Agora o difícil é ver um grande cavalo de corrida que não tenha em seu pedigree, o baixinho notável. Existem, mas são tremendamente raros de serem encontrados. E eu não sugiro abster-se do mesmo. Só por penitência ou pagamento de promessa.
Np Brasil a linha de Mr. Prospector se alastrou com mais vigor que a de Northern Dancer, outrossim, embora isto seja um fato, poucos são os ganhadores de grupo, do mais alto calão, que não tenham em sua estrutura materna, a presença de Northern Dancer. E diria que muito em função da importante participação de Ghadeer em. nossa criação. Voltando a minha experiência pessoal, ele é o avô materno de Belo Acteon, Gladiador Acteon e do também ganhador de grupo Falcon Acteon e pai de segunda mãe de Huber e Famous Acteon. O que leva a crer, que o sucesso de Acteon Man como pai de ganhadores de grupo, deve-se tanbém a presença de Ghadeer, no pedigree de suas mães.
Que Fenômeno, é um caso aparte. para mim, o mais importante pedigree entre os cavalos nacionais. Trás já prontinho o binômio mágico e uma duplicação ma importante matriarca Tamerett. É um Pretty Polly na linha de Balidaress Love arranja um égua com Mr, Prospector e Northern Dancer no pedigree e imediatamente terá um produto com quatro linhas de Mr, Prospector e três de Northern Dancer. E se ainda por cima tiver em seu pedigree os nomes de por exemplo Secretariat, Nureyev ou Danzig, formar-se-ão tripés. Mas voltemos aos trilhos.
Fomos incapazes de "fazer" um macho sequer de Ghadeer em um garanhão de ponta. Vocês não acham este fato estarrecedor? Seria uma Karma maligno, ou simplesmente chutamos, mais uma vez, o balde na eterna ânsia do modismo.
Olhem que o maior reprodutor na criação japonesa no momento é japonês e se chama Deep Impact. Eleito para cobrir filhas de Galileo ganhadoras de graduação 1. O maior reprodutor australiano, é Snitzel, que é filho de outros australiano, Redoutes Choice. Não seriam estes dois mercados os mais emergentes no momento? Isto se chama criar linhas próprias. Que seria uma das funções principais do sistema de shuttle no Brasil. Ou estarei escorregando na maionese? E nós não o fizemos em relação a Royal Academy, Spend a Buck e Elusive Quality. Graças a Deus foi conseguido com um filho de Northern Afleet ate aqui, O jºa citado Que Fenômeno, que por esforço próprio de um criador que agora vê seu trabalho ser reconhecido, com a ida deste reprodutor para o desenvolvido centro de Bage, é um exemplo atual, do que pode ser feito se houver um mínimo de vontade.
Está na cara que se não fizemos com Ghadeer, seria muito difícil de se fazer com outro qualquer. Logo, o erro crucial é nosso. Abominamos o reprodutor nacional e respeitamos em excesso fracassados em pista e também no breeding-shed, desde que tenham pedigrees importados.
Fast Gold o pai de Setembro Chove
Eu penso que Clackson, Romarin, Redattore, Zenabre, para se citar apenas alguns, deveriam ter servido de exemplos. Mas pelo visto, não. Hoje vejo Setembro Chove ir bem com seus filhos em pista e continuar a ser ignorado no tattersall. Não desperta o menor interesse e não importa já ser pai de cinco ganhadores de expressão máxima com uma produção reduzida e com éguas de bubia potencialidade. E eu me pergunto porque? Afinal, ele que é filho direto daquele que considero o melhor Mr. Prospector que passou pelo breeding-shed nacional, Fast Gold. Analisem seus nºumeros e me venham atacar. E ainda por cima, foi um corredor de nível internacional.
O que há que incomoda tanto ao investidor brasileiro. no tocante ao reprodutor nacional? Sim, porque seu desprezo no tattersall, assusta ao criador de usa-los e não conseguir vende-los.
Confesso e agora me penitencio de não ter dado a devida bola ao cavalo Victory is Ours. Talvez por ser de areia e de fundo. Mas seus filhos fisicamente me agradam e ele é um Northern Afleet - como Que Fenômeno - numa mãe Broad Brush importada e pertencente a uma linha materna que funcionou por aqui. Nçao seria outro erro, ignora-lo, em função de reprodutores importados de reconhecida modéstia em pista?
Glória de Campeão
Outro corredor de nível internacional é Gloria de Campeão,. Alguém seria capaz de me apontar alguém que tenha ganho em pista mais do que ele no Brasil, sendo importado ou nacional? Pois bem, com pouquíssimos filhos já deu a dica que dará certo se reais chances a ele forem ofertadas. Ele puxou a seu avô materno Clackson na produção fisica e parece que em Bagé pelo menos numericamente tem tido mais aproveitamento que obteve no Paraná.
Pergunto, sem querer causar polêmicas, poderemos nos dar ao luxo de não "fazer" um filho de Wild Event? Eu pensaria que não. Temos que ter consciência que se Drosselmeyer e Shanghai Bobby são considerados palavras de baixo calão nos Estados Unidos e aqui tiveram, ou estão tendo boa participação em nosso mercado, que nosso sarrafo para com a genética, está extremamente baixo. O desconhecimento para com o nosso pedigree, de alguma forma ajuda, pois, o investidos do hemisfério norte, tem menos medo do exótico do que aquele que é reconhecidamente fracassado em seu pais de origem.
Quando digo que fomos incapazes de "fazer" um filho de Ghadeer, entendo a um de Henri le Balafre, Locris, Waldmeister, Tumble Lark, Executioner e tantos outros que por aqui passaram com sucesso. E s'ao av"os maternos consagrados. Timidamente fomos capazes explorar dois filhos de Roi Normand, um de Felicio e tenho que pensar para achar outros mais.
Com a crise que estamos sendo obrigados a passar em nosso turfe, acho que o garanhão nacional é uma boa alternativa de suplanta-la, at[e que esta bastarda taxa de 42% de importa;'ao seja definitivamente banida de nosso mercado. estão coibindo trazer matéria prima para construirmos nosso produto, pois, algo]em deve achar que trata/se de um supérfluo. Não seria hora de alguém tentar demonstar as nossas autoridades os empregos e divisas que o turfe trazem? Muitos militares que estão nesta gestão tem ligações com a cavalaria. Se liguem no fato, pois, vale a pena, pelo menos tentar...