PAPO DE BOTEQUIM. A VONTADE DE VENCER

Vocês sabem porque a Alemanha ganhou o último campeonato mundial? Porque eles jogam muito e um futebol, para frente, sem firulas. Querem vencer a qualquer custo. Jogaram mal contra a Argentina na final, mas fora isto chegaram ao limite da quase perfeição. Pois bem, acabei de assistir a partida ente Bayern de Munich e Leipzig, com o campeão alemão poupando grande parte de seu time. Diga-se de passagem, que o Leipizig, fazia a sua melhor partida do campeonato e ganhava por 4 a 2 de forma merecida. Ancelloti sentindo que sua vaquinha já estava pronta para adentrar brejo a dentro, colocou três dos titulares poupados e em 25 minutos, o Bayern virou o jogo, num sensacional 5x4, conseguido já nos descontos e que ficará gravado na mente de quem assitiu ao jogo. O que isto representa? Não só capacidade de quem o consegue, como sua vontade de vencer, afinal já é o campeão e joga apenas por mera formalidade. Porém, como sempre ressalto, a diferença de um campeão para um muito bom parelheiro, é a sua eterna vontade de vencer. 

A vitória de Enólogo, no preparatório para o Grande Prêmio Brasil, e a resiliência demonstrada por Gladiador Acteon,  que não queria se entregar, me fazem crer, serem eles juntamente com a triplice coroada No Regrets, os nomes a serem mais respeitado em Junho. Acho que tanto Daffy Girl, como Céu de Brigadeiro tem que ser respeitados, mas não temidos. Ademais que a proximidade dos Grande Prêmios São Paulo e Brasil, hoje, visivelmente diminui em muito, a chance daqueles que vão a São Paulo, advindos do Rio, e em 30 dias tem que voltar a pista para enfrentar outra pedreira.

No Regrets tem ainda uma desvantagem. Que na realidade são duas. Não ter enfrentado os machos e o mais velhos e segundo mão ter tido uma prova preparatória. O ganhador do Derby, a teve e fracassou, o que não deixa de ser uma verdade, mas há também de se convir que aqueles que disputaram esta preparatoria deveriam estar no estágio dos 80%. Logo, estarão tinindo no grande dia. No Regrets, terá que enfrentar quase 60 dias sem ser corrida e como a milha e meia foi a carreira em que ela menos impressinou, existe uma razoável chance dela não demonstrar no Grande Prêmio Brasil, o que demonstrou, contra suas coetaneas em idade, na triplice coroa carioca.

Mas o que quero ressaltar e a vontade de vencer, não só do Bayern, como de certos cavalos que tivemos o ensejo de ver neste último sábado. A qualidade é um dom, que você herda de seus pedigree. Ela já existe ou não no momento em que o utero é fecundado. Todavia, a vontade de vencer se aguça, com o trabalho de profissionais, que vão da aquisição dos elementos intervinientes em um planejamento de coberturas, até o cruzamento do disco de chegada, passando pela criação e o treinamento. Isto é uma corrente, que a cada elo perdido, diminui o senso de segurança.

Sei que muitos podem pensar que isto são apenas conceitos. Mas são de conceitos, que se montam projetos. E de projetos bem sucedidos nascem e se desenvolvem, os grandes cavalos. O resto é conversa para inglês ver...