Pelé foi idolatrado. Messi o é também. Porém, não pode ser dito em relação a Maradona e mesmo Neymar. Isto apenas prova que existem duas correntes a ser enfrentadas em uma vida profissional: O desempenho e a imagem. Quando você alinha estas duas características numa mesma direção e esta é positiva, sopa no mel. Porém, se uma delas descamba para a vertente negativa, por exemplo, a imagem, muitas criticas são feitas e nem todas elas são baseadas na qualidade do desempenho. E muito menos todas são honestas.
Isto é um erro. Dizer que Maradona não foi um grande jogador e que Neymar não é estas coisas, é para mim, um exagero. Foram simplesmente grandes jogadores. para muitos com caracteres discutuveis. Cristiano Ronaldo é espetaculoso, Messi introvertido. Neymar moleque, E ninguém será capaz de negar que eles são atualmente os três mais importantes jogadores de futebol em atividade no planeta. Onde quero chegar. Fenômeno tem que ser respeitado, você gostando dele, ou não.
No turfe brasileiro, muitas pessoas confundem estas duas caracteristicas, principalmente, por causa de quem os possui. O dono nada tem a ver com o atleta. Sempre adotei esta posição, quando analiso e tento criar uma perfil de determinado animal.
Não acredito que adversários devem ser vistos como inimigos. Quem assim o fizer aconselho a procurar um psicanalista, o mais rápido possivel, pois, o complexo de inferioridade deve estar o sufocando. E mesmo nestas disputas, a posição de adversário deveria ficar estrita ao que aconteça na pista. Fora, deveriamos ser uma coisa só. Unidos em função de um turfe melhor.
Não deveriamos nos concentrar em como melhorar nosso turfe? Coisas como a queda das taxas de importação, um acerto internacional de nossas condições sanitarias, uma melhoria na importação de reprodutores, uma pedra única, enfim tantas coisas que poderiam de alguma forma melhorar a nossa situação.
Tem gente que não gosta de mim. Aceito, mas negar coisas que possam ser construtivas e na verdade não ve-las respeitadas, por ser eu a pessoa que defendo, me parece pobre. De espirito e conceitualmente. Mas ao mesmo tempo aumentam as chances daqueles que confiam e levam avante coisas que muitos acreditam ser apenas frescuras.
Outrossim, este não é o objetivo. Você quer ganhar o King George ou o Arco, pois, sabe que lá vai enfrentar o que de melhor existe no mundo. Ganhar estas provas pela ausência do que há de melhor, pata mim, não funciona. É como tomar café com azeite, ou alface com açucar. Não combina.
Da mesma forma que você não deve temer, ir contra suas idéias básicas quando acha que está a frente de algo inusitado. Pois bem, no dia primeiro de Setembro de 2016, publiquei aqui mesmo, algo chamado Tragam de volta o Baccelo. Quase cinco meses depois , no dia 28 de janeiro de 2016, logo a quase dois anos atrás, publiquei aqui um outro artigo chamado Um Novo Fenômno no Horizonte chamado Quanta Carina, sobre aquilo que visualizei que poderia ser um fenômeno sem precedentes. O alvo era uma égua de cria chamada Quanta Carina, que acabara de produzir a seu terceiro ganhador de prova de grupo e o segundo de graduação máxima, Dolemite. Recentemente, Quanta Carina produziu a seu quarto ganhador de prova de Grupo - este seleciondo por mim para ir direto para os Estados Unidos - e que não indo, por razões alheias à sua vontade, venceria uma prova de graduação dois, mantendo sua invencibilidade de três carreiras. Assim Quanto Carina, acabou se transformando numa das poucas reprodutores a produzir no Brasil, a quatro individuais ganhadores de grupo.
E eis que ontem, chegou a vez de estrear outro filho de Quanto Carina, que com novo nome Black Cello o fez de forma impressionante. Será que ele se tornará o quinto ganhador de grupo deste fenômeno, que quando senti que talvez o fosse, fui alvo de indagações pouco respeitosas?
Sempre acreditei que um raio possa cai no mesmo lugar duas vezes. É uma situação remota, mas pode acontecer. E quando examinei a Flight Time, avisei a aqueles que estariam interessados nele, que se tratava de um potro muito bom, mas que custaria os olhos da cara. Foi o preço recorde da noite, outrossim, nem de perto de quanto eu achava que ele custaria. Fisicamente ele me lembrava demais a Einstein e por isto sugeri que fosse direto para os Estados Unidos.
É muito dificil, uma égua que já produziu a três ganhadores de grupo, vir a produzir seu quarto. Logo, toda cautela deveria ser tomada.Outrossim o potro era ajeitado demais, para se passar em branco. E havia um detalhe a ser levado em conta. Ela tinha produzido até ali, apenas a cinco filhos, sendo tão somente o primeiro a não correr em prados oficiais. No mais, três ganhadores de grupo - sendo dois de graduação máxima - e uma ganhadora, colocada em prova de grupo. Aqui entre nós, isto cheira a fenômeno?
Sei que tem gente que sempre torce contra. São apavorados de presenciar um fenômeno, a não ser que o mesmo seja de sua propriedade- Eu penso de forma distinta. Torço para Black Cello seja o quinto e que os dois produtos seguintes por Adriano, tenham a mesma capacidade corredora de Dolemite.
Se Black Cello confirmar sua estréia com outras atuações do mesmo nivel, quem sabe Quanto Carina será a primeira reprodutora da era das provas de grupo no Brasil, a gerar cinco ganhadores deste tipo de prova. Ai chama-la de fenômeno não causará a ninguém, surpresa alguma. Vocês não acham?