Desculpem-me aqueles que assim não o pensam, mas acho que estivemos presentes a uma das versões menos condizentes com a estatura de uma prova, de um GP. Brasil. Já assiti a muitos e me sinto seguro em afirmar que esta versão, foi um tiro no pé, Vou mais longe. Eu diria, sem medo de estar sendo o apologista da negativação, que esta talvez tenha sido uma das versões onde se aplica aquele antigo dizer: alguém tem que ganhar. Não que o ganhador não o tenha merecido, todavia, o conjunto da obra me faz assim pensar.
A principio tivemos a disputa dentro de moldes competitivamente modestos e ainda cravejado com lampejos de falta de sorte. Duas éguas eram cotadas para a carreira, a triplice coroada No Regrets e a Derby winner Daffy Girl. Uma no apix de sua forma e outra devendo um grande exibição. Mas quiz o destino que na pista a ordem dos fatores, alterasse o produto e em linha gerais, se invertesse.
Em meus comentários pós triplice coroa, fui mais de uma vez enfático em afirmar que não via No Regrets tão bem na fita do GP. Brasil, como muitos diziam. E explico, mais uma vez porque. Ganhar uma triplice coroa, onde a fragilidade de suas adversárias era latente, e sendo a sua apresentação em 2,400 metros, a meu ver a de menor brilho, não credenciava seu possivel favoritismo. Hoje o GP. Brasil está muito mais perto da triplice coroa, o que faz com que alguém ainda jovem e que tenha que se esforçado nestas três carreiras, possa sentir, principalmente pela aparente impossibilidade de uma carreira preparatória que possa ser considerada apropriada para esta questão. Outrossim, esta mudança de data do GP. Brasil, fez também o espaço de tempo entre as duas maiores provas de nosso calendário - o Brasil e o São Paulo - se tornar igualmente menor. E para uma égua, disputar o São Paulo com propriedade, voltar ao Rio de Janeiro, e fazê-lo da mesma forma no GP. Brasil, tem que se aceitar, que mesmo contanto com a fragilidade dos campos formados para estas duas provas, há de se ter uma certa classe. Daffy Girl provou pata mim, isto. Vou defender minha forma de pensar, em relação a achar Daffy Girl superior a No Regrets, com uma analogia totalmente pessoal. Ganhar o Derby contra os machos, para uma potranca me parece mais convincente do que conquistar uma triplice coroa entre as fêmeas. E principalmente da forma que Daffy Girl ganhou seu Derby. Um arraso.
E vou mais longe, já que abusado e opinativo sou: Daffy Girl perdeu esta prova, quando seu jóckey acreditou que o ponteiro da carreira, não demonstraria cansaço em sua frente. A manobra que foi obrigada a fazer, para assumir a vanguarda, lhe fez perder segundos preciosos, que poderiam se não perdidos, lhe trazer a vitória.
Não que o vencedor da contenda, Voador Magee, tenha nada a ver com isto. Ele fez seu trabalho e merecidamente ganhou. Imbreed em Sharpen Up e Northern Dancer e descendente de uma sólida linha materna no Brasil, as vezes só associada a velocidade, o que domingo provou ser uma crendice sem precedentes, Voador Magee venceu e até convenceu. Outrossim o lado maior de toda esta questão, foi o fim de samana da vida de L. Esteves, que conseguiu obter sete vitórias e há de se convir, que as duas principais.
Com 13 linhas de Hyperion, sendo oito por caminhos diferentes, o filho de Roderic O'Connor, mais uma vez provou a mim, que a estada deste último no Brasil, foi bem mais importante que a de Holy Roman Emperor, com ressaltei anteriormente em um artigo publicado no Ninho do Albatroz. Segundo colocado no Derby carioca, Voador Magee, tem todo o direito de ser considerado o lídimo champion 3yo.
A festa foi bonita. A Gavea estava repleta de gente. Logo, o marketing funcionou. Parabens aos organizadores da prova e um ainda mais especial a aqueles que participaram da mesma. Por incrivel que possa parecer, a prova que mais me empolgou foi a destinada aos sprinters. o GP. Major Suckow. O OSAF, sem Daffy Girl e No Regrets, foi aquela empada sem azeitona e a milha do GP. da Republica, além de vazia, não continha em seu campo, os melhores nomes que a carreira poderia ter. Assim mesmo, o feito do Esteves, tem que ser não só comemorado , como também intensamente aplaudido.
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