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sábado, 5 de agosto de 2017
PONTO CEGO: BOA SORTE AO FESTIVAL DA ANPC
Eu tinha pouco mais de dez anos. Um dia eu cheguei na casa de vó Adelina com um olho roxo. E ela fingiu que não viu. Eu que fazia jiu-jitsu e que me achava uma fera, estava cabisbaixo. Passou a manhã inteira e horas depois, sentado a mesa do almoço ela finalmente deu o ar de sua graça, sem que nada houvesse sido levantado por mim, ou por meus pais. Na rua sempre haverá alguém mais forte do que você. Ontem o Paris St. German provou isto em relação ao Barcelona. E a Coolmore e a Darley provam isto diariamente no turfe mundial.
É necessario muita coragem para ser diferente, e mais ainda competencia para fazer a diferença, Não sei onde li isto. Provavelmente na traseira de algum caminhão. Mas acho o pensamento, válido. E falando em competência...
Competência esta sendo provada pelo Corinthians e o Grêmio, que tem demonstrado atualmente em campo, sem que preciso fosse investir. O mesmo acontece no turfe brasileiro e em qualqier outro de investimentos limitados. Não é aquele que os melhores animais adquire, que terá a supremacia. E sim aqueles, que além de comprarem bem, serão capazes de administrá-los de forma profissional. Fecho o parênteses.
Louvavel é o turfe que pode contar na mesma carreira com um Affirmed e um Seattle Slew. Um Spectacular Bid e um Affirmed. Uma Beholder e um Stellar Wind ou uma Songbird. De um Alydar e um Affirmed. De um Easy Goer e um Sunday Silence. São embates que provam que existe gente capaz de não temer o perigo de perder. Ao contrário de Zenyatta e Rachel Alexandra, que fugiram uma das outra como o diabo da cruz.
Será possivel um encontro entre Endless Time e Enabble? Ambas são éguas da milha e meia. Winter chegou recentemente aos 2,000 metros. Teria condição de subir 400 metros a mais? Duvido. Não que não tenha stamina para tal, mas a Coolmore, por questão de preservação comercial, não vai querer enfrentar as duas anteriormente citadas, principalmente Enable.
Posso estar enganado, mas nestes ultimos anos, as fêmeas estão marcando mais que os machos, dos dois lados do Atlântico. Na Australia creio que Black Caviar atestou também esta tendência.
Competência é o que falta no mercado brasileiro. Tem gente corajosa que tenta ser diferente, mas nem todos tem a competência de realmente fazer a diferença.
Não vou discutir sobre diferença de opiniões. Cada um tem a sua, e a melhor acabará por prevalecer. Outrossim, não há a menor forma de defesa, para com um mercado que dá lucro no mundo inteiro - até no pequenino Uruguai - e no Brasil é deficitário. Isto me lembra Colômbia. Foi assim que a coisa começou por lá e o final, garanto a vocês, que não foi feliz.
O exôdo de nossos principais profissionais, - principalmente os de Cidade Jardim -, a mudança de ares de alguns proprietarios, a parada de nossas importações, geram em mim, um arrepio. Digno que ver o mapa do inferno do lado do avêsso, como diria o Edson Alexandre. Algo tem que ser feito. Eu faço a minha parte conseguindo que os proprietarios que comigo trabalham, se manterem no turfe. Resumindo, nenhum caiu para a segunda divisão.
Guardadas as devidas proporções, hoje teremos a disputa de mais um Festival ANPC, uma das únicas medidas efetivas que temos em nossa atividade. Estará a Gávea cheia? Qual as promoções que foram feitas, fora dos muros do hipódromo? O que se espera do movimento de apostas?
Não é minha função resolver estes problemas e me doi comenta-lo, pois, meu pai queria que eu fosse médico e minha mulher ficou uma semana sem falar comigo quando abandonei a arquitetura e enveredei por este mercado. Como se vê, não foi por falta de aviso. Hoje os problemas se intessificam e gente despreparada tenta resolve-los com boa vontade, mas longe de fazê-lo com conhecimento de causa.
Não seria hora de se juntar quem entende do assunto, a volta de uma mesa e discutir o problema?