Comprou um porta-aviões
Um viva para a Inglaterra
De 82 bilhões
Mas que ladrões
A paródia foi escrita pelo Juca Chaves, nos anos 60, após a compra feita pelo governo brasileiro, referente ao porta aviões Minas Gerais. Imaginem quanto faturou a corretora, com esta aquisição de um navio usado e para muitos considerado obsoleto.
Lembro disto sempre que vejo o anuncio da aquisição de um novo reprodutor para a criação brasileira. Não pelo valor estimativo nem genético da compra. Mas sim, por achar que teremos que reforçar nosso plantel de éguas, hoje tremendamente defasados da realidade. Quantas filhas de Dubawi ou Dansili, possuímos? Quantas descendentes importantes das linhas tronco 9-f, 9-c ou mesmo 9-e, temos ultimamente adquirido ?
Levando-se em consideração os números a mim fornecidos do sempre prestativo José Carlos Fragoso Pires Junior, em 2024, 104 garanhões serviram 2,303 éguas na temporada de monta, não seriam estes 4,5% de reprodutores um número razoável de ser mantido? Eu diria que já é muito se levarmos em consideração que existe um grande número deles que cobrem menos de três éguas.
Mas como no futebol, as aquisições suplantam as expectativas. O mercado é ávido pela novidade, venha ela de onde for. Não importa o peso da qualidade das mesmas.
Talvez eu esteja ficando com a idade, cada dia mais ranzinza. Ademais nunca fui contra se trazer reprodutores se eles em pista demonstraram brilliance. O que me revolta são as taxas cobradas pela importação de éguas de cria, que inviabilizam que elas sejam trazidas. É o fim da picada !