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Recentemente fiz um trabalho que foi publicado na Austrália, sobre o poder staminico de certos segmentos na craiação brasileiro, ainda sobeviventes num mundo, onde a velocidade assumiu a vanguarda genética nos dois hemisférios.
Blush Rambler produziu no Brasil 11 individuais ganhadores de grupo, sendo seis deles de graduação máxima, Dos exportados, Light Green, New Dreams e High Court, obtiveram sucesso no hemisfério norte. Eu diria que ele, mesmo dentro de sua irregularidade de produção, contribuiu com algo importante em nossa élèvage. Mas pouco, ou nada dele ficou para contar a história.
New Colony, foi outro contribuinte, para a nossa criação, obtendo nada menos que 19 individuais ganhadores de grupo, sendo quatro deles de graduação máxima. O que sobrou dele? Praticamente nada. O nacional Thignon Lafre, aparece a seguir com 9 individuais ganhadores de grupo, sendo surpreendentemente sete, com sucesso na esfera máxima. Não ea para ser idolatrado? Ao invéz disto, foi abandonado.
Dos elementos de shuttle que aqui aportaram, com nitida capacidade de transmissão de alta stamina, acredito eu que apenas Sulamani a eles pode ser comparado.
O que estes cavalos tinham em comum? Baixo perfil, todavia, resultados acima da média, principalmente em provas que exigissem fundo. Eles justamente com Known Heights e Signal Tap, formam a meu ver o último reduto genético de base stamininca, visivel no turfe brasileiro. Devidamente abandonado, ou alguém em momento algum, deu bola para um vencedor do grande Premios Brasil e São Paulo, chamado de Jeune-Turc?
Evidente que vivemos no "reino do alguém tem que ganhar". E na falta de tu, vai tu mesmo, tanto assim que de vez em quando um sprinter sem nenhuma aptidão staminica, vai lá e produz um cavalo de fundo. Não vou entrar no mérito da questão, que possa a mãe ter influênciado a aptidão corredora. Cada caso é um caso. O que quero aqui deixar claro, é que se estamos caindo no item relativo a transmissão de stamina. E a meu ver, há uma razão para tal.
Clackson, certamente foi o reprodutor nacional, com maior poder de transmissão staminico trouxe a nossa criação. Não foi o nosso maior produtor de ganhadores de grupo 1, Tanto Ghadeer como Roi Normand, estão a frente dele, mas nenhum dos dois, demonstrou a capacidade staminica transmitida por este filho de I Say - ganhador da Coronation Cup e terceiro no Derby de Epson - neto de Sayajirao - ganhador do Irish Derby e do St. Leger - e bisneto de Nearco, ganhador do Grand Prix de Paris, quando este era ainda disputado na distância de 3,000 metros.
Com se vê um link de stamina, por quatro gerações, Know Heights, po sua vez, é filho do dual derby winner Shirley Heights, e neto do ganhador do Arco, King George e Derby, Mill Reef, um link staminico de três gerações. O já citado Thignon Lafré - para mim um dos mais importantes fenômenos staminicos nacionais - é filho do ganhador dos 3,100m do Prix Royal Oak, neto do ganhador do Arco e do Derby francês, Sassafras, bisneto do herói dos 2,500m do Grand Prix de Saint-Cloud, Sheshoon, tataraneto do Ascot Gold Cup winner, Precipitation e tudo isto advindo do segundo maior transmissor de stamina do século passado, o invicto Hurry On.
A stamina, trás a baila, a celebre questão da transmissão linear. Você, mesmo sendo discrente ou critico a esta questão, há de convir, que certos veios permanecem em sua capacidade de transmissão de uma característica, E a stamina talvez venha a ser, uma das mais preciosas. E são justamente estes veios, que conseguem maior sucesso no Brasil, nas provas consideradas clássicas acima dos 2,000 metros.
Sou um discipulo da stamina através da distância, que Tesio provou existir, com a criação de Nearco. Phalaris, o mais importante chefe de raça da primeia metade do século passado, era um sprinter. Seu filho Pharos, um elemento de meia distância e Nearco o cavalo completo, pois, acelerava em qualquer ponto da carreira. Secetariat, que não conseguiu ser um Sire of Sires, hoje se esbalda em imbreeds, e para mim, dos que vi correr, juntamente com Frankel e Seattle Slew seriam os três maiores apologistas da velocidade através da distância.
Não seria hora de reatarmos este vinculo com a stamina, sem abandonar a atual febre pela velocidade, com o intuito de produzir o cavalo que tenha velocidade através da distância?
