Bom dia amigo,Espero que tudo esteja ok e que saiamos dessa crise em breve.
Li sua coluna sobre a criação de PSI no Japão e resolvi compartilhar algumas considerações.
Primeiro devo dizer que você sempre alertou para o movimento que os criadores japoneses faziam na década de 80 nas compras internacionais. Você afirmava que o futuro pertenceria aos mesmos. Segundo que basicamente a criação japonesa de PSI é um feudo da família Yoshida. Começando com o patriarca Zenya. A solidificação da presença internacional com os irmãos Teruya, Katsumi e Haruya. E hoje o seguimento da operação é feito por Shunsuke Yoshida à frente da Sunday Racing Co. Ltd. Os três irmãos receberam como legado do pai a Shadai Stallion Station, o maior centro de garanhões do Japão.
A dominância que os Yoshida exercem como criadores (Shadai Farm e Northern Farm) é da ordem de 70% dos prêmios. Quando estive em Chitose, Hokkaido, visitei o Northern Park onde no museu li uma frase de Zenya Yoshida que me marcou: "Breeders must be prophets". Não tenho uma forma de quantificar o quanto de inbreeding é usado pelos criadores japoneses, mas posso afirmar que se um garanhão mostra a dominância que Sunday Silence apresentou, eles irão mandar o máximo de éguas que eles puderem para serem cobertas pelo garanhão. Seja o citado, seja Deep Impact ou King Kamehameha.
Este comportamento cria as bases para o uso dos inbreedings de forma "quase" natural dado o número da população do garanhão dominante. Criação e turfe no Japão vão de vento em popa. As corridas de cavalo estão inseridas na sociedade e na cultura do país. Ao desembarcar em Haneda o primeiro anúncio que vi foi da Japan Cup 2017 que se aproximava. E os trens, repletos de pessoas, turfistas ou não, estudando os páreos.
Por hoje é isso.Seguem em anexo algumas fotos da minha passagem pelo Japão junto com a Helena, minha esposa. Ela inclusive adorou o fato de que o turfe para o japonês, é um programa familiar. Os hipódromos são feitos para chamar atenção das crianças, futuros turfistas, donos de cavalo e assim por diante.Abs, Baronius