Não são poucos, aqueles que estão curiosos em saber, porque de uns tempos para cá, me utilizo em minhas colunas de figuras tomando café. Simples meu caro Watson. O faço, pois cerca de 75% das pessoas que leem este blog, o fazem entre 6.00 e 8.00 da, manhã. O que me lobriga acordar por volta das quatro, para alinhavar os últimos detalhes do blog.
RE acredito que, muitas delas talvez leiam tendo seu café, ao lado. E aqui entre nós, existe cheiro mais gostoso, do que o do café tirado naquela horinha?
Não sou muito chegado a café. O prefiro no estilo afogatto. Mas respeito aqueles que não podem viver sem o mesmo. Afinal ele desperta e energiza. Para muito, é a alavanca que precisam para engrenar um novo dia.
Infelizmente não tenho mais o privilégio de de manhã, bem cedinho, pegar a motocicleta, e ver o dia nascer no Arpoador, como o fazia na minha juventude. O destino lhe prega peças, que você é obrigado a seguir.Mas o que fazer? Maiores vontades tomam o seu bem querer e você tem que se acostumar as mesmas. E o turfe é uma delas. Em Lexington, corria pela manha a Keeneland, ou ia ver Seattle Slew galopar na Thnree Chimneys. Como se vê, tenho a capacidade de ver beleza em quase tudo.
Mas vamos ao que intere3ssa: aquilo que outro dia defini como sensações.NÃO TENHO O MENOR RESQUICIO DE DÚVIDA
QUE MAN O´WAR, SECRETARIAT E FLIGHTLINE,
PARA SE CITAR APENAS TRÊS
FORAM EM PISTA SUPERIORES A SEATTLE SLEW
Porque então tenho por Seattle Slew um apreço maior? Simples, a sensação que ele me transmitiu: sua vontade de vencer. Não vou discutir a genética destes elementos, mas há quem diga, que ele tenha a mais fraca das três. Mas ele se esforçava, enquanto os três outros, nem precisavam usar deste argumento, Venciam por suas respectivas imensas classes, Slew o fazia por seu eterno compromisso com a vitória.
Man O´War deixou um legado. Não há dúvidas disto, mesmo sendo este legado sujeito atualmente a extinção. Secretariat, ao contrário não. E o que dizer de Flighline? Só o tempo dirá. Porém, Slew, por estas peças do destino, custou barato, tinha conexões modestas e não apenas se fez em pista, ganhado a triplice coroa invicto, como se transformou num baluarte genético na criação. Seu maior legado, é a tribo que fez renascer, dos Bold Rulers. Hoje concentradas em seu bisneto Tapit, um elemento de bom padrão de carreira, mas longe de poder considerado dom mesmo patamar de Slew.
Qual o segredo de Tapit (foto abaixo)?
Diria que o mesmo de seu bisavô: a vontade de vencer. Pelo menos era isto que seu treinador; Michael Dickinson, apregoava, quando ele esteve em pista. Chegou até a cogitar, em determinado momento, a leva-lo disputar o Derby de Epson.
Abro um parênteses, pois após estrear em Delaware Park onde venceu por quase oito corpos, contido, Tapit foi levado a disputar o Laurel Futurity (G3) fazendo-o por mais de 15 corpos, e recebendo do jornalista especializado Andrew Beyer, um índice de 98, com direito ao seguinte comentário: "No 2-year-old in America had looked more impressive." Fecha-se o parênteses.
Acompanhei de muito perto a campanha de Tapit, pois nesta época, poucos meses antes estava com Da Hoss em seu barn e durante mais tempo, com uma potranca de minha propriedade. Tapit não tinha a classe dos citados até aqui, mas sobrava-lhe brilhantismo e aquele compromisso ferrenho com a vitória.
Hoje o considero como um chefe de raça, com maior poder letal até que Into Mischief. Coisa que pode modificar-se com o passar dos anos. Outrossim, até que isto possa a se verificar, mantenho-me esperançoso que os dois filhos dele, que ora se encontram na reprodução brasileira, ainda inéditos, correspondam ao que deles se esperam.
Não preciso de café para energizar-me, mas confesso que cavalos como Slew e Tapit, me arrepiavam aos vê-los correr.