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terça-feira, 18 de julho de 2017

PAPO DE BOTEQUIM. AINDA DENTRO DE MINHA IMODESTIA ABSOLUTA

Não foi uma nem duas vezes que me perguntaram qual seria a distância ideal para se estrear um elemento no qual se depositava esperanças de correr um Brasil, ou um Derby. Dentro de minha imodestia absoluta, diria que 1,400 metros na grama.

Abro um parênteses explicativo. Quando se escreve por muito tempo, principalmente algo tão solitário como um blog, sempre existirá a oportunidade de você assumir a postura de o dono da verdade. Prefiro não vestir este manto, e fico na casa da imodestia absoluta, que já foi aqui explicado o que possa ser. Mas aceito que todo blogueiro é dado a uma megalomania ocupacional de tanto ver seu nome e suas teses publicadas em letras de forma. Não importa se por si mesmo. De tanto ser adulado por alguns e apedrejado por outros, que não deixa de serem formas de reconhecimento, existe uma tendência natural, com o passar dos anos, a se julgar acima do bem e do mal e o pior, dono de seu próprio destino. Coisa que não somos, pois, dependemos da atividade ao qual nos dedicamos a analisar e opinar. O resto a se pensar, é apenas literatura. Fecho este parênteses explicativo.

Balzac dizia que atrás de toda grande fortuna, houve no passado um crime maior, que deu inicio a esta fortuna. Pois eu afirmo, que atrás de toda corredor de sucesso em pista, houve no passado um acerto em sua estréia. Estrear, o que quer que seja, pode se tornar numa ação traumática, que o acompanhará pelo resto de seus dias. Muitas vezes, torna-se necessário o divá de um psicanalista, para decifrar o problema. Mas como cavalo de corrida, não tem divã, o mais sensato é estrear seu pupilo, sem forçá-lo de forma alguma.

Os ingleses, quando tem em suas mãos algo que consideram precioso, zelam por demais pela estréia. As vezes só correm o dito animal em uma única oportunidade se ele não for aquilo que chamamos de precoce. E não são poucos que verdadeiros postulantes ao Derby, tem sua primeira e única corrida, aos dois anos, acima da milha.

Imaginem que um cavalo que se valha de sua stamina, a terá em sua plenitude, se um determinado pace for mantido. Quem vai correr a milha e meia, vai sofrer com um pace de 1,200 ou mesmo 1,300 metros. Porque digo sofrer? Pelo simples fato que cavalo não raciocina. Se tem brio, procura acompanhar na carreira o ritmo alheio. E nossos jockeys, em muitos casos igualmente não são dados ao ato de raciocinar e simplesmente os deixam ir. Isto fere a sucebilidade de um aspirante a distâncias maiores.

Sei que no Brasil, a competição é mais amena do que na Europa, e você pode se dar ao luxo de estrear um postulante ao Derby, em 1,400 metros. Outrossim enfaticamente alerto que não menos do que isto. E explico, o porque. 

Décadas atrás, os estudiosos de treinamento, classificaram os cavalos de corrida em classes distintas pelo que de melhor poderiam produzir em pista e dentro deste perfil, o pace que poderiam suportar. Assim nasceu a teoria dos sprinters, flyers, milers, middle distante, classic e stayers. Embora a modernidade se de ao luxo, de não dar mais bola para estes detalhes, eu acho que eram conceitos altamente válidos. Graças a Deus, consegui incutir na cabeça do João Luiz Maciel, que passou a classificar seus cavalos deste mesma forma.

Porisso, me empolguei com esta segunda corrida de The Pentagon ' fotografia de abertura -, já que para mim, sua verdadeira estréia não valeu. Ele voltou a correr em 1,400m e ao invés de chegar a 19 corpos do vencedor, como o havia feito três semanas antes, desta feita no mesmo hipódromo e na mesma distância, chegou 9 corpos a frente, dos demais, sem se esforçar.

Não costumo colocar minhas fichas, em algo que estréia e chega a quase 19 corpos de seus adversários. Cavalos em que confiei, estreiam de forma distinta. Camelot que estreou em Julho, o fez ganhando na milha,  Ruler of the World, que estreou somente em Abril, de seus três anos, na distância de 2,000 metros, ganhou o Derby invicto em três saidas.

Sea the Stars, estreou sendo quarto em 1,400m no mês de Julho, e depois disto nunca mais perdeu, quando distâncias não inferiores a de sua estréia, foram a ele ofertadas. O mesmo aconteceu com Australia, que estreou no último dia de Junho em 1,400m, sendo segundo e repetindo a distância em sua segunda carreira, como Sea the Stars, venceu. Bem ao estilo O'Brien.

Foi o que fizeram com The Pentagon, pois repito, este é o estilo O'Brien.

O Dr. Linneo de Paula Machado, um dia me disse que quando sentia que tinha algo de especial, só o deixava estrear, a partir dos 1,400 metros. Uma vez lhe alertei para uma carreira a ser corrida em 1,300m e que para mim caía com uma luva para algo que ele me havia confidenciado que seria especial. E na defesa de minha assertiva comentei, que eram apenas 100 metros a menos. Ao que ele retrucou que carreiras de 1.300m e 1,400m na Gávea, para os dois anos, eram paces distintos, E aqueles 100 metros a mais na reta oposta, onde os estreantes tinham que assentar, faziam uma enorme diferença. Na ânsia de defender meu ponto de vista, lembrei a ele que Itajara, havia estreado em Outubro na distância de 1,100m e depois ainda no ano, havia corrido 1,300 e 1,600, ambas na pista de areia. Mas foi ele que me lembrou, que não se podiam fazer comparações, levando-se em conta elementos extra-série.

Much Better estreou tirando sétimo em 1,500 metros. Foi terceiro e ganhou a seguir, na mesma distância, sendo que triunfou na areia. Depois, não correu abaixo dos 2,000 metros. E dai para frente, quase tudo foi festa... Quando vi escrito, em Fevereiro de seu primeiro ano, Bal a Bali no quilômetro, tive a confirmação das observações do Dr. Linneo. Guignone havia deixado a entender, que Bal a Bali seria um extra serie. E com estes qualquer distância se torna rotina.

Acredito, que se você tem algo que acredita que possa correr o Derby, não estreiaria em distância menor que os 1,400m na grama.