A volatilidade e a efemeridade de qualquer crônica é o espelho daquele que a escreve. A fixidez do impresso em contraponto a mobilidade da internet, determina que o meio de comunicação eletronico, tenha uma maior fluidez, contudo qualquer que seja a forma em que esta informação seja apresentada, o mais importante sempre será o assunto não apenas a crônica. Tanto no Jornal do Tufne - veiculo impresso - como no Ninho do Albatroz - filhote da internet - procuro me fixar no assunto e teço uma cronica sobre o mesmo.
Não existe assunto de maior interesse, do que aquele que verdadeiramente interessa ao leitor. Por isto, leio sempre minha caixa de emails, pois o que parece óbvio a você, nem sempre será para outros que leem, se interessam, mas não entendem. Quando o assunto é de interesse e você formalisa uma opinião, qualquer que seja a critica ao seu pensamento, não mais o atemorisa, pois, na verdade você se sente livre do incomodo de precisar ser compreendido, Faz-se um silêncio dentro do silêncio de sua própria solidão, o do dever cumprido, e bola para frente que atrás vem gente.
E o assunto de hoje, me faz pensar que a vida do agente de compra e venda de cavalos de corrida no Brasil, tem um prazo de validade. E da forma como estão sendo levadas as coisas em nossa atividade, este prazo está por se extinguir. Inescalável, assenção.
Tenho noção que Drollig foi o melhor cavalo entre os vendidos de sua geração. Ai aparece um Daniel Boone que não foi colocado a venda e assume a liderança da geração. No ano seguinte, um igualmente reservado, ganha o derby. Faz um corrida de luxo no Brasil e agora ganha o Matias Machiline. Seu nome Emperor Roderic, Passa-se mais um ano e Gran Cru e Fillmore, provam terem sido os dois mais importantes potros entre os vendidos de sua geração. Ai vem o reservado Cash do Jaguarete, e mete 1'32" e uns quebrados. E quem tem duvidas que Jadir, outro reservado não possa voltar e reassumir a liderança? No sabado teria sido dificil de vencer.
O que isto lhe sugere? Que cuidados devem ser tomados na hora de se selecionar um potro entre aqueles que deverão ser colocados a venda. Ou você compra um barn inteiro de potros, ou tenta ser mais sintomático e então pesquisa, inspeciona e tenta dar tiros seguros sabendo qual o alvo a se atingir, pois no Brasil, a concorrência dos reservados, passa a ser bastante significativa.
Está cada vez mais dificil ser apenas proprietario no turfe brasileiro, pois, criar para vender é uma tarefa quae insana, o que torna criar para correr, uma tendência natural. Porisso caimos de quase 9,000 cavalos anos, para os ridiculos 2,000 que produzimos atualmente.
Muitos devem pensar que passa a ser inutil ser apenas proprietario e ai está estacionado o erro. Nosso sistema é que está errado. No mundo inteiro existe uma demanda que se adequa a oferta. Nós, talvez sejamos um dos únicos mercados, onde o número de criadores diminui e mesmo assim a oferta é bem maior que a demanda.
Volto a repetir, não existe uma verdade absoluta. O bom cavalo pode ser reservado ou vendido, apenas que os haras de media importância, não está encontrando mercado de venda para o seu produto e então, como única alternativa para se manter nela, o corre ou o pior, baixa o nivel de custo de sua criação. O que é salutar para a primeira instância, mas tremendamente arriscado em relação a segunda opção. Mas ainda é melhor do que desistir e comprar um barco. E como estamos cansados de saber, nesta atividade nem sempre o cavalo do mais importante criador impera e até o Corinthians pode ser o campeão.
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!