domingo, 5 de maio de 2024

PONTO CEGO: MAIS UM DERBY FULEIRO


Há 150 anos atrás corria-se pela rosas. Hoje pelo cheque, mas as rosas teem um lugar na mente de todos que sonham participar do Kentucky Derby. 

Passaram-se os anos e Secretariat em 1973, meteu um recorde que dificilmente será igualado. Que dirá batido. E os mais importante, a chamada dos dois minutos mais importantes do sport teve que ser abolida.

Depois de um Kentucky Oaks sólido, com as duas favoritas dividindo as principais posições, o que era de se esperar do Kentucky Derby de número 150? Pelo menos algo melhor do que um desfecho com animais do gabarito de Mine That Bird ou de um Rich Strike. Não mereciamos algo igual...

Por menos que focinho, os dois cavalos que deveriam decidir a carreira, o japonês Forever Young e o norte-americano Sierra Leone viram um Derby, que este fosse o final, se transformar em outra aberração: Mystik Dan...

Há de se convir que este Forever Young deve ser uma cavalo excepcional. Afinal passar pelo que passou indo do Japão para Dubai. De Dubai para a Arábia Saudita. Da Arábia Saudita para o Japão. E do Japão para os Estados Unidos, num breve espaço de tempo, é coisa difícil de se crer, que possa ser feita com um atleta. Quer dirá com um cavalo de corrida. E ele quase ganha. Acredito até que se não fosse prejudicado como foi, ganharia. Sierra Leone correu lá atrás, a frente de apenas dois adversários e seu jóckey, sempre manteve o japonês em sua alça de mira. Veio qual um alucinado, mas não conseguiu ultrapassar Sierra Leone. E foi visivelmente prejudicado como pode ser constatado na Oto que se segue. Por que não lhe foi ofertada a segunda colocação, não sei. 


Pegaram-se na reta e isto deve ter prejudicado a ambos. Fierceness, teve tudo a seu favor e provou o que sempre achei dele, um elemento irregular. Uma sim, a outra não. E eu alertei na última live, que o Derby era o da outra não. Bom cavalo, mas longe de ser um diferenciado.

O campo do Derby, este ano apresentou três nomes que deveriam ser respeitados, pelo que apresentaram até então e 17 de diferentes patamares, que ali estavam por terem conquistado os pontos necessários para alinhar. E entre eles, dois de nacionalidade japonesa. Desta forma,  para mim não passava de mais um Derby fuleiro. Como outros tantos que tive a oportunidade de assistir ao longo destes últimos 30 anos.

Quiz o destino que o santo de Lester Piggott tenha baixado no jóckey de Mystic Dan, que deu a seu pipilo a corrida perfeita. Sempre junto aos paus - lá pela quinta colocação - sem a interferência de quem quer que seja. E se manteve na cerca, onde quando necessário forçou uma passagem e assumiu a ponta com extrema facilidade. Parecia que ia ganhar por cinco ou seis, mas acabou ganhando por meio focinho. No galão seguinte já era ultrapassado por seus dois adversários.

Porém, ganhou...

Um pedigree por demais discreto, onde acentuam-se as presenças de Into Mischief como o pai de seu pai e sua linha tronco a mais do que consagrada 4-r, que se manteve viva, mesmo tendo que enfrentar a capacidade de suas mães serem incapazes de produzirem, algo de real importância. A ver que sua mãe e avó, tão somente apresentaram vitórias sem nenhuma relevância. E sua bisavó, nem ganhar, ganhou...

A reportar a importante presença do brasileiro Siphon, como pai de sua segunda-mãe. No mais, diria tratar-se de um elemento do nível Mine that Bird e Rich Strike, e a imaginar que ele tendo sido terceiro no Arkansas Derby, para Muth, imediatamente pergunto-me, o que fariam este e Nysos, se pudessem participar do Kentucky Derby?  O Preakness vem ai, com as respostas. 

Vamos para a próxima.