Einstein
Isto me foi enviado por um leitor, assiduo, e que investe no turfe como proprietário: ... eu falo que o pessoal no Brasil não enxerga potro como individuo e sim o irmão do irmão... por menor que seja o tamanho do projeto, é procurar ajuda de quem tem experiência profissional. Nas empresas fazemos assim, porque no turfe seria diferente? E complementa, ... com certeza terá risco menor do que se tivesse escolhido um potro sozinho ou indicação chutumetro de um treinador...
Pois é meu caro. Poucos pensam como você. A Gisela foi a única da familia Bundchen a conseguir notoriedade. Logo, alguém em sã conciência, seria capaz hoje, de não eleger Gisela, por não haver em sua familia ninguém conseguido sucesso nas passarelas do mundo? Se vocês tiverem a pachora de levantar os pedigrees de Much Better, Da Hoss e Einstein, compreenderão, que suas respectivas mães já eram consideradas "fracassadas" em termos reprodutivos. Não teria sido esta a razão dos dois primeiros terem custado o valor de uma mariola e duas rapaduras?
Uma mãe considerada fracassada, pode produzir um elemento de exceção depois de vários filhos produzidos. É normal? Não, mas pelas leis das probabilidades o preço do produto ditará a opinião do mercado em relação a sua peformance. Existe gente que se recusa em simplismente examinar, pois, rotula a situação como impossivel de ser revertida. Você sabem qual era a idade da mãe de Secretariat, quando ela veio a gerar o grande alazão? 18 anos. Quantos filhos gerados até seu nascimento do grande craque? 12, e só o terceiro, Sir Gaylord, mostrou uma certa qualidade.
Mas no Brasil, haveria gente que sequer examinaria Secretariat. São dogmas como estes que na verdade diminuem as chances de sucesso. É evidente que se paga mais, em potros de mesmo nivel fisico, levando-se em consideração a qualidade e idade das mães. Mas isto não inviabiliza que uma égua mais velha possa gerar algo de especial. Examinem o individuo e depois decidam quanto ele vale para você, tendo como base o risco de sua mãe não ser nova ou bem sucedida anteriormente.
Coloquem os dogmas para fora de suas mentes. Eles tem uma dose de verdade, todavia, não são verdades absolutas. São possibilidades maiores de não acontecer. Outrossim, apenas o individuo pode fazer a real diferença. E se seu olho for capaz de captar esta diferença, bom para você. Bom para todo mundo.
Não sou um otimista. Prefiro pensar ser um realista e por tal estudo as possibilidades e tomo a partir delas as diretrizes de minhas observações. Todavia, simplesmente deixar de inspecionar um yearling, porque sua mãe, seu pai, sua linha materna ou seu pedigree inviabilizam as boas chances de sucesso, me parece de uma pobreza inenarrável. Um verdadeiro absurdo. Principalmente no basil, que se você aregaçar a camisa, examina quase a totalidade daqueles que serão vendidos.
O Brasil é o pais dos absurdos. Um pais que segundo um ex-presidente encarcerado, afirma que a lava jato é responsavel pelo desemprego de 600 milhões de brasileiros. E eu que pensava que eramos pouco menos de 210 milhões. Neste mesmo pais, que o poste que sucedeu a este gênio, afirmou que quatro para 13 eram sete, então porque não acreditar que depois de certa idade uma égua está impossibilidade de gerar algo de valor, que não tenha produzido até aquele presente momento.
Você tem que primeiro testar suas crensas e depois levar em consideração os riscos que as mesmas podem trazer a você, encima de decisões tomadas.
Aceito o fato, que no século atual, cada vez está menor o número de grandes ganhadores com mães que os pariram com a idade acima de 14 anos. O fato comercial, tem muita influência sobre esta situação. Mas o que fazer? Mata-las? Vende-las? Solta-las no pasto? Não sei. Talvez tomar uma decisão a partir de uma certa idade.