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quinta-feira, 5 de março de 2009

ENTREVISTA COM JONATHAN SHEPPARD - SEGUNDA PARTE


Tivemos um break, já que Jonathan Sheppard é daquele tipo de treinador que quer estar a par de tudo que acontece em sua cocheira. Demonstra ser um homem que vive para seus cavalos.

RG – E como definir aquela derrota sem nome para Tasso, no último pulo?

JS – Eu pensava já ter ganho a carreira.

RG – Você e todos os presentes. Mas o que aconteceu depois.

JS – Acho que Dr. Young absorveu bem. Outros nem tanto. Havia muita fé no cavalo.

RG – Pelo que sei ele foi operado a seguir.

JS – Operamos os joelhos de Storm Cat. Ele voltou no ano seguinte, o corri em duas oportunidades e ele não fez nada. Ou melhor colou-se em um allowance ou numa listed, acredito eu. Eu estava sendo muito pressionado. Dr. Copelan ligava todos os dias, o que era um direito dele, mas o problema é que ele tentava me ensinar o que eu deveria fazer. Nosso relacionamento deteriorou-se e um dia o senhor Young me telefonou e me avisando que haviam decidido transferir Storm Cat para Lerroy Jolley que estava com um barn em Lexington. Isto facilitaria ao Dr. Copelan acompanhar mais de perto. Pelo menos esta foi a desculpa que me ofereceram. Eu a aceitei, pois, tinha convicção que acabara de tirar um fardo de minhas costas.

RG – Mas pelo que me lembro Storm Cat nunca correu com Lerroy Jolley.

JS – Nunca. Na verdade trabalhou apenas duas vezes. Na segunda quase parou na pista. Seus tendões haviam cedido.

RG – Melhor do que ter acontecido em suas mãos.

JS – Foi na verdade um favor que fizeram para mim.

RG – Você acreditava ser Storm Cat um cavalo capaz de ser o que foi em termos reprodutivos?

JS – Ele tinha o temperamento, a velocidade e a classe para tal. Mas pouco gente acreditava. Lembro-me que Lukas, a esta época já o treinador da Overbