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Porque conto pelicanos? Porque eles tem uma rotina que me agrada. São feios, tem dificuldade de levantar voô e mais ainda de aterrisar. Mas todas as manhãs, a patir das 7.15, eles vão aparecendo. As vezes um a um, outras em grupo com formação de esquadrilha, planando como asas delta, a procura de seu breakfast. E sobrevivem. Eu os observo, os conto e assim passo o meu tempo. Quando volto para casa a cabeça está desanuviada e compactada apenas em idéias.
Acho que todo ser humano pela manhã deveria ter seu momento, consigo próprio. Como não sei meditar, nem mesmo praticar yoga, conto os pelicanos. A vida seria mais bem vivida por todos e lembro imediatamente de vó Adelina, que dizia que quando você está bem consigo mesmo, estará bem com aqueles que o rodeiam.
MAS A GRANDE VERDADE
É QUE EU GOSTO DE CONTAR.
A CONTAGEM É A BASE DAS
ESTATISTICAS E ESTA ME DÁ
OS INSUMOS PARA AS
MINHAS ANÁLISES.
A curiosidade faz da arqueologia a ciência maior. O trabalho do analista, de qualquer coisa que seja, necessita, acima de tudo, uma grande dose de curiosidade e uma maior ainda, de discernimento. E os números, ajudam a você montar o quebra cabeça. O curioso não é um indeciso. Muito pelo contrário. O curioso de genética, como Hamlet - de Sheakespeare - percebe a antitise de todo o ato e a total imposibilidade de uma causa uniforme e única na construção de uma existência. Desculpem aos que assim não pensam, outrossim portar o crâneo de seu pai e perguntar ser ou não ser, de maneira alguma é um sinal de indecisão e sim de dualidade.
Da onde vem a força de um craque, é o mistério maior de nosso mercado. Tenho muita curiosidade em pesquisar. As vezes, ou melhor muitas das vezes, não chego a conclusão alguma. Porisso, você deve explorar todas as veredas existentes e a partir dai, os números obtidos, apenas lhe demonstram que certas veredas funcionam mais que outras para determinadas situações. E assim pela lei das probabilidades, você aumenta a sua possibilidade de estar certo.
Já está provado, que uma ponta de focinho pode decidir uma corrida. Por que não uma constatação de um pattern, não poderá decidir a qualidade de um animal, de uma familia, de uma tribo, de um nick, de uma duplicação, ou até de uma determinada estrutura genética? Como sempre friso, isto não lhe garante a vitória, mas aumenta consideravelmente suas chances de consegui-la. E o que mais podemos exigir de uma ciência inexata?
Numeros não determinam absolutamente nada, porém, de alguma forma, criam veredas. Mas de forma alguma podem ser considerados verdades biblicas. Por exemplo, acho que Frankel foi um cavalo sublime, mas dai ter um Timeform superior a Ribot, em minha opinião não o faz melhor que o invicto de Tesio. No máximo, acho que deveriamos intitula-los cavalos de mesmo nivel, já que nunca se defrontaram.
Nos recentes publicados ratings brasileiros, No Regrets teve um peso superior a Daffy Girl. Alguém, em sã conciência pode crer que ela seja superior a Daffy Girl? Não tenho dúvidas que se uma me fosse presenteada, não podendo ficar com a duas, escolheria Daffy Girl, não só pelo que ela produziu em 2016, mas na presente situação de ratings, creio que ser segundo no Brasil e no São Paulo contra os de todas as idades - independentemente de haver problemas com medicação ou não - é ainda mais importante que ganhar a triplice coroa feminina, contra as de mesma idade no Rio de Janeiro. No caso de No Regrets, houve um encontro dela com Daffy Girls. Ai eu penso que se tivesse chegado a frente de Daffy Girl no Brasil, ou ganho o Derby que não correu, mas que se houvesse corrido, não acredito que ganharia - vide o tempo das duas carreiras - poderiamos até ter uma base de discução. Mas não havendo estas duas possibilidades, e no embate direto tivemos um resultado a favor de Daffy Girl, penso que números, vindos de equações criadas por seres humanos, muitas vezes não espelham a verdade das coisas.
