O NINHO DO ALBATROZ
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!
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HARAS ERALDO PALMERINI a casa de Lionel the Best (foto de Paula Bezerra Jr), Jet Lag, Estupenda de Mais, Hotaru, etc...
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HARAS PARAISO DA LAGOA
HARAS PARAÍSO DA LAGOA, UMA ESTRELA A MAIS NO UNIVERSO
STUD YELLOW RIVER
STUD YELLOW RIVER - Criando para correr
segunda-feira, 7 de abril de 2025
BOM DIA
No caso precípuo do Brasil, os absurdos são de tamanha constância, e cometidos pelos mesmos agentes, que fica impossível se utilizar do sentido moderno deste substantivo, sem maiores adjetivações. Desaparecimento de móveis do Palácio do Planalto, uso indevido de jóias presenteadas, adulteração do certificado de vacina, interferência na vida marítima das baleias e outros absurdos caíram um a um. Só falta o tal do golpi...
Como se vê a democracia relativa tem dificuldades alarmantes de provar, contra alguém que de nada pode ser acusado. Nem com o pedido de ministro para usar-se de toda a imaginação.
Logo, não é absurdo algum, eu acreditar no cavalo de corrida brasileiro e em nossa capacidade de um dia termos, um turfe de primeiro mundo, quando estivemos muito próximos de te-lo, no após guerra.
E ademais, continuo desejando um bom dia para todos.
NA LUPA DO BARONIUS
Bom dia, amigos do turfe. Mudamos de estação, fechamos o primeiro trimestre do ano e caminhamos para o encerramento da temporada hípica para animais de 2 anos. Vou fazer um perfil ligeiro dos 3 primeiros colocados na estatística de padrillos de primera generación na Argentina. Uma curiosidade é que a estatística está aberta desde 1/11/2024, significando que os argentinos terão 8 meses de campanha para os animais mais jovens e nós geralmente utilizamos menos tempo em pista para estes animais.
Liderando a tropa aparece GIDU, que vem da Irlanda sendo ele um tordilho, descendente de Frankel na americana Manerbe (Unbridled’s Song). Ele tem 38 chefes-de-raça em seu pedigree, concentrados nas categorias Intermidiate e Classic, e têm duplicações cruzadas (inbreedings) em Northern Dancer (3 linhas) e Mr. Prospector (2 linhas). Além dos 2 maiores influenciadores da raça nos últimos 50 anos, quem quiser brincar de inbreeding não sentirá falta de nenhum dos principais garanhões do período. Sua mãe traz o sangue da família 1-n que remonta a britânica CHELANDRY nascida em 1894. Ainda na linha baixa temos mais 5 reine-de-course no pedigree de GIDU. Com 52 filhos nascidos em 2022, ele tem 2 ganhadores clássicos, destaque para Alado Frank, 3 vencedores em 7 animais corridos e um AEI de 9,05. Alojado no Haras Gran Muñeca, ele foi algo desprestigiado em suas duas temporadas seguintes e vai depender do que mostrar nos próximos meses para sabermos como será sua temporada de monta em 2025. Lembrando que existe mais um Frankel no Chile (pouquíssimo sucesso), quando nós formos atrás de um para o Brasil provavelmente o filho de Galileo estará em algum museu da Europa.
QUEM AVISA AMIGO É
Evidente que Auguste Rodin seria um reforço incomensurável para a criação brasileira, outrossim, sempre enxerguei a sombra que estacionara-se sobre ele, proveniente do mercado internacional. A Coolmore apelou para o Japão e acabou conseguindo de melhor, um shuttle com a Nova Zelândia.
A Nova Zelândia é um lugar incrível de se criar cavalos de corrida, Vejam que foi dali que Sir Tristram marcou seu nome, inicialmente no turfe da Oceania e posteriormente mundial. Mas em importância mercandilistica não pode ser comparado a Australia. Logo, foi na verdade o que deu para arrumar-se...
Acho realmente muito pouco, para um ganhador dos Irish e English Derby , do Irish Champion stakes, Breeders Cup Turf e outras duas provas de graduação máxima. Ainda mais em se tratando de um Deep Impact em mãe Galileo. Mas cavalos de corrida são que nem leis no Brasil: uns colam, outros não...
PARABENS A NOSSOS PATROCINADORES
Nada tenho contra os carecas. Apenas contra alguns carecas, e creio que são nos pequenos frascos que ainda se encontram as principais fragrâncias. Este blog, tenta ser um pequeno frasco, por certamente acondicionar pequenas fragrâncias. O sucesso do Araras e do Rio Iguassu este fim de semana é um exemplo disto. Eles ganharam três das setes provas de grupo disputadas, inclusive as duas mais importantes que definiram as lideranças de nossas gerações.
Resultados mudam de semana a semana, mas cada vez torna-se mais claro, que estas duas entidades, tem aparecido com mais fluidez estes últimos anos. Aproveito a oportunidade para agradecer o apoio dos mesmos, assim como do H e R, do Santa Rita da Serra, do Figueira do Lago, do Regina, do Estrela Nova, do Fronteira, do Niju, do Cifra, do Old Frfiends, do Paraíso da Lagoa, do Roberto Belina, do Eraldo Palmerini que deve levar o Grande Premio São Paulo esta temporada e ao que recém nos deixou, o José Cid Campelo, pessoas e entidades que fazem uma tremenda diferença no turfe atual. Eles colaboram com a cultura do mercado.
Nos orgulhamos de te-los.
