No turfe você ouve muito, e por ser uma ciência inexata, capaz de gerar cada vez mais opiniões de escorregadia destreza. Nunca fui de esconder o jogo, pois, nunca me especializei em tirar docinhos da mão de crianças. Clarice Lispector diria que era como mergulhar na mesma ausência de razões e na mesma obtusa imparcialidade, que eu complementaria como dirigida ao lucro próprio.
Tudo é complicado no turfe, e é minha obrigação como agente, é de descomplicar, não de justificar. Turfe não é hobby, mas não deixa de ser uma valvula de escape para o dia a dia, conturbado dos negócios. Assim sendo, afirmo como sempre afirmei, que é importante opinar, mas acho necessário ter pelo menos uma base minima de conhecimento. E é esta base minima, que não reconheço na maioria dos opinadores.
Eu me baseio nas observações pessoais e na frieza dos números. Números estes coligidos encima de resultados em provas graduadas, que até que possam me provar ao contréario, são o melhor elemento comparativo para este tipo de insumos.
Nunca, na história desta atividade foi tão importante saber exatamente o que se compra. Comprar por comprar, dificilmente o levará a lugar algum. Se a história é criar, pois, as chances de se comprar potros no Brasil está cada dia diminuido em termos de boas ofertas, acredito que a melhor solução é a caseira. Adquire-se um bom elemento nacional, com fisico, pedigree e campanha, e aí então parte-se para a aquisição das éguas que segundo você ou que o orienta, sejam aquelas que mais poderão ajudar a seu reprodutor. No caso, dos inéditos, muita inspeção para se poder ter firmeza na seleção.
Nada mais tenho a dizer, a não ser justificar minhas opiniões e opções.