Assisto futebol desde pequeno. E fui pequeno há muito tempo. Hoje, vejo jogaderos medianos serem considerados gênios. Mas gênio para mim são outras coisas. Quase extra terrestres. Coisas como Pelé, Garrincha, Maradona, Croiff, Beckenbauer, Messi, Ronaldinho Gaucho, Zico, Ronaldo Fenômeno e Leandro.
Vi todos jogar, logo sei do que está falando. Vi o Garrincha acabar como o Flamengo numa final em 1962 triste pata nós rubro-negros, imagine para um menino de 12 anos- Todavia, não sai casado do Maracanã, pois era impossível odiar ao Garrincha. O que ele fez do Jordan, naquela oportunidade, não foi brincadeira e segundo o próprio senhor de pernas tortas, Jordan foi seu melhor marcador. Tudo que fez em campo, era pura poesia. As temporadas de Ronaldinho Gaucho no Barcelona foram antológicas. Ele fazia exatamente o que queria com a bola nos pés. Uma mágico.Dava alegria vê-lo jogar. Pelé um sonho. E a classe de um Beckenbauer? A visão de jogo de um Croiff
A genialidade para mim é maior que a paixão. Perder para algo genial, não me aborrece. Não vi Nearco, Ribot e Sea-Bird correrem, mas da mesma forma que sei que Napoleão levou uma tunda de Wellington e eu não estava presente, sei que estes três cavalos foram marcos na história das corridas de cavalos. Logo, em algo temos que acreditar e deste ponto partir. O problema é que de uns tempos para cá, o turfe tornou-se bastante comercial e imprensa passou a dourar demais a pílula. Muitos bons cavalos foram elevados a condição de craques. Porém, há de se levar em consideração que os mais importantes mensageiros, não foram os melhores filhos pelo chefe de raça produzidos. Desta forma a tarefa inicial de se tentar descobrir quem poderia ser o elemento continuador, fica muito difícil de ser concretizada.
Pulpit não foi o melhor que A. P. Indy produziu, e Tapit muito menos o foi de Pulpit. Hoje vemos que Scat Daddy e Into Mischief criaran novas cepas entre os Storm Cat, acredito que com a probabilidade de serem mais intensas que a dos próprio binômio Giants Causeway-Sharmadal, que continua por intermédio de Lope De Vega. Seriam os filhos de Mr, Prospector considerados melhores aqueles que deram continuidade a sua linha? São verificações quase que diárias que devem ser feitas. Deus escreve certo por linhas tortas. A genética parece que também!
Eu as faço com os ganhadores das provas de grupo, pois creio ser o balizador mais crível em termos de classicismo. Como sempre ressalto, ele pode ser um bússola, nunca um GPS.
Analisem de forma neutra os pedigrees daqueles que venceram as terceiras provas das tríplices coroas cariocas e tenho certeza que se conscientizaram, de que as linhas tronco, as estruturas genéticas, bem como um reprodutor honesto são as armas mais fidedignas de se chegar a algum lugar. Não serão os catálogos coloridos e cheio de informações baratas que o farão ganhar um Derby, um Diana e sjm Zelia Peixoto de Castro. Na realidade a generalidade está em tratar esta questão de um forma simples.
O Haras Regina, criador dos dois primeiros colocados no Derby, o Santa Rita da serra que criou a sexta tríplice coroada - e no caso invicta -são nossos patrocinadores assim com os proprietários de Olympic Kremlin e Janelle Monae. Deve haver uma razão para tal. No mínimo que trazemos sorte.