona contra o PSG foi heróico, mas com grande ajuda de arbitragem. Eu diria que sem ela, o time de Messi estaria já fora da contenda. Ontem, a expulsão de Vidal e os dois goals em impedimento de Cristiano Ronaldo selaram definitivamente a idéia, que para o futebol europeu, ter o Real Madrid e o Barcelona, pelo menos nas semi-finais, é imprenssindível, para os interesses da televisão e da federação européia. Qualificaria ao que aconteceu ontem como um assalto a mão armada seguido de um crime premeditado.
O roubo que facilitou a vida do Real Madrid, teve dois efeitos. O primeiro o de sua própria classificação. E o segundo, que 24 horas depois do latrocineo levado a eveito em Madid se cometer outro na Catalunia, contra o Juventus a favor do Barcelona, ficaria muito na cara. E assim o time de Messi e cia, teve que pagar com parte do ônus.
Pois, bem não torço para o Bayer de Munique, aliás só o Christian Schlegel o faz no mercado de cavalos de corrida, mas sei que o leite foi derramado e de uma maneira exdeuxula. E falando em choradeira, eu poderia agora assumir outra.
Vocês sabem quem é esta ai? Pois bem, para quem ainda não decifrou este mistério, acuso: Silence is Gold, atual lider de sua geração carioca. Estas foto acima, foi tirada quando de minha primeira visita no Haras São José da Serra. E na fotografia seguinte ela aperece em minha segunda visita. Ele me agradou sobremaneira.
Pois é, ela esteve em minha short list, até a vespera de sua venda no Rio de Janeiro, quando então eu optei - para aqueles que me haviam me contratado - em adquirir Fronteira Around. E foi com prazer que vi, ambas, inscritas num dos primeiros páreos de grupo da geração. Desta feita Silence is Gold levou a melhor. Na próxima a mesa poderá ser virada, pois, no turfe, isto acontece com certa assiduidade.
São opções que devem ser feitas, pois, não dá para se comprar tudo e todos. Porém, o fato das duas terem disputado a prova, uma ganhando e a outra chegando na quarta colocação, servem para provar que se tratam de duas potrancas diferenciadas. E esta é a função do agente: descobrir aqueles que possam ser diferenciados. Ganhar, passa a ser consequência.
Uma das coisas que me atraíram em Silence is Gold foram suas três duplicações, em Almahmoud, Killaloe e What a Pleasure. Outrossim, na verdade era a duplicação em Killaloe, sempre foi a que mais me cativou, pois, aqui no Brasil, esta duplicação funciona, como igualmente funciona em duplicações de sua mãe Grand Splendor, sua avô, Cequillo e sua irmã Gonfalon. Todas em voga, principalmente no haras Santa Maria de Araras que explora esta equação genética com rara maestria.
Ter três duplicações em um só pedigree, tem um valor genético inestimável. Não chega a ser aquilo que chamo de uma salada genética, mas está bem perto. Muito perto, quando duas destas, são em matriarcas. Mas isto é para ser discutivo em outra nota. Prometo que voltarei a este assunto