A mais importante personagem feminina do seculo XVI, a italiana Catherine de Medici, é vista pela história, pelo poder que exerceu na França, como mãe do rei Francis II e regente de mais dois de seus filhos, igualmente reis, Charles IX e Henry III, na corte francesa, bem como pelo terror que imprimiu a seus inimigos com seus venenos letais. Eu não tiro o valor de alguém que produziu a três reis, sobreviveu na era das guerras religiosas entre católicos e Huguenots e ainda por cima soube subjulgar a extensa lide de inimigos, inclusive a mais poderosa reinante na Arqui-inimiga Inglaterra, Elizabeth, a raínha virgem, apenas com seu alto senso politico, a força de sua intriga e com seu poder de envenenar a quem a desagradasse.
Outrossim, vejo como ponto de maior importância do legado de Catherine de Medici, o fato dela ter introduzido na atrasada França, o garfo, a faca, as colheres e também o gosto pela culinária. Há de se notar, que consigo além dos utencilios citados, trouxe aos 15 anos para a França de Henry II, os cozinheiros, as especiarias e estabeleceu aquilo que hoje é visto com bom olhos na civilização francesa: a etiqueta e a chamade french cuisine.
Todo ser, seja humano ou equino, possui qualidades e defeitos, Os que se destacam na história normalmente tem mais qualidades do que defeitos. Southern Halo, um dos maiores chefes de raça da criação platina, transmitia uma fragilidade de capilares. Cigal, um dos bons garanhões que tivemos no século passado, era conhecido por transmitir a seus filhos, aquilo que o impossibilou de sequer correr, fragilidade nos tendões. O maior ganhador de estatísticas norte-americanas, Bold Ruler, era reconhecido por transmitir problemas em joelhos. Cabe a cada um detectar as caracteristicas de cada individuo, explorar as boas e tentar anular as más. Esta é uma das maiores importâncias do cruzamento, pois, embora muitos ainda duvidem, por ignorância, birra ou desconhecimento, o cavalo de corrida é produto de um pai e de uma mãe, e de toda a herança genética de ambos. Dai a importância de um pedigree.
E como fica a tal da transmição linear? Ela se manifesta quando existe dominância, seja pela tribo paterna, ou a familia materna.
Nelson Rodrigues, dentro daquele que foi o seu maior legado deixado, caracterizava os viralatas, como aqueles que seguiam qualquer banda, e se negavam a agir como cães de raça. Não somos inferiores no turfe a despeito da suspeita qualidade de nossa genética em relação, a dos principais centros turfísticos do mundo. No entanto, isto seria uma problema contornável se não adorassemos seguir a banda, qualquer que seja a qualidade da mesma. Se a moda é hoje Galileo, trazemos vários, os mais exdruxulos independentente da campanha ou da inexistência da mesma, como fizemos anos atrás com os Storm Cats, e em décadas anteriores com Northern Dancer. Simplesmente seguimos a banda. E qual foram os resultados das experiências anteriores? Diria que os mais funestos possiveis...
Sei que qualquer opinião é algo pessoal e sujeita a ser derrubada no momento seguinte. Não tenho dúvidas que Graciliano Ramos foi um dos maiores escritores do Brasil. Mas como comentarista de futebol, acho que falhou quando em 1922, foi enfático sobre o futebol: este tal de futebol não vai pegar no Brasil. Como também penso que o Renato Portalupe, evoluiu bastante como técnico de futebol, mas foi infeliz quando afirmou que o Corinthians ia despencar... Opinar é direito de cada um. Errar de todos.
Porém, vou dar uma opinião. Mesmo trazendo filhos médios em termos de campanha, nosso sucesso com filhos de Mr. Prospector, excederam até as mais otimistas expectativas. E isto se estendeu por transmissão direta por mais de uma década.
Northern Afleet, First American, Signal Type, Dodge, Choctaw Ridge, Fast Gold, Elusive Quality e Torrential, pertencem a seleta casta dos reprodutores que vieram a gerar mais de 10 individuais ganhadores de grupo. Não haveria a oportunidade de utilizarmos, um filho ao menos de um deles, reprodutivamente?
Continuamos amanhã.