Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Quisera eu ter a força fisica e psicológica dos 35, e poder curtir desbragadamente a vitória de meu time na Libertadores. Horas depois assistir a um Cartier Horse of the Yeark sagrar-se vencedor na Japan Cup, esmagando um recorde, que eu achava que perduraria por mais algumas décadas. E ainda na quarta-feira estar pronto para ver meu time voltar a campo para se sagrar campeão brasileiro e arrumar aa malas para tentar ser campeão intercontinental, se vencer em questão de dias o campeão mexicano, o campeão egípcio e aquele que é considerado atualmente o maior time do mundo, o PSI.
Pois bem, acabado de ver a Japan Cup, forças me faltaram para escrever imediatamente o texto que apresento aqui, com um dia de atraso, que aos 35 certamente o faria, mas que aos 75, com comobirdades inerentes a idade, se torna mais difícil de acontecer.
Porém a vitória do castrado Calandagan trouxe em mim, forças que já achava terem sido extintas pelo peso peso da experiência. Aquela falsa e doentia impressão de quem acha que viu tudo, quando na verdade está na página nove de um livro mais grosso do que Guerra e Paz, voltou a se dar como viva e recorrente. Ledo engano, daquele que pensa ter visto tudo, no turfe...
O neto dos ganhadores do mais importantes deribies europeus Galileo e Sinndar, com o agravante do primeiro ser também ganhador do King George e o segundo do Arco, fizeram valer suas respectivas estadias e vontade de vencer. A atropelada dele, que tinha apenas cinco animais atrás de si, na entrada da reta final, foi extasiante. Não a caracterizo como fulminante, pois trouxe com ele o competidor Masuerade Ball, ao qual bateu por mínima diferença. Que carreira. Que final. Que tremenda compostura.
Até ontem, na madrugada de sábado para domingo, tinha requintes de preferência para com o galante Ombudesman. Frescuras que foram definitivamente recolhidas, tão logo a linha final da prova máxima asiátic foi cruzadaa. Senhores, um cavalo de que ganha a milha e meia do King George e a milha e um quarto do Champion stakes, na mesma temporada, não pode ser visto apenas como um animal versátil. Ele tem que ser colocado no patamar dos maiores. E quando ele atravessa o oceano e nesta mesma temporada, se dá ao luxo de ganha em record a Japan Cup, há de estar colocado, numa das primeiras prateleiras deste patamar. Simples assim.
O Flamengo ganhou sua quarta Libertadores, com uma atuação napoleónica onde a razoa novamente fez mais sentido que a vontade. Calandagan destroçou a grande maioria de seus adversários como Atlia, o rei dos hinos, de maneira voraz e selvagem.
Sinto apenas que HH Aga Khan, não tenha sobrevivido pelo menos mais alguns meses, para assisti-lo. E terminando, Forever Young atravessou o mundo para provar potencial do cavalo nascido no oriente na Breeders Cup Classic, mas Calandagan, deu o troco, ferindo com o mesmo ferro e assim restabelecendo a honra do cavalo ocidental
