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quinta-feira, 22 de junho de 2017
PAPO DE BOTEQUIM: O SEGUNDO DIA EM ROYAL ASCOT
O termo civilizado é utilizado como adjetivo qualificativo cujo intuito é designar aquelas pessoas ou atos que se caracterizam por estar dentro dos parametros normalmente entendidos como parte de uma civilização. As pessoas consideradas civilizadas são as que podem conviver com as outras em um meio social de acordo com as normas de comportamento que esta sociedade estabelece.
A Inglaterra é um pais civilizado, e quem lá vive, seja britânico, ou de outra nacionalidade se enquadra as normas vigentes. Ontem no meeting the Royal Ascot foi observado pela Rainha e os demais presentes um minuto de silência pelas vitimas dos últimos quatro atentados levadados a efeito em solo inglês. Vocês já tiveram a oportunidade de participar de um minute de silêncio, antes do inicio de uma partida de futebol? É onde a vaia e as cantorias se tornam mais intensas.
Ms não se pode pedir por civilidade em um pais que foi governado por Lula, Dirceu, Genoino, Josley Batista, Dilma, Emilio Odebretch. Seria pedir demais.
Fui a meu primeiro meeting em Royal Ascot no inicio dos anos 80 e confesso que me apaixonei. Nunca consegui levar um cavalo brasileiro por mim selecionado para participar deste meeting. Hard Buck, segundo colocado na mais importante carreira para os de todas as idades em solo britânico, o King George VI and Queen Elizabeth stakes, participou de outro meeting, não menos importante tecnicamente, mas inferior em termos sociais.
Se o primeiro dia de Royal Ascot para muitos pertenceu a Godolphin, eu diria que o segundo funcionou muito bem para os treinadores sediados na França, Fabré e Rouget. Eles levaram duas das quatro corridas, tendo que para tal atravessar o canal com seus pupilos. Highland Reel era a crava do dia. Afinal, não é todo dia que um ganhador da Breeders Cup Turf, do King George, da Coronation Cup, Hong Kong Vase e segundo no Arco, aterrisa no Prince of Wales Stakes (Gr,1). Existe cavalos que sobram numa carreira, eu diria que no caso de Highland Reel, ele simplemente pertencia ontem a outra carreira. Mas no frigir dos ovos, a coisa não foi tão simples assim.
Ele acompanhou a carreira e parecia que na reta se despreenderia dos demais. mas não foi bem assim. Até 100 metros do disco tinha apenas cabeça, mas a partir dai os outros cansaram e ele se manteve. Que quero dizer? Que o craque não cansa? Ao contrário, ele talvez seja o que mais se canse, mas não se entrega. Se supera e por isto é um diferenciado.
O fato de ser um Galileo - que finalmente deu o ar de sua graça como pai - em mãe Danehill, já dá para dimensionar o tamanho do barulho. Ser filho de uma filha de uma oaks winner australiana, também ajuda. Agora ser imbreed em Northern Dancer, em Buckpasser e ter uma linha de Mr. Prospector, o faz quase portador do tripé mágico e aqui entre nós, eu acho que isto faz uma grande diferença. Posso estar errando. Eu duvido, mas aceito que outros não se convençãm, principalmente pela estrutura genética que se apresenia no pedigree de Highland Reel.
Acho dificil que ele deixe passar seu segundo King George, mas cavalo é momento, e naquele dia ele tem que ser Highland Reel, pois segundo o escritor britânico Terry Pratcher, podem ser 7,000 anos, mas mesmo assim, tem que ser viver um dia de cada vez.