quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A DIFICIL TRANSIÇÃO DO SINTÉTICO PARA O DIRT

Eu estava com a pulga atrás da orelha.

Cruzei com Bob Baffert em OBS e como ele estava sozinho, não contive mais minha curiosidade e perguntei qual seriam os planos para Pioneerof the Nile em sua run for the roses. Ele não pensou um segundo sequer e respondeu: San Felipe and Santa Anita Derby. O que em outras palavras quer dizer, o mesmo caminho seguido por Colonel Jones, que estreou no dirt apenas no dia do Kentucky Derby.

Segundo na pedra em relação as apostas Colonel Jones a seguir foi sexto colocado na carreira. Teria sido o dirt? Acredito que não, pois, em Sataroga ele sobressaiu no Travers stakes (Gr.1). O que foi então? A pressão da grande prova? Provavelmente sim. Todavia, penso que possa ter sido uma terceira opção: a abrupta transição. A mesma que Baffert está propondo.

Pioneerof the Nile, está acostumado a transições. Ao contrário de Colonel Jones, ele já está em seu segundo treinador. Com Bill Mott dois dias depois do Travers ganho por Colonel Jones, vi Pioneerof the Nile ganhar de forma auspiciosa, na grama de Saratoga para a distância de 1,700m em um maiden special weight. Provas normalmente dificeis de serem vencidas por cavalos comuns. Cosntatei no DRF que ele havia estreado três semanas antes naquela mesma pista e para aquela mesma distância, chegando então na quarta colocação. Tipico de um cavalo de Mott que dificilmente estréia 100%.

Trazido para o polytrack de Keeneland onde ele foi terceiro no Breeders Futurity (Gr.1). A seguir na Breeders Cup juvenile, disputada no sintético de Santa Anita ele teve problemas de tráfego, mas mesmo assim foi capaz de finalizar na quinta posição. Mostrou classe. E pela California ele ficou, agora nas mãos de Baffert, para quem ganhou em Hollywood Park o CashCall Futurity (Gr.1) e recentemente o Robert B. Lewis stakes (Gr.2) em Santa Anita. Corroborando minha opinião que ele tinha classe e que com melhor sorte, poderia até ter chegado junto aos dois primeiros colocados na Juvenile.

Mas voltando aos trilhos. Sua experiência nas sintéticas não está em discução. Venceu em três tipos dela. trabalha nela sempre para os melhores tempos do dia. Teve boa participação na grama, mas em esfera inferior. Mas como ele se portará no dirt? Suportará melhor a transição que Colonel Jones?

Baffert nem sabe se ele trabalha bem no nesta superficie. Pelo menos foi o que me disse. Sua conexões afirmam que nunca tentaram a mesma, por inicialmente pensar tratar-se de um cavalo de grama. Embora a meu ver seu pedigree seja mais fadado a areia. Não faz senso. Ainda mais que seu irmão Forefathers era um cavalo graduado e tipico do dirt.

Ele é filho de um cavalo que sobressaiu no dirt, onde inclusive ganhou o Belmont stakes, em uma mãe filha de outro que igualmente teve suas melhores corridas nos Estados Unidos nesta superficie, o argentino Lord at War. Seus imbreedings e linebreeds em Bold Ruler, In Reality (seu pai), Rough n Tumble (seu pai) e Buckpasser (seu pai) asseguram sua teórica capacidade para o dirt. Onde seus responsáveis estão visualisando a grama? Por o avô materno de seu pai ser El Gran Senor? Muito estranho...

Mas ele nasceu no dia em que Barbaro ganhou o Kentucky derby e muita gente leva em conta estas coincidências.

Confesso que a pulga não saiu de trás de minha orelha...