PAPO DE BOTEQUIM: AS LIDERANÇAS CARIOCAS.
Tivemos neste domingo a definição das lideranças cariocas, com as disputas dos Grande Prêmios Cruzeiro do Sul e Zelia Gonzaga Peixoto de Castro. Seria um absurdo estas lideranças cariocas serem confundidas como nacionais? Creio válido se aceitar esta premissa, pois, os paulistas que permaneceram no pais, tiveram a oportunidade de vir ao Rio e disputar as provas. E no estágio atual, a precocidade já não influi tanto na vida destes três anos.
Ou alguém duvida da supremacia de uma Ethereum? Mas o que não estava no script eram as torrenciais chuvas...
Foi na verdade uma ducha de agua fria, os forfaits de Ethereum e Mandrake, dois elementos que tenho prazer em assistir correr. Não sei exatamente as razões que afastaram a melhor potranca do pais a ser retirada. Teriam sido as chuvas que assolaram a serra carioca, onde ela está hospedada? Dificilmente. O estado em que encontra a pista de grama da Gávea? Talvez. Alguma coisa fora de seu dia a dia ? Possivelmente. O certo é que nos privamos de vê-la correr e confirmar a sua liderança.
Sem ela a empada perdeu sua azeitona. Paciência... Mas o páreo esvaziado por sua esperada presença, teve que ser corrido e vencido por alguém. E este alguém, para variar é criação do Araras e descende por via direta de uma das mais destacadas matriarcas de nossa criação, Griffe de Paris (9-h). Naturalizada é o nome dela.
Araras sempre Araras, com reservadas e vendidas. Não importa. Ele simplesmente reina no pedaço. O seu Julio, não perdoa. EXECUTA.
Bom para o Blue Mountain que cresce como proprietário e ele que com ela já fora terceiro no Diana, agora conta com duas vitórias, entre as quais, uma no Zelia Gonzaga Peixoto de Castro (G1), algo para contar para seus netos.
Se já seria complicado indicar um líder masculino para esta geração, imaginem numa grama imprópria? Sim porque embora na maioria dos hipódromos, a pista se torna pesada com as chuvas, na Gávea se torna imprópria. Mas Derby é sempre um Derby.
E deu para variar Araras. Ah seu Julio, porque o senhor faz isto com a gente ??? Quanto Derbies o senhor já ganhou? Mas o que me vem antes a mente foi algo que o José Carlos Fragoso Pires me disse logo pela manhã: "com a pista pesada como vai estar, vou procurar por um Drosselmeyer". Juro que isto não me saiu na cabeça o dia todo, ai juntei Araras na questão e mais Wild Event como avô materno na consagrada 8-h, passou a ser este meu voto, antes da carreira. Drosselmeyer x Araras x Wild Event x 8-h ! Era o combo perfeito, ainda mais por Nudini se tratar de um dos poucos que já conhecia de antemão a distância e sabia como trata-la com carinho. O tiro de quem sabe atirar.
A corrida fez me ver que a vitória de Naturalizada, na comparação dos tempos, foi maior do que eu a principio havia sacado. Logo, entre os mortos e feridos, todos se salvaram. Mesmo como as chuvas.
domingo, 6 de abril de 2025
BOM DIA
Vocês já notaram que com o governo PT, não temos chegado a lugar algum, independentemente do esporte disputado, internacionalmente? Será praga de prostituta que levou o calote?
Fica muito difícil de se explicar. E em sendo assim, prefiro desejar um grande dia para todos, até para aquelas senhoras rogadoras de praga...
AVISO AOS NAVEGANTES
Com as tempestades que assolaram o estado de Kentucky e o adiamento da disputa do Blue Grass (G1), fica em suspenso até segunda ordem, uma analise definitiva sobre o que podemos esperar deste Kentucky Derby. Todavia, houveram definições com as disputas do Wood Memorial em Aqueduct e do Santa Anita Derby de Santa Anita.
Baffert que parecia armado até os dentes, hoje na verdade pode contar apenas com Rodriguez, que ganhou de ponta a ponta o Wood Memorial, mas ainda não convenceu. O campo da prova foi fraco e a forma como venceu, apenas satisfatória. Não é uma questão de antepatia como um navegante se referiu a respeito de meus comentários sobre o Wood Memorial, porém neste século de lá veio, apenas um ganhador seu ganhou do Kentucky Derby e outro do Belmont stakes. E tanto Fusaichi Pegasus como Empie Day,não se estabilizaram como diferenciados. De tudo que o Wood Memorial proporcionou, o melhor me parece ser Tapit, e assim mesmo no breeding-shed. Concordo que Monarchos e Funny Side, ambos ganhadores do Kentucky Derby, tenham sido segundo colocados em Aqueduct. Mas reafirmo que eles também estiveram longe de poder ser considerados diferenciados.
Já no Santa Anita Derby, em um campo reduzido, parecia que haveria ua definição em relação pelo menos, ao posicionamento de Baffert com Citizen Bull e Barnes. Mas ambos fracassaram e o franco-favorito Journalism venceu, mas será que convenceu? Tenho minhas duvidas, pois, para ganhar de Baeza, ele teve que suar sangue. Será que Baeza melhorou tanto assim?
Juro a vocês que neste exato momento não vejo um significativo favorito ao Derby. Jornaliso certamente será o preferido nas apostas, a não ser que algo de extraordinário aconteça no Blue Grass. Mas isto validaria seu favoritismo?
QUEM AVISA AMIGO É
Tomemos como exemplo a politica, um vereador eleito com 100% dos 100 votos de sua cidade, teria o mesmo valor que um deputado federal que atingiu a marca de um milhão de votos, mas apenas 40% dos quadro eleitoral de seu Estado? Pois, é no breeding-shed, acontecem coisas semelhantes.
Evidente que aquele que obtiver um universo maior de éguas, terá sua chance aumentada. Mas a qualidade das éguas, não conta? E a adequação genética? Tudo no turfe e principalmente na criação, é relativo e tem que se submeter as todas as variáveis do processo.
E no sistema de pesos e contrapesos das dominâncias, elas podem simplesmente repelirem-se. E você só terá uma chance de notar, depois de três produtos em pista, correndo. Logo, não me venham com baboseiras como estas. Na criação de cavalos de corrida a generalidade não persiste. Pode ser importante em alguns casos, mas não lhe garante absolutamente nada.
Não teria por exemplo a prepotência de Clackson e a inoperância de Hang Ten, ter sido a razão do sucesso deste cruzamento? E o que dizer de certas linhas maternas que conseguem sobreviver, mesmo com a interferência de eletricistas como De Quest e Campero ? Será verdade que a força se alastra com mais facilidade em terreno frágil ?
Tudo isto apenas corrobora que do cruzamento do melhor com a melhor, não lhe garantirá sucesso. Vide Winning Colors e Zenyatta.
PAPO DE BOTEQUIM: UM SABADO DAS ARÁBIAS
Estamos nas vésperas de mais uma viagem de inspeções e rever amigos como estes. São momentos como estes que valorizam a vida. Mas também existem outros.
Que tal um sábado em que são disputadas as duas mais importantes provas preparatórias para o Kentucky Derby, o Derby australiano e até a milionária Dubai Cup? Não seria importante refletir sobre os resultados nos mesmos?
Antes torna-se necessário a abertura de ym parêntese. O momento pode explicar certas situações. Mas creio que não todas. Hoje, em sã consciência quem parece ter acertado? O Flamengo em trazer de um clube do Azerbajão pelo preço e uma cocada e duas mariolas, o Juninho ou o Palmeiras que trouxe de volta do Barcelona, pela soma maior até hoje dispendida por um clube brasileiro, o tal do Rock? Santeiro? Este é o exemplo da importância do momento.
Mas será o que teremos no futuro? Como o futuro a Deus pertence, prefiro esperar e ver no que vai dar. Simples assim. Fechemos o parênteses e partamos para os "finalmentes'.
Straight no Chaser, o favorito de quase devolução de capital, como dissemos quando de sua vitória, Riyadh Dirt Sprint (G2) é um produto de uma fraca turma de sprinters nos Estados Unidos. O que o faz para mim, ser um cavalo apenas acima de média e como predisse, nada fez.
Dark Saffron tem nos imbreeds em Mr. Prospector e Danzig, acredito eu a força de sua velocidade. Não propriamente em seu pai, o canadense Flamaway, muito menos em seu avô materno, o pouco confiável Military. Mas tudo não passam de teorias. Sua mãe, é uma ganhadora de uma mesma listed em Indiana, em duas oportunidades.
A Dubai Turf (G1), parecia ser o carimbo no passaporte de Romantic Warrior, para a Breeders Cup Mile, mas o turfe tem as suas peripécias. O que parecia ser um passeio numa noite de lua em Dubai, nos metros derradeiros, pareceu um inferno, em que o espelho não chegava nunca. Uma foto que parecia a de um empate e nua carreira de graduação máxima, com a dotação de US$5,0 milhões de bolsa, e ainda por cima, com direito a convite na Breeders Cup Mile, 10n segundos parece uma eternidade. Porém o japonês Soul Rush, acabou levando a melhor, além do convite e o cheque.
Soul Rush tem um sólido pedigree e provou ter vontade de vencer, mas não me parece algo de tão especial. Sólido sem ser diferenciado. Todavia, creio que Romantic Warrio está descendo a ladeira, pois, pela segunda vez, consecutiva, assume a ponta na reta e entrega o ouro nos milímetros derradeiros. Uma pena que isto venha acontecendo. Parece que em Delmar no primeiro dia de Novembro, teremos uma nova invasão de japoneses...
Perdi a Sheema Classic com Hard Buck, graças a pericia de Gary Stevens no dorso do vencedor e sei como é duro perder uma carreira como estas. Mas quem poderia desbancar Rebel´s Romance na Sheema Classic? Para o filho de Dubawi, vencedor da versão do ano anterior, na Breeders Cup Classic, o disco chegou providencialmente na hora exata. Para um globetrotter como ele, que passou por sete países, para mim ele não tinha apenas um adversário a temer. Tinha uma esquadra Japonesa composta por Shin Emperor, Cervinia, Dureza e Danon Decile. Além do indigesto Calandagan, segundo no Derby do ano anterior para City of Troy.
Era de longe melhor carreira do programa e Buick - que falta muito para ser considerado uma Ferrari - tentou ganhar a prova de fio a pavio, sempre seguido por três dos japoneses. Na reta, vindos de trás, o quarto japonês, Danon Decile e o indigesto Calandangan avançaram decididamente com vantagem para o japonês, que assim levou para seu pais, a terceira vitória.
O filho de Epiphanea - a ressurreição dos Roberto - imbreed em Northern Dancer, Seattle Slew e no já citado Roberto, tem como segunda mãe uma filha de Forestry. Só espero que os criadores brasileiros se liguem no fato, dando as chances merecidas aos Odis melhores filhos de Forestry, Royal Forestry e Oceano Azul, e que empreguem com inteligência todo o potencial que estas filhas de um filho de Storm Cat, pode transmitir as suas descendências.
Era chegada a grande hora de ver aquele que depois de Equinox, parecia ser a segunda estrela da brilhante constelação japonesa. É duro de se imaginar que um potro que tenha sido terceiro no Kentucky Derby e na Breeders Cup Classic, e que para isto tenha que ter atravessado o mundo, e vinha de bater a Romantic Warrior, da maneira que o bateu na Saudi Cup, possa perder para um grupo de cavalos que no máximo, podem ser considerados acima da média.
Logo, sua vitória era mais do que esperada e estava escrita a quarenta anos antes do nada ! Seriam nove em nove fora dos Estados Unidos. E a quarta da tarde noite para a terra do sol nascente. Não seria este o final que todos esperavam?
Pois é, mas não foi. Sempre na carreira, mas em momento algum demonstrando aquela sobra que parecia ter, Forever Young correu muito, mas não o suficiente para tirar a segunda colocação de Mixto - que quase ganha tal a esperteza de Dettori - e de Hit Show, que surgiu de repente voando não sei daonde, e decreto números finais a contenda.
E assim, o cinco anos filho de Candy Ride, numa filha de Tapit levou a melhor, estabelecendo outra poule astronômica, 41-1, e creio que nada mudará em sua vida, no tocante a seu futuro aproveitamento reprodutivo, mas sim no saldo bancário de seu proprietário e no conceito dos profissionais de quem com ele trabalham.
sábado, 5 de abril de 2025
BOM DIA
Ser ou não ser, será sempre a grande questão. Seja você Shakespeare ou o Zé da esquina. Pois todos nós temos sonhos e somos vitimas da realidade. Não há como se evitar...
Estou por mais filosófico. Com certeza é a viagem que está por vir... Antes que me torne um chato, desejo um bom dia para todos.
QUEM AVISA AMIGO É
Não quero ser confundido com um Salvador Dali do turfe. Tento manter meu pés no chão, mas não me furto em imaginar situações novas para a atividade que abracei.
Confesso que me irrita profundamente ter que pensar quem possa ter sido melhor, fulano ou ciclano, quando estes nunca se defrontaram. E por mais que repita isto de forma continua, ainda tem gente que me pergunta.
Na concepção do turfe que tenho, pista e um dimensionado do breeding-shed. Entre os machos, quem deva comparecer e permanecer. Entre as fêmeas, o patamar de qualidade do reprodutor a servi-la. Simples assim. Logo, se comparar uma Ferrari com uma Maseratti, para mim, não faz o menor sentido. Agora se escolher um Buick ou um Sinca Chambord, já complica.
Outro dia - na realidade semanas atrás - tive o prazer de entrevistar na live, a um dos personagens que admiro, o Dante Franceschi do Belmont. E fiquei muito satisfeito em saber que que Royal Forestry está tendo uma chance como reprodutor. Para mim, foi um dos cavalos qu inspecionei de maior qualidade física, e mesmo tendo que conviver com problemas fisicos, foi capaz de ganhar c14 acorridas e estabelecer um recorde em distância quase clássica. Afinal estamina parecia ser seu maior legado.
Agora, daqui por diante, quando tentar defender o cavalo nacional entre os criadores paranaenses, vou ter que incluir Royal Forestry e o farei com prazer, com a mesma torcida que dedico a George Washington, Oceano Azul, Setembro Chove, Didimo, Garbo Talks e tantos outros. Vou colocar em minha agenda, visita-lo nesta próxima visita ao Brasil.
Por isto é importante se ter papos de botequim, com gente do meio. Por isto devemos acompanhar blogs e grupos na internet que versem sobre o assunto. Dar oportunidade a sus ouvidos de trabalharem. Pois, quando menos se espera, surge do nada, algo de suma importância.
AVISO AOS NAVEGANTES
Felicidade tem que ser compartilhada, mas verdades devem ser ditas.
Quem teve a oportunidade de despender cinco minutos com Angel Cordero, se conscientiza em segundos que inibido ele nunca foi e incapaz, muito menos. Vejam no video a seguir, o que ele quer dizer quando explica a derrota de Seattle Slew para Exceler na Jockey Club Gold Cup.
Dentro de sua simplicidade, ele sabe ter sido o único culpado pela derrota. Caiu na armadilha da parelha de Affirmed, e teve que pagar caro pela derrota, que mesmo quando todos a tinham como eminente, Slew voltou e com mais 100 metros ganharia.
Exceller foi um excelente cavalo tanto na grama como no dirt e demonstrou toda a sua capacidade locomotora, nos dois principais continentes, sendo que nos Estados Unidos ainda contava com os serviços de dois profissionais de ponta, Charles Whittigham e Billy Shoemaker.
Se você não viu esta carreira ainda, volte e veja. A publiquei ontem.
PAPO DE BOTEQUIM. NOSSA THORPEDO ANNA
Concordo que todo ser humano, tem direito a ter sua opinião, dai ser válida a tese que gosto não se discute. Todavia, se a pessoa em questão sonha em passar o Natal em Miamar e o Réveillon na Faixa de Gaza, há de se convir, não tratar-se de um elemento de equilíbrio emocional.
Em qualquer atividade, é necessário para dirigi-la alguém que não apenas tenha conhecimento de causa, mas igualmente que seja dotado de bom senso e equilíbrio emocional. Isto não o faz um gênio da lâmpada, mas sim alguém capaz de dirigir verdadeiros gênios da lâmpada estes sim, incapazes de normalmente habitarem harmoniosamente em um mesmo habitat.
Há décadas que ansiamos que alguém de alto gabarito, venha a presidir a CBF, ou mesmo um dos dois hipódromos de ponta de nosso pais. Todavia, também vejo, que esta ânsia não parece tão enraizada assim e por isto, somos nós aficionados, ainda sujeitos a administrações estapafúrdias. É claro que a atual gerência do hipódromo da Gávea, está composta de gente bem intensionada. Resta apenas saber que se o conhecimento, o bom senso e o equilíbrio, tão necessários.
Recentemente foi anunciado o afastamento de um membro - que parecia vitalício - de sua comissão de carreiras, de uma forma que me pareceu inadequada, pois, deixa no ar que haja coisa mais complicada a se entender do que uma mera saída do ar.
Fiz este paragrafo em letras itálicas, pois, minha dúvida é grande sobre esta questão e da forma como veio a publico. Pode inclusive ser inclusive, mais uma teoria a conspiração, das tantas que hoje rondam outras atividades brasileiras. Coo pode ser um ato normal, de alguém que não se sente mais motivado a doar seu tempo a atividade. Sei lá. Acho apenas que poderia ter sido mais bem explicado, pois, se existe coisa importante no turfe, é sua comissão de corridas, já que a atuação da mesma, revigora a idéia de um jogo honesto. E o turfe, vive muito do jogo. E na semana que antecede a prova mais importante de potrancas no Rio de Janeiro, é algo a se levar em consideração.
Teria sido nisto, a razão de tão pobre inscrição em seu campo de disputa? Eu particularmente acredito que não, outrossim, esta hipótese não pode ser totalmente descartada.
Sendo viável ou não assim pensar, o Grande Prêmio Zelia Gonzaga Peixoto de Castro foi disputado este ano, com o que que acredito ter sido o seu menos campo. Somente cinco participantes. Seria então o abismal favoritismo de Ethereum a razão de tamanho êxito?
Ethereum, provou ser, para aqueles que ainda tinham resquícios de dúvidas, uma diferenciada. Afinal nossa recente ganhadora do Diana, acumula quatro vitórias em cinco apresentações e parece ser material aquém de suspeitas. Fico aqui a pensar qual seria seu ponto de força, mamãe Wild Event, originária de um celeiro ele grandes matrizes, omino o Araras? Seupai, courier que em pista nunca passou de um medianíssimo competidor? De uma linha tronco, consagrada no Brasil, como a 8-h? O que a faz ser vista - Aida que para muitos prematuramente - como do nível de Daffy Girl e Janelle Monae?
Acredito, que memo que guardadas as devidas proporções, ela pode vir a ser posicionada como a nossa Thorpedo Anna. E tenho plena convicção que a única coisa que pode tirar-lhe o brilho de amanhã, será um mal dia ou o perigo que sempre incorre disputar-se prova de tamanha magnitude em campos exíguos.
Creio que pelo menos para mim, o Zélia deste ano, representa meu ponto de maior atenção, num domingo de um fim de semana, repleto de grandes provas. Não teria sido de bom alvitre a direção atual, impregnar o Rio de Janeiro de chamadas tendo como foco, ela?
Aeliana a Thorpedo Anna da Australia, nesta madrugada levou o Australia Derby de Royal Randwick, por vários corpos. Num programa recheado de provas de grupo, sendo quatro delas de graduação máxima, que me fez ficar acordado até as 3 horas da manhã. Aeliana era poule de devolução e a semana toda ela era foco de todas as atenções. Não importa haver 318 Derbies na Australia, ela era o ponto de maior interesse, e a imprensa especializada deitou e rolou. Quem ganhou com isto? TODOS !
sexta-feira, 4 de abril de 2025
BOM DIA
Quando na vida lhe é grata, a você será reservado o direito de ter uma companhia. Que seja uma ou várias. Não importa. O que importa é sentir o som vindo de outra pessoa e ter noção que ainda goza do respeito de ser escutado. Coisa de velho...
Um bom dia para todos.
AVISO AOS NAVEGANTES
Você acredita na barbada, na existência do favorito exacerbado? Do incapacitado a ser derrotado?
Ontem, Flamengo e Palmeiras conseguiram vencer de dois timecos, com rara dificuldade e por diferenças mínimas. Aparentemente jogar na casa de seus adversários, prejudicou em muito a performance dos dois clubes de maior investimento da América do Sul. Ou será o fato de sentir-se superior e capaz de vencer na hora que assim desejassem, foi um detalhe crucial, em ambas situações?
Tenho verdadeira pavor do favoritismo exacerbado e repudio veementemente desde todo o sempre, aquilo que no turfe parece ser uma barbada fundamental. Afinal o simples fato do proprietário achar, o treinador achar, o jockey achar e a imprensa especializada achar também, não configura para mim que a barbada é certa de triunfar, no momento em que ninguém consulta o ser principal na questão. O próprio cavalo de corrida.
Porque Nijinsky perdeu o Arco para Sassafras. Zenyatta a Classic para para Blame. Dancing Brave o Derby para Shahrastani, Brigadier Gerard, o Benson and Hedges para Roberto, Native Dancer o Kentucky Derby para Dark Star, Sea-Bird o Grand Criterium para seu companheiro e barn Grey Dawn, e até Man´O War o Sandford para Upset? Destino? Maldição? Ou simplesmente o simples fato do grande nome, não estar num dia propicio para apresentar o melhor de sua performance?
