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segunda-feira, 23 de abril de 2018

PAPO DE BOTEQUIM: O CULTO AO ADVERSÁRIO

Li numa coluna antiga de Nelson Rodrigues que as pessoas babavam como bovinos ao ouvir o simples bom dia na voz de Jean Paul Sartre quando de sua entrevista no Brasil. Nunca dei muita bola para Jean Paul Sartre. Na realidade acho que muito o que disse, de pouca ou nenhuma valia. Ele me lembrava muito os arautos de hoje da esquerda caviar, festiva e inoperante brasileira. Porém em um de seus ditos existe uma grande verdade: em um jogo de futebol tudo se complica devido a presença de um time contrário.

Pois é, no turfe a complicação é ainda maior, principalmente quando de vez em quando pinta um Frankel ou uma Winx, que são mais do que apenas meros adversários. São muralhas consideradas intransponíveis. Minha pergunta passa a ser, isto atrai publico ou cria um desinteresse pelo evento?

Eu acho que herói sempre ajuda. Muita gente no Brasil passou a acompanhar a Fomula 1, o tennis, o voley e hoje até o surf, pelos heróis nacionais criados por estas atividades. Vou mais longe, só depois de 1950, é que o futebol - hoje uma febre nacional - passou a ter mais publico que o turfe no Brasil. Logo, não acho que o herói, aquele que domina, seja um "afastador" de interesses. Pois, me custa crer que alguém não queira participar, ou pelo menos assistir a um momento histórico.

O que afasta o interesse em qualquer atividade, é se tentar fabricar o herói. Pois, tão logo, a farsa é descoberta, os pés de barro, sucumbem. Evidente que o adversário que domina, tende a diminuir a competitividade em qualquer arena. Isto é o que no esporte norte-americano tenta se evitar, ajudando-se anualmente os times menos favorecidos. Mas um Michael Jordan ou um Joe Montana, deteminam dominâncias, pois, esta é a lei natural das coisas. O melhor tende a sobresair.

No turfe, a idéia básica é ganhar. E é isto que Winx, Black Caviar, Zenyatta, Frankel, Zarkava, Sea the Stars, Ribot, Nearco, Cigar, Sea-Bird, Invasor, tentaram fazer, a cada vez que colocaram seus cascos numa pista. Uns com absoluto sucesso. Outros com uma pouca menor dose de sucesso. Mas todos dotados de uma indiscutivel dominância.

Por isto o turfe é tão emocionante. Não é a força do dinheiro que sempre impera. Ela ajuda, mas penso ser a competência o seu maior aliado, quando este sucesso é atingido.

Quem no Brasil, apresentou esta competência em pista? Depende do gosto de cada um. Itajara. Much Better. Bal a Bali, Boticão de Ouro, Emerald Hill? Com certeza todos estes apresentaram, mas da mesma forma que qualquer time não pode apenas depender do craque, na criação de cavalos de corrida, há de se depender de um grande número que não foram craques em pista, mas que demonstraram aquela mesma vontade de vencer.

Para mim, este é o maior dom que um cavalo de corrida pode ter. A sua vontade de vencer. Uns o conseguem pois, tem as aptidões para fazê-lo. Outros não, mas mesmo assim tentam, e vendem caro suas derrotas. Creio que Clackson talvez seja um dos maiores exemplos disto no turfe nacional. Outro, Sabinus, Outrossim, muitas vezes você conta com tudo, e tem o infortunio de encontrar pela frente um adversário que tem ainda algo a mais. Gosta também de vencer e ainda tem mais competência. Mas tanto vencedo como vencido, dependem um do outo. O que seria de Alydar e Easy Goer, se não tivessem nascido nos mesmos anos de Affirmed e Sunday Silence? 

Eu acho que isto acontece em todas as atividades. o que seria do Internacional e do Atlético Mineiro, se não houvessem o Grêmio e o Cruzeiro? Ou de Senna, sem Prost? Ou Jordan sem Magic Johnson? Ou Borg, sem McEnroe? Um faz o outro,

Nosso último herói foi Bal a Bali. Pena que ele não tenha nascido no mesmo ano de Pico Central. Imaginem estes dois disputando uma milha numa grama sequinha? Infelizmente ainda não somos capazes de produzir constantemente heróis. E quando o fazemos, não é sempre que eles veem numa mesma época.

Logo, temos que ter muita inventiva para manter acesa o interesse do publico apostador. Os norte-americanos dão aulas neste setor. A road fo the Derby, é um exemplo disto. Sendo elas constituídas ou não de grandes cavalos, eles fomentam um interesse anormal entre o publico. principalmente o televisivo. Vivo cercado de russos por todos os lados. O russo não preza o turfe, outrossim a partir de Março passam a se ligar no Kentucky Derby. E não são poucos os vizinhos que vem a mim, para saber quem tem chance na prova.

As classificatórias para as Breeders Cup são fatores igualmente positivos. Não deveriamos criar trilhas parecidas, na tentativa de incitar a curiosidade de uma população que ainda acha que o turfe é um hobby de meia dúzia de riquinhos? Deveriamos criar uma forma para sermos sempre noticia em programas como o Fantático. Temos que trazer os grandes jogadores de futebol, artistas e cantores para nosso convívio. Imaginem, que não apenas o Guerrero, mas também o Hulk, a Anita e o Faustão com cavalos correndo na Gávea? Que atenção isto criaria em nossa atividade?

Evidentemente que nomes como estes, pela força de suas presenças e investimento, constituiriam-se em grandes adversários. E daí? A atividade ganharia e aquele que dela paticipasse também. Por isto mesmo, cultuo o adversário e continuo achando o Sartre um bolha...