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sábado, 18 de janeiro de 2020
PONTO CEGO: O DESAFIO DA PROCURA
Quando se procura, normalmente achasse. Isto partindo do principio que você saiba o que está procurando, e levando-se em consideração que o lugar em que você vasculha, possa ter aquilo que é de seu desejo. Diamantes dificilmente ser encontrados na praia e peixes nas montanhas... Assim sendo, achar-se algo que dentro dos padrões normais, possa realmente ser considerado diferenciado, é como achar uma agulha no palheiro. E ainda por cima existe o timing. Mas isto explico.
Escolhi o inicio de Novembro, o fim de Janeiro e o meio de Março para montar a base de minha short list, dando aos que inspecione três chances de mostrar ao que vieram. Na primeira visita você uma acurada noção da realidade. O saldo do campo, sem luzes e adereços. Na visita de Janeiro, para os que tem o inicio de preparação e em Março chega-se ao meio das mesmas. Outrossim, este ano, haverão alguns que irão vender em final de Março. Outros em Maio perto do festival do Grande Prêmio São Paulo e o restante em Junho, perto das comemorações do G. P. Brasil. O que denota, tempos distintos de preparação para os eventos.
É importante que você tenha todos os detalhes na cabeça, além da idade real que cada individuo tem. Um potro de Julho deverá ser analisado de forma distinta de um nascido em Novembro. Como terminará o processo de crescimento passa a ser o que você terá que projetar em sua cabeça. Não é uma aventura do arco da velha, mas requer um certo cuidado, para que não se compare alhos com bugalhos.
Há igualmente outros detalhes que a meu ver tem que ser levados em consideração. Fêmeas, neste estágio se aprontam mais rápido que machos e existem diversas formas de criar. Em Bagé cria-se de uma maneira, no Paraná de outra e São Paulo diferente ainda. E dentro de cada um destes centros, formas diferenciadas de fazê-lo. O Fronteira, o Niju e o Eternamente Rio por exemplo, criam de forma diferente que o Old Friends, Mondesir e Doce Vale. E não há uma maneira que você possa atestar que seja a mais correta.
Reconhecidas as dificuldades, inicia-se a procura daquilo que realmente interessa: o cavalo que seja competitivo, na sua mais alta escala. E em suas visitas, você tem que mudar o chip constantemente e tentar fazer uma espécie de averiguação comparativa, pois, querendo ou não são elementos que irão se enfrentar em pista, e ninguém em sã consciência quer aquele que vá chegar sempre em quinto.
Achar o cavalo bom, requer um certo grau de dificuldade. Achar o melhor entre os que você considera bons, denota que este grau de dificuldade se torne ainda mais complexo. E sempre é bom, ter em mente que tipo de treinamento este ou aquele elemento poderá ter com os diversos treinadores disponíveis no mercado. Pois no turfe, o pau que dá em Pedro, nem sempre terá o mesmo efeito do que deverá ser dado no João.
Mas o desafio estará sempre o rondando e isto é que faz sua adrenalina alcançar o nível necessário para que a percepção e o julgamento não sejam falhos. Ai com um pouco de conhecimento e uma certa imaginação, chega-se lá!
Faltando ainda um dia de inspeção, foram em Bagé examinados até aqui mais de 150 produtos e lhes digo que a amostragem é boa. E como estarei pela segunda vez no Paraná, semana que veem. afirmo sem medo de estar cometendo um erro, que esta será uma geração boa. Não digo que diferenciada, mas bem acima da média das outras desta década. E acontece num momento propicio, pois Jolie Olimpica reascendeu em nós um certo senso de brio. Um reconhecimento que podemos ser capazes.