Vou cuspir marimbondos !
Desculpem a minha irritação e principalmente meu português, mas fico puto da cara com a descriminação. Quero deixar claro que qualquer tipo de descriminação. Seja com quem for. Seja aonde for.
Para mim, o cara pode ser bom, ou até o melhor dentro do que faz e ter nascido nos quintos dos infernos. Simples assim.
Ou será Pelé suíço, Senna australiano, Guga, escocês e Eder Jofre, escandinavo?
Nunca me senti menor do que ninguém em Lexington, onde os maiores de minha área circulam. Sabia de minhas limitações e descobri um jeito de enveredar pelos caminhos, não notados por aquele que dispunham de um maior potencial financeiro que o de meus clientes.
Funcionou? Claro que funcionou !
Vejam o acontecido recentemente com King of Steel. Criado por conexões brasileiras e indicado por um brasileiro que ate em nosso blog, veio a ser entrevistado: o Robson Aguiar (foto acima). E agora finalmente montado por um jóquei de categoria, acaba de vencer o Champion stakes (G1). O jockey? Italiano, como o maior criador de cavalos de corrida que o mundo conheceu, Federico Tesio, que por sua vez criou três elementos invictos e dois deles baluartes de nossa atividade: Nearco e Ribot.
E o que é a Itália, no circuito europeu? Com simpatia a quarta força continental. E dificilmente estaria entre as 10 maiores potências do turfe moderno.
Dettori, faz a diferença. Mas o Robson também, assim como a Amo, que acreditou nas conexões brasileiras que fizeram King of Steel, ser o que é.
Sou partidário, de que para que haja omeletes haja uma necessidade de ovos, como sempre é lembrado pelo Edson Alexandre. Mas ovos não nascem em árvores. Não teria a galinha, igual importância, assim como o dono da galinha, que a alimenta? E qual a importância da nacionalidade deste último? Para mim, nenhuma !
Evidente que na minha teoria que o tiro pode vir de qualquer lugar, existem certas direções que regulam um maior volume de tiros. Mas porque de certos outros lugares, possa alguém pensar ser impossível? Não teriam Paulo Lobo, Sylvestre de Souza (foto abaixo), João Moreira (foto acima), Robson Aguiar e o RDI (foto de fechamento) alcançado o sucesso que muitos nascidos no hemisfério norte não chegaram? Seriam os Estados Unidos, a Inglaterra, o mundo por onde passou e a Irlanda, centros de segundo nível?
Desculpem meu navegantes que ainda possam duvidar, mas talento seja na atividade, por intermédio de treinamento, pilotagem, agenciamento ou propriedade, não term nacionalidade e isto apenas corrobora minha tese.
Paremos, de uma vez com todas, com este complexo de vira-latas que nos assola há séculos. O reprodutor nacional, tal como o profissional brasileiro, não devem absolutamente nada ao coetâneo estrangeiro. E toda vez que um proprietário - bem assessorado - alçar velas ao hemisfério norte, terá sucesso. Nunca tive dúvidas para com isto.