sexta-feira, 28 de agosto de 2020

PAPO DE BOTEQUIM: WILD EVENT OU GHADEER?

Wild Event

Não há, nem nunca haverá de minha parte o interesse de polemizar, em qualquer assunto estatístico relativo a cavalos de corrida. E ademais, como sempre ressaltei não comparo divindades, e os dois elementos assuntos de referência desta nota, o são, para mim.

Ghadeer e Wild Event, são sem dúvida alguma os dois reprodutores que mais importância tiveram no turfe brasileiro da era moderna, pelo número de individuais ganhadores de grupo produzidos, até aqui. E fica por demais difícil comparar seus reais números, pois, enquanto Ghadeer deu inicio a sua trajetória no Brasil, Wild Event o fez nos Estados Unidos.  

Não há duvidas que Wild Event irá ultrapassar a Ghadeer, e para falar a verdade ele numericamente até já ultrapassou se levarmos em consideração seus dois filhos nascidos nos Estados Unidos e vencedores de grupo no hemisfério norte. Se contados, a norte-americana Fiesta Napkin ganhadora de grupo 1 em Porto Rico e o norte-americano Wild Promises ganhador de grupo 3 em seu pais de origem o placar hoje seria de 67 a 65 a favor de Wild Event. Mais seria justo?

Poderia ser, pois, para alguns, não importa de onde veem os filhos. Contudo os meus universos de pesquisa, que não se mostram preocupados em quem possa produzir mais ou menos ganhadores de grupo, penso de forma distinta. Meus parâmetros baseiam-se, tendo como base ganhadores de grupo no Brasil, de Haras brasileiros, ou de haras fora do Brasil corridos em território nacional. E elementos criados por haras brasileiros que tenham vencido em qualquer parte do mundo.

Parênteses. Porque levanto esta questão? Pois, se assim não o fosse diria que Elusive Quality, Rock of Gibraltar e Holy Roman Emperor, que passaram pelo menos uma temporada no Brasil, pelo que produziram fora, possuem mais ganhadores de grupo que Ghadeer e Wild Event. O que não cria propósito algum no teor de relevância em minha pesquisa. Fecho parênteses.



Portanto se esta for a posição escolhida, o placar passa a ser no momento 65 para Ghadeer  e 65 para Wind Event, embora a uruguaia Andreza, seja ganhadora de grupo 3 em seu pais de origem, tenha sido criada por um haras uruguaio, o Don Alfredo, com égua adquirida ao Sta. Maria de Araras, cheia do mesmo. Diferente caso da argentina Happening - esta inclusive de criação do Sta. Maria de Araras - também ganhadora de grupo 3 em seu pais de origem. A meu ver, estes dois elementos deverão ser contabilizadas. Para os que possam pensar diferente, a vantagem é para Ghadeer de 65 a 64 ou de 65 a 63. Não importa.

Logo, empatados ou não, pelo menos para mim, tratam-se dos mais importantes reprodutores que serviram - no sistema presencial - em nossa criação, pelo número de individuais ganhadores de grupo, até aqui produzidos. Para quem vê a questão apenas com o fundo estatístico Wild Event já passou com os dois norte-americanos citados anteriormente, a Ghadeer. Para os que pensam como eu, estão empatados. E há ainda uma terceira corrente que possa achar que o placar está ainda em vantagem para Ghadeer.

Não entrarei nesta seara, pois, não seria este o intuito de meu levantamento embora, de um ano para cá, senti e expressei-me que seria inevitável a posição futura de Wild Event em vantagem em relação a Ghadeer. Uma coisa deve ficar clara e não me cansarei em repetir: são dois excepcionais reprodutores, como o foram Clackson, Roi Normand, Put it Back e Know Heights.

Para se ter uma idéia, são apenas 12 os reprodutores que vieram a gerar até o presente momento, 25 ou mais individuais ganhadores de grupo, em serviço no Brasil. Como é apresentado no quadro que se segue.

Parabéns ao Mondesir-Santa Ana do Rio Grande-Sta. Maria de Araras, por nos presentearem com Ghadeer, e ao ultimo brindando-nos com Wild Event.