sexta-feira, 20 de junho de 2025

PAPO DE BOTEQUIM: QUEM ESTÁ COM A RAZÃO ?

Todos tem no turfe o direito de opinar. Ai está a beleza da coisa. A tribuna é livre, e a genética não é uma ciência exata. Mas existem certos limites que deverão ser respeitados.

Por favor, não vejam daqui nenhuma intenção de comparação. Ainda mais que no primeiro caso, se tratam de cavalos que embora estejam se apresentando numa mesma época, o fazem em distâncias, até aqui, distintas. Porém, a impressão que causaram, em suas respectivas últimas apresentações no atual meeting de Royal Ascot, nos obrigam a imediatamente os elevar, a um parâmetro superior. Estamos naturalmente nos referindo Field of Fire, vencedor do St. James Palace stakes (G1) e Ombusman, herói do Prince of Walles stakes (G1).

Ambos em suas apresentações, excederam-se na qualidade de simples vencedores. Suas respectivas vitórias foram tão intensas, que apenas aos cita-las, já vem aquele arrepio. São duas estrelas que se introduzem no firmamento das grades estrelas. O primeiro, já desde a disputa dos 2,000 Guineas de Newmarkt, onde perdeu por imperícia de seu jockey. O segundo, desabrochado nesta sua última aparição, quando tudo lhe parecia adverso.

Aonde cada um vai chegar ? Não sei. Terão a oportunidade de um dia se defrontarem? Possivelmente. E se isto um dia acontecer, em que distância se verificaria? Talvez nos 2,000 metros. Ainda não os vejo contendores de um Arco. Arriscaria a afirmar, que talvez pertençam ao mundo do Champions stakes (G1) e até lá por favor não exijam de mim, uma opinião de quem possa ser o melhor. Afinal até Lambourn deveria ser considerado, ou estarei escorregando no quiabo ?

A partir das apresentações dos mesmos este ano em Roysl Ascot, naturalmente um comparação passa ser exigida, sobre os dois. Fans clubes são certamente erigidos , mas só o tempo, tratará de pô-los um dia em confronto direto. É como sempre vejo questões como estas.

Wootton Bassett

Da mesma forma que o ditado que "rei morto é rei posto", ganha volume na interculação internacional, quando lideres de turmas, se afastam das pistas e do breeding-shed. Este é um segundo ponto de discussão.  Sai Sadler´s Wells, assume seu filho Galileo, e quando este passa seu cetro, a seu filho Frankel que parecia que iria reinar por um período maior, eis que Wootton Bassett  pinta no pedaço e modifica toda a visão mercadológica da genética no âmbito internacional. Como Into Mischief, pode sumir a qualquer momento. E quem assumiria aqui deste lado do Atlântico?

Isto apenas causa variações na teoria de dominâncias das tribos. Vejam que já foi notado, não apenas por mim e pelo Marcel, a queda significativa nos resultados dos descendentes por via alta de Danehill. Este sempre será o inicio da mudança. Aconteceu com Nijinsky, Lyphard e Nureyev, e só o ultimo até aqui voltou no hemisfério norte, agora defendido por seu descendente Siyouni. O que isto nos trará ? Não sei... mas imagino...

E mudanças assumem posições distintas conforme as necessidades da época. Sou contra qualquer motivação de censura creio que em nossos caso, um haras tem no direito de vender o que quiser e defender o que achar de seu interesse. Este é meu terceiro ponto de discordância em relação a quem assim não pensa.

Em Keeneland, quase todos os lotes tem defesa e ninguém - a exceção dos leiloeiros - é avisado do valor da mesma antes do elemento não arrematado, receber aquela sigla RNA. Logo, não entendo quando no Brasil alguém se irrita quando um lote é defendido por R$40 mil de parcela. Absurdo ? Porque quem assim pensa não deu R$41 mil e quem sabe não o levasse, para a sua cocheira ? E se amanhã este defendido for um nada ? Um zero a esquerda, como a grande maioria o é ? Quem arcará com o prejuízo ?

Temos que respeitar não apenas a opinião, como também,  as decisões alheias e esperar que o tempo determine quem está com a razão. 

PRECISO DE UM CAFÉ !!!