E atentem que em alguns casos, não foi por falta de aviso, Blame, Dark Star, Upset, Grey Dawn... Que nomes para verdugos ?????
Pois é meus amigos, elementos superiores, também tem seus maus dias. O que aconteceu com Dubai Millennium, em seu Derby, ou City of Troy em seus Guineas? Poucos irão saber explicar. Em alguns casos até os responsáveis mais próximos aos mesmos, serão incapazes de precisar com exatidão, qual o fator.
Logo, meu caro Carlos Augusto, nunca acreditei na existência da barbada. E penso ser dificilmente crível, de se imaginar no perene invicto, mesmo tendo casos difíceis de se explicar como os de Kincsem, Black Caviar, Eclipse, Ormonde e Ribot, cinco dos setes mais notáveis invictos de nossa história.
Houveram invictos sublimes, como estes cinco citados e no mesmo padrão arriscaria a colocar outros nomes como Colin e Personal Ensign nos Estados Unidos, Macon na Argentina, Frankel, na Inglaterra e Nearco na Europa, entre aqueles capazes de estar entre o invictos com mais de 12 vitórias.
Como então classifica-los? Pelo número de vitórias? Pela qualidade das mesmas? Como por exemplo comparar os invictos norte-americanos Flightline e Justify? Creio que muitos elegerão o primeiro, embora o segundo tenha sido tríplice coroado. Olha a enrascada...
Eu por exemplo, considero que Ribot tenha que ser destacado, afinal dois Arcos e um King George, não são coisas simples de serem conquistadas por um único cavalo. E o que dizer então de uma não invicta mas capaz de ganhar três King Georges e dois Arcos? Seria então ela superior ao craque de Tesio?
Será que eles não perderiam se corressem mais uma carreira?
Invencibilidade funciona por um período. Tem uma data de expiração como outro produto qualquer. Saber parar no tempo exato, é a única coisa a ser tentada. O resto é orar...
QUEM AVISA AMIGO É
Ontem pensei ter saciado a curiosidade de um navegante, quando defini as duas carreiras que mais me sensibilizaram. Ledo engano. Causei confusão na mente de outro, que pediu uma definição pela qual das duas optaria.
Pois bem, como sempre aqui defendo se o leitor não entendeu, a culpa é sua que não soube escrevendo, com lhe explicar. E é licito se afirmar que numa década de grandes craques - a melhor de sua história - com a presença de cavalos como Secretariat, Forego, Ruffian, Seattle Slew, Affirmed, e Spectacular Bid, passam estar as grandes corridas que presenciou. Não só as duas citadas ontem, como os Belmont stakes de 1973 e 1978. a Malboro Cup de 1976, named.
Pois bem, apresento a seguir as três provas, mas continuo na crença que a Jockey Club Gold Cup, que decretou a derrota de Seattle Slew, seja até aqui na carreira que mais me impressionou das centenas de milhares que tive o ensejo de assistir. E amanha, sábado, aproveito pra lançar um video de Angel Cordero, que muito elucidará a questão, sobre o que realmente aconteceu naquela Jockey Club Gold Cu de 1979.
SAUDADES DO RIO
PAPO DE BOTEQUIM: VOCÊ SABE O QUE É UM BIDET?
Quem dessa geração de jovens, a moderninha, sabe o que seja, um bidet, um urinol ou uma escarradeira? Por acaso, saberia dizer o que foi uma Casa da Banha, um Dulcora ou um Gumex?
Pois é, gerações modernas sabem apenas aquilo que a internet apresenta a seus olhos. Quando é assolado pela duvida, quando muito, por mera curiosidade, acessa o Google. E a coisa dificilmente passa daí.
Até ai morreu o Neves. O que me preocupa é notar que cada vez mais, são poucos que tem a curiosidade de saber e menos ainda os que se darão ao trabalho de pesquisar. Não peguei a escarradeira, nem usei Gumex, mas sei que ela existiu e ele emplastou o cabelo de muitos. Sei também - sem conhece-los pessoalmente - que Napoleão levou uma tunda em Waterloo, que Abraham Lincoln foi assassinado, ainda exercendo a presidência norte-americana e que Nero colocou fogo em Roma. Na atual geração muitos são os que testemunharam a tatuagem no orifício anal da Anita e só reconhecem quem foi Ayrton Sena, pela musiquinha da Globo e pelo esforço de muitos, em não deixar esquece-lo.
Assisto a muitos falar de Into Mischief, sem ter a minima noção de quem foi Nearco, Northern Dancer e mesmo Storm Cat. E mais a importância que Tesio, Taylor e Young tiveram no cerne deste desenvolvimento genético. Isto o pior, não ver o interesse nem de saber sobre aqueles que os criaram e os correram.
Meu caros navegantes, uma árvore não cresce e se mantém ereta por toda a sua existência, se não tiver raizes. Estas, as raizes, são o passado daquelas que nos trazem frutos ou mesmo apenas sombra. Porque estou tocando neste assunto? Porque recebi, semanas atrás, um video do José Carlos Fragoso Pires Junior, sobre uma entrevista feita entre um elemento da geração considerada velha para com um da geração moderninha que cresceu a sombra da internet. E ontem uma pergunta a queima roupa ancorou em minha caixa postal: quem tem mais chances de se perpetuar num futuro a longo prazo, Bold Ruler ou Into Mischief?
