Perder para o Iquique, no deserto de Calamas, não é para qualquer um. Mas o Grêmio conseguiu o êxito de perder, e de virada. O Palmeiras consegue perder para um tal de Jorge Wilsterman na Bolivia. Atenção, não estamos falando de Boca Juniors ou River Plate. Estamos falando de Iquique e Jorge Wilsterman. E nos intitulamos os reis do futebol. Aliás Grêmio e Palmeiras, que no sorteio cairam nas duas tetas maiores do grupos, evidentemente que vão se classificar. Tem poderio para tal. Penso inclusive ser totalmente impossível de não se conseguir. Mas apresentam até aqui tantas irregularidades que dá até para duvidar. Enquanto isto o Flamengo que caiu no chamado grupo da morte ainda precisa de um empate para avançar.
Com o investimento que os clubes brasileiros tem, seria uma obrigação, a exceção do Atlético Paranaense e o Botafogo, passar por esta fase. Se não o fizerem, é porque falta apenas um pouco de alma e não tão somente futebol. O que não se pode é o Renato Portalupe, ver um jogo, e o resto do mundo outro. Será qie é saudades do Argel? Ao nobre Xará, uma lembrança: ganhar o campeonato gaúcho não tem muita importância, mas sequer disputar sua final, preocupa-me, pois, passa a ser um problema de performance, não de erros de juiz.
A alma de um time de futebol, é aquela vontade de vencer que a gente cosegue visualizar em alguns cavalos de corrida. O que eu rotulo, como um diferencial. Talvez isto seja transmissivel, pois, os filhos de Northern Dancer, de seu filho Sadlers Wells, de seu filho Galileo, têm. Bem como o iniciante Frankel - filho de Galileo - que já conta com oito individuais ganhadores de grupo, espalhados pelo mundo, em sua primeira geração. Mas a pergunta que não quer se calar, é, até que ponto existe colaboração das éguas?
Dos 31 individuais ganhadores de grupo na temporada de 2016, nada menos que 18 eram filhos de éguas de grupo - ganhadoras ou colocadas até terceiro. Isto representa quase 60%. Logo, era um book assim por dizer por demais sugestivo. Agora o que mais impressiona, é que dos outros 13, pelo menos 12 eram filhos de éguas já produtoras de ganhadores de grupo ou irmãs de ganhadores de grupo. É mole?
Poderia ser as éguas? Talvez, mas em defesa de Galileo, Sadlers Wells e Northern Dancer constato que o percentual de ganhadoras de grupo em seu book, de suas tespectivas três primeiras gerações - quando o seu percentual de reprodutoras ganhadoras de grupo não era nem sombra do atual - é só um pouco inferior aos resultados obtidos agora. Lodo a tribo provou sua qualidade, provando primeiro do que eram capazes. Com Frankel, não foi preciso. o mercado imediatamente acreditou nele.
Este é o raciocinio lógico que você deve fazer, ao optar por um reprodutor a cobrir seu rebanho. Se ele é um melhorador, um mantedor ou um piorador. Os números serão capazes de lhe responder. Eles são compilados para você nos Estados Unidos. No Brasil, infelizmente não. Aliás somos um mercado dos mais pobres em termos de informações. Veja o que aquela égua produziu com outrem e o que produziu com seu reprodutor e compare. Se houver uma melhora, é por que seu reprodutor é um melhorador que vale a pena se investir. Mas alguém perguntará? Como se obter estes números? Obtendo-se. Arrega-se as mangas e compila-se os dados. Dá trabalho? Evidente que sim. Mas o que não dá trabalho? Até loteria esportiva você tem que marcar o cartão e ir na agência jogar, que não deixa também, de ser um trabalho.
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