E o que o cliente de cavalos de corrida exige de nós? Transparência e honestidade de opinião. E se possível a prova prévia, inequívoca de seu conhecimento.
Não gostar do garanhão A do do criador B, ou da linha baixa C, é um direito de qualquer pessoa que milita no turfe. Mas daí transforma-lo num dogma a ser constantemente seguido. diria que um erro crasso.
Nunca eliminei um animal por ser filho de Monarchos, neto de Isgala ou nascido aonde quer que seja. Até em Illinois. Pode até refletir nos preço, nunca em meu parecer. Mas tenho plena convicção que não adianta você adquirir o melhor do haras X, se este melhor não estiver entre os dez melhores da geração que você tem acesso a lançar. Daí a importância de ver tudo. E comparar.
Leve ainda em consideração o fato de haver ainda os reservados e os feios que nunca deram bola para o espelho, ou onde pastaram. Logo, é necessário se ver o maior número possível, até de reservados, pois, ai então seu sistema comparativo, - se existir - poderá vir a ajudar na seleção.
Entendam, se eu por exemplo fosse um investidor no turfe paulista, ou mesmo um profissional de treinamento que atua com mais assiduidade em Cidade Jardim, iria certamente visitar todos os anos, o Cifra, o Rio Iguassú, o Belina e o Eraldo, que constantemente dominam as carreiras principais daquele hipódromo. Ou estaria eu escorregando no quiabo, em querer conhecer seus verdadeiros inimigos em pista?
Meus caros navegantes, sejamos coerentes, mesmo em se tratando de escolhas, a comparação deveria ser um ponto alto em se levar em consideração. Mas cada um que aja com sua própria consciência. Eu me sinto na obrigação de ver o maior número possível e sempre que for viável comparar, aqueles que visualmente podem ser comparados no mesmo local. Adianta o esforço? Tentem e me respondam.
Aquele que limita a sua inspeção, aos haras que lhe são mais fraternos, ou vistos de sua maior confiança, estará certamente objetivando uma vereda incerta. Pode até adquirir o cavalo certo, mas periga este pertencer a geração errada...