É hilário, o total desconhecimento do passado e mais ainda o desdém de mesmo não o sabendo, achar não ter importância no fato, influi no futuro ele qualquer questão. Imaginem Ford, Marconi. Edison e Santos Dumont, sem curiosidade?
Aposto que se o cara perguntasse o que era uma Enciclopedia Britânica, uma régua de calculo ou mesmo uma carta, ela, a menina, não saberia responder... E pensem que ela será capaz de um dia parir algo que se constituirá parte de uma nova geração...
Minha geração, - a considerada velha - foi obrigada a viver com transformações, como a de minha vó Adelina teve que modernizasse com o uso do telefone, do telegrafo e até da luz elétrica. E eu nunca deixei de lado, aprender com os elementos mais idosos, talvez mais lentos, mas certamente mais conhecedores do assunto que me interessava me enfronhar. Cultura é algo que é criado dentro de si, e não produto de uma mera consulta de Google. Cultura é ser um testemunho ocular da história.
Quem no turfe não se aprofundar em saber quem foi Tesio, Boussac e Lord Derby, e o teor de suas respectivas obras, nunca estará apto a saber a real diferença existente entre um Phalaris e um Bold Ruler, de um Into Mischief.
Bold Ruler e Into Michief são os únicos dois reprodutores que tiveram a capacidade de até aqui, vencerem seis estatísticas de reprodutores por prêmios ganhos, nos Estados Unidos. E mesmo ciente que Into Mischief possa ganhar a sétima, ainda esta temporada, não existem garantias, que dele um dia irá descender um Seattle Slew, ou um A. P. Indy. Basta se ter ciência de quem foi Bold Ruler em pista e o que descendente de Storm Cat, o foi a seu tempo. Raizes assimétricas.
Outrossim até que ponto, esta assimetria por influenciar no futuro? Funcionou com Sunday Silence em relação a Southern Halo, dois filhos de Halo, que captaram mais de dez estatísticas reprodutores e que em pista pertenceram a patamares completamente distintos. Quem vocês acham entre o dois, que se perpetuará num futuro a longo prazo?
Conhecer o passado lhe ajuda a selecionar o rio a ser pego, para ter um futuro promissor. Aquele, que o levará ao oceano do sucesso. Logo, quando alguém lhe pergunta quem poderá ser mais importante a longo prazo, Bold Ruler, cuja descendência, mesmo a duras penas, resiste no mercado atual, e Into Mischief, que ainda não possui a certeza de um dia ter sequer descendência robusta e garantida, tenho que afirmar, como vó Adelina o faria, que "mais vale um pássaro na mão que dois voando".
Esta é a importância de saber o que foi um bidet...
quinta-feira, 3 de abril de 2025
BOM DIA
QUEM AVISA AMIGO É
Sei tratar-se de uma frescura inominável que em se envolvendo na esfera semântica, a torna ainda maior. Todavia, como o passar dos anos, refina-se a percepção das necessidades egocêntricas e coisas que para muitos nada tem a ver, passam a germinar em volume brutal, para você.
Para mim, existe uma diferença colossal entre uma grande corrida e uma corrida grande. Uma grande corrida, seria como a Jockey Club Gold Cup de 1978 ou mesmo o Charles H. Strub stakes de 1980 e numa lista de corridas grandes poderiam encabeçar as Saudi Arab e as Dubai Cups, pelo volume de dinheiro que trazem em si, e o Arco e o King George pelas suas histórias de ganhadores.
O que o navegante quiz saber quando me pergunta qual foi a corrida maior que assisti em minha vida, creio que ele estivesse interessado em saber sobre a corrida que mais sensibilizou-me como turfista, que na verdade seria uma das duas grandes corridas que citei.
A Jockey Club Gold Cup de 1978, que assisti in loco, levou-me aos prantos, pela forma que Seattle Slew perdeu para Exceller. E dois anos depois o Strub stakes, que vi pela televisão, me fez bater palmas sozinho, para Spectacular Bid num quarto de hotel.
Assistir a dois tríplices coroados norte-americanos estabelecerem parciais de 22.3 e 45.1, para uma carreira designada de 2,000 metros e isto com o ganhador da Coronation Cup, em terceiro a 20 corpos, não é uma coisa simples de ser vista. Bem como presenciar esta distância ser vencida em recorde, dois anos depois, por outro, que deveria ter sido tríplice coroado, mas não o foi por um acidente em treino na semana da corrida e mais ainda pela imperícia de seu jockey, é duro de se esquecer. Principalmente sabedor do fato estar ele dando peso a todos os demais concorrentes.
Vejam as corridas a seguir e facilmente entenderão o porque da minha linha de raciocínio. E antes que me esqueça, frescura é tomar sorvete no inverno do polo norte...
AVISO AOS NAVEGANTES
É perguntando por direções que se chega a algum lugar. Sou do tempo que tinha que se usar mapas. Hoje a tecnologia lhe propicia ter um GPS, quem em 99% dos casos o leva aonde você quiser, sem erros. Mas de vez em quando um caminho errado que a maquininha lhe ensina, o faz entrar em terreno que não deveria ser pisado.
