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quarta-feira, 31 de maio de 2017

PAPO DE BOTEQUIM: A FERRARI DO SAINT MARTIN

Eu estava numa espécie de pós graduação em Paris e aproveitava nos fins de semana para ir assistir as grandes carreiras aonde elas viessem a ser disputadas.  Era o ano de 1976. E, naquele ano, uma potranca maravilhava a comunidade turfística, mesmo não sendo geneticamente aquilo que todos sonham. Seu nome Pawneese.

Ela era de criação e propriedade de Daniel Wildeinstein, um mercador de arte, que sofria muita pressão por estar sendo suspeito de ter coloborado com os nazistas durante a II Guerra Mundial, na cata de obras de arte. Fato este, que eu não acredito que tenha sido provado. Mas sua Pawneese, vinha de cinco vitórias seguidas, embora não tivesse ganho aos 2 anos de idade, em suas duas únicas saidas as pistas. Mas eu a tinha visto ganhar suas duas últimas carreiras, em Chantilly o Prix Diane - o Oaks francês - por mais de dez corpos e a seguir em Epson, o Oaks inglês, que tive o privilégio de assistir na compania do grande estudioso John Aiscan, por uns cinco ou seis corpos. Era evidentemente o nome a ser batido em Ascot, para a disputa do King George VI and Queen Elizabeth Stakes. Programei-me para ir.

Quando entrava no hipodromo inglês, dei de cara com o criador argentino Ignácio Correas, proprietario do Las Ortigas, e por ele fui convidado a ir ao camarote que iria estar com o próprio Daniel Wildenstein. Fiquei em meu canto, mas notei que Angel Penna, o treinador argentino que prestava serviços a familia Wildesntein, apareceu brevemente no camarote e com cara de poucos amigos, se retirou logo a seguir. Comentei com o Ignacio, que para um treinador que estava a minutos de ganhar o King george ele não parecia muito feliz. E ai o Ignácio me contou a razão daquele descontentamento.

Nijinsky

Para um criador francês, ganhar o King George com um creoulo seu - mesmo nascido na Irlanda - mas treinado na França era um must. Afinal era uma carreira que tinha entre seus dez ultimos vencedores, nomes importantes como Busted, Royal Palace, Park Top, Nijinsky, Mill Reef, Brigadier Gerard, Dahlia e Grundy. Como queria ganhar de qualquer maneira a prova, Daniel Wildstein garantiu a Yves de Saint Martin - o melhor jockey francês de sua época - uma Ferrari se ganhasse a carreira e aquilo deixara Angel Penna, fulo da vida.

No paddock, enquanto esperavam a ordem de montar, proprietarios e profissionais trocavam as últimas intruções, menos Angel Penna, que nem se dignava a olhar para Saint Martin. Hora e de montar e Angel nada, foi quando então Daniel Wildenstein perguntou a seu treinador se ele tinha algo a dizer a Saint Martin. Angel simplesmente olhou para seu jóckey e disse: não caia, porque esta foi treinada por Angel Penna e vai ganhar.  Saint Martin não caiu, Pawneese ganhou. e Wildenstein teve que comprar uma Ferrari.

Yves de Saint-Martin, Daniel Wildeinstein e Angel Penna.

A excessiva campanha de Pawneese, que em menos de 60 dias havia disputado com êxito, três provas dificilimas, sendo duas fora de suas fronteiras. mandou a conta. Pawneese fracassou a seguir sendo setima no Vermeille e décima primeira no Arco. Mas Saint Martin manteve a sua Ferrari e Angel seu mal humor.

Como era esperado pawneese não brilhou no breeding-shed, pois, embora fenomenal em pista, nunca deixou de ser uma filha de Carvin numa listed winner francesa de pouca expressão, cha,ada Plencia.

Décadas se passaram e em 2016 eu vi inscrito no Grosser Preis von Berlim, a um descendente de Pawneese. Tratava-se de Protectionist e sua mãe a não corrida Patineuse, era filha do extraordinãrio corredor - mas nem tanto no breeding shed - Peintre Celebre, numa neta de Pawneese. Como Peinte Celebre  era bisneto de Plencia, interessei-me imediatamente pelo pedigree. E extasiei-me pelo que constatei, pois sua mãe a ganhadora de uma carreira - uma pequena listed - Patineuse era duplicada em Plencia na razão 4x4 e em Special na razão 3x5, além de imbreeds em Northern dancer e Habitat. 

Protectionist ganhou e toda esta saga, passou em minha cabeça e a certeza, que as duplicaçlões, mesmo em éguas sem o quilate de Natalma, Lalun, Somethingroyal e a própria Special, podem contribuir para a melhoria de um determinado corredor, mesmo sendo ele um dos dois únicos ganhadores de grupo. descendentes de uma Oaks winner, que a meu ver fracassou reprodutivamente.