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HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro

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domingo, 2 de julho de 2017

PAPO DE BOTEQUIM: AS VANTAGENS DO ANONIMATO

Uma das grandes vantagens de ser um anonimo, é poder emitir qualquer opinião, sem correr o risco, de ser criticado. Eu, no turfe, não posso dizer que gozo do anonimato. Logo, o que digo ou escrevo, sempre será visto por alguém que irá cobrar pela opinião. Assim sendo, a experiência me trouxe não só o conhecimento como o senso de responsabilidade de saber que uma opinião minha, para muitos pode representar uma verdade. O que nem sempre é, embora eu ardentemente desejasse. Mas sou apenas um ser que emite opiniões. Não crio dogmas, nem mesmo ne sinto preparado a escrever uma nova Biblia.

Sempre que conheço alguém, imediatamente sou chacinado por aquela eterna pergunta: que são os melhores cavalos que vi correr. Antes estavam interessados apenas no Brasil. Hoje com o mundo. E a todos respondo que não existem formas de comparar cavalos de idades diferentes, muito deles que não se enfrentaram, ou foram capazes de correr as mesmas corridas.

Mesmo entre aqueles capazes de correr as mesmas corridas, há de se levar em consideração, as condições da pista, os aspectos climaticos e principalmente a turma em que cada um correu. Bal a Bali, talvez tenha sido o cavalo brasileiro mais completo. Foi bom desde os dois anos de idade, ganhou em todas as distâncias,  em tempos por demais convincentes, mas pergunto: ganhou de quem? De Mojito? De Bacello? de Hendrix? Todos cavalos de graduação máxima, mas que de maneira alguma poderiam ser considerados o melhor que somos capazes de produzir. Much Better não teve uma grande campanha quando jovem, nem foi capaz de vencer importantes provas abaixo dos 2,000m. Todavia, o que dizer dos adversáios que bateu? Sandpit, Romarin, Grand Ducado, Fantastic Dancer, Enfatico, El Sembrador... Isto não seria uma turma bem mais encardida do que Bal a Bali brilhantemente militou? E o fato de ter ganho na areia e na grama provas internacionais de graduação máxima? Não seria isto um elemento diferenciador? Pois bem, pergunto, o que dizer de Itajara? Ganhava por arquibancadas, em todas as distâncias, mas sempre entre os de sua idade. Isto o faz menor perante aos olhos criticos? Duplex? Qual a importante carreira que venceu no Brasil? Nos vizinhos de nosso continente enfrentou turmas tão fortes como a de Much Better e foi capaz de vencer da milha aos 2,000 metros, na grama e na areia, sempre com a mesma intensidade, Não vou até Farwell, pois, na verdade não o vi correr, outrossim, para muitos não teve até aqui algo que pudesse ser comparado.

Não gosto de criar listas ou fazer escalas. O Timeforme tem todo o direito de achar Frankel, mais cavalo que Sea-Bird e Ribot. Porém, pergunto, na distância clássica, a milha e meia ele, porque não correu? Excesso de esmero ou medo da derrota? Poderia ele bater a Arrogate ou Secretariat no dirt? Cada um tem o direito de pronunciar-se. Eu, por exemplo sou um cara cravejado de defeitos, porém o maior de todos confesso: sou uma viuva de Tesio e acho que Nearco e Ribot, estão entre os dez maiores cavalos já criados neste universo. Tive a sorte de selecionar grandes cavalos, e entre eles acho de Much Better e Da Hoss, excederam-se perante os demais, embora tenha sido Gloria de Campeão, o que mais tenha faturado e Hard Buck o que me deu a maior alegria. Talvez intimamente eleja Much Better pois, fez parte de uma era, que não precisava me utilizar dos óculos, para manipular, o controlhe remoto da televisão.

Tudo não passam de sensações. Suas sensações que por mais que você tente transmiti-las é algo seu, que ninguém será capaz de sentir na mesma proporção e com a mesma intensidade. Isto é que faz o turfe apaixonante. Mesmo no Brasil. Pouco me importa quem seja o melhor. Bal a Bali, Much Better, Itajara, Sandpit, Siphon, Pico Central, Duplex, Farwell, Hard Buck, Gloria de Campeão, Immensity ou quem quer que seja. A todos admiro, e gostaria verdadeiramente de ter tido vinculos profissionais com todos estes desta lista. Não com apenas três.

A procura do cavalo sempre melhor do que o anterior é que faz a roda do turfe girar. Era isto que Tesio procurava. Não se contentou com Cavaliere d'Arpino e criou a Nearco.  Qualquer um já estaria satisfeito profissionalmente por ter produzido estes dois invictos, mas ele não sussegou até chegar a Ribot. E o que Tesio teria criado se tivesse vivido mais 10 ou 15 anos? E mais uma variante. E se agregarmos o fator breeding-shed, não teriamos que manter no topo da lista o invicto Nearco, Northern Dancer, o outro invicto Danzig e Galileo?

A corrida é, e sempre será o balisador do breeding-shed. Desculpem a quem não assim pensa, mas a reciproca nunca será verdadeira. Cavalos são testados em pista, para então serem selecionados para serem reprodutores. Dos brasileiros que citei, quem pode suplantar a Clackson no breeding-shed?

Sou avesso a listas e mais do que isto, a comparações entre cavalos que nunca correram entre si. Acho Much Better melhor que Sandpit, pois, em diveras vezes se enfrentaram, mas verdadeiramente não sei em relação a Itajara, Bal a Bali, Duplex e Farwell. O que aconteceria se por ventura se encontrassem? Ai entra ainda o estado da pista, a distância a ser disputada e o mais importante de tudo; o estado atlético em cada um apresentasse, naquele dia, naquela hora, naqueles pouco mais de dois minutos.

Relacionei-me bastante com John Aiscan, por quase uma decada, pois além de termos sido vizinhos em Lexington, ele dependeu de meu carro para ir a muitos dos lugares que visitou, pois, não dirigia. Muitos o achavam um chato. O era verdadeiramente. Mas um chato que sabia demais de conformação e que não se limitava a defender seus preceitos. Ele o motivava a ter os seus. Nunca vi ele dizer que Sea Bird fosse superior a Ribot, ou que Nearco tenha sido mais cavalo que Hyperion. Tinha suas convicções, mas ela nunca foram em termos comparativos.

Cada um tem a sensação que nerece...