O Fernando Perche na live desta segunda feira, fez alusão a uma coisa que lhe chocou, quando da volta de uma das viagens que fez ao Kentucky. Na semana anterior tinha ido comigo a Chirchill Downs de madrugada ver Arazi que se preparava para a sua participação no Kentucky Derby e ficou impressionado com o número de pessoas, ds várias nacionalidades, bem como do farto material de propaganda a alcance de todas. Voltando ao Brasil, cerca da disputa do Grande Prêmio Paraná, que o material de propaganda existente juntos aos muros do Tarumã, não chamavam a atenção para a corrida e sim para um jogo de futebol a realizar-se no mesmo fim de semana. Foi ai que teve a plena certeza, que no Brasil, nunca deixou-se de priorizar mais um dos esportes, embora ambos tenham sido inventados pelos ingleses.
Na Inglaterra o meeting de Royal Ascot e o Epsom Derby em Epsom tem tanta importância quanto uma disputa em Wembley de uma final de futebol. São públicos distintos. No Brasil, Maracanã enche em dia de Fla-Flu, mas na Gávea no fim de semana de Grande Premio Brasil, a gerência do hipódromo ter que fazer das tripas o coração para encher duas arquibancadas. Mas nem sempre foi assim.
A pergunta que me faço, ano após ano, é o porque desta mudança?
Não poderíamos conviver com as duas atividades apinhado de gente nos fins de semana? Seria uma questão apenas de promoção? Se assim o fosse, seria fácil de contornar a situação. Porém, me parece ser mais do que isto. Um dos pontos nevrálgicos é a falta de uma mídia constante que mantenha a atividade focada semana, após semana.
Sou do tempo de haver duas páginas de turfe no Estadão e pelo menos uma no Jornal dos Esportes. O que aconteceu com as mesmas? Evaporaram? Sou igualmente do tempo que nos finais de semana dos Grande Prêmios São Paulo e Brasil, haviam provas verdadeiramente de cunho internacional, visitadas ano, após, ano por argentinos, uruguaios e de vez em quando até por chilenos. Era uma festa. Mas porque cessaram? Apenas pela queda do valor das bolsas?
Como o Pellegrini mantém sua internacionalidade? Algum de nossos dirigentes já foi ao âmago da questão, para descobrir? Porque o Ricardinho, não tem por exemplo, tanta mídia, quanto um Arrascaeta? Os dois são baixinhos... Porque com a ascensão de Sena, Guga e de outros, esportes até então ignorados pelos brasileiros, passam a ter mais publico que o turfe? Seria uma quest~çaon de saber trabalhar melhor nossos heróis?
O tufe e o Boxe, tiveram seus dias de glória e hoje vivem num perfeito ostracismo. Não cultivamos por eles, um décimo do respeito que deveriam ter. Gloria de Campeão ganha a mais bem dotada prova do turfe mundial, depois dele ser segundo no ano anterior, e nem citado no Fantástico. E o que dizer da segunda colocação de Hard Buck em um Kinge George?
SAUDADES DO RIO
PAPO DE BOTEQUIM: RESPEITEM A MINHA HISTÓRIA
Posso estar errado. Não será a primeira nem a última vez. Mas eu acho que on destino colocou Musk em nosso caminho.
Tudo que acontece na vida é uma questão de circunstâncias. Circunstâncias estas regidas por um destino. Imaginem se Ronald Renan fosse o escolhido pela Warner Brothers para protagonizar Rick Blaine, no filme Casablanca? Teria sido Humphrey Bogart um grande governador e presidente ? Penso que não.
E se Lord Derby tivesse aceito Nogara para Fairway e não para seu irmão Pharos, teria Tesio criado Nearco? Talvez. Porém, são coisas que a gente não pode precisar. Se Deus escreve certo por linhas tortas, ou se as linhas não são tortas e somos nós que visualizamos de uma maneira distinta, é um outro mistério a ser discutido.
O importante é que Bogart era o homem certo para o papel, e Pharos foi o garanhão exato para cobrir Nogara.
Temos que ter convicção tanto ao planejar um cruzamento, quanto traçar uma campanha. Se as coisas irão dar certo ou não, é uma questão que apenas o tempo terá a resposta. Fui um arquiteto, profissão que me fez amar o equilíbrio e pensar que há necessidade de um projeto em qualquer alternativa que você deseja enveredar.
Penso que todos nós temos um destino, moldado de quem você nasce, aonde nasce e quais as condições de temperatura e pressão do tempo em que você vive. Logo, para mim, o destino não é o script fechado em que nenhum acento pode ser trocado. Trata-se apenas de uma direção. As escolhas serão sempre suas e as consequências, também.
Nos turistas temos um destino. U criador, por exemplo, adquire a reprodutora, projetar o acasalamento, cria o produto, com sua equipe por ele contratada, e decide se o leva a pista ou ao Tattersall. Dependendo de sua decisão uma equipe de venda ou de treinamento serão por ele, contratada.
Tenho convicção que pra terem os destinos bem sucedidos, como tiveram, Vincent O´Brien e Lester Piggott, tinham que um dia, misturar os seus. Um dia separarem-se e traçar seus próprios caminhos, agora abençoados pelos conhecimentos obtidos.
Você para selecionar o inédito certo, tem que estar em algum momento a sua frente e sentir aquele ímpeto de levantar o dedo. Logo, é seu destino, cruzar com o dele. Foi assim com Much Better, que fui filar um churrasco e acabei adquirindo-o, graças um temporal. Foi assim também com Little Baby Bear, que vi passar e tirar toda a minha atenção no outro lote que havia selecionado para inspecionar. Ou vocês acham que tinha como sonho maior adquirir, um netomaterno de Brac e uma neta materna de Isgala? Respeitem a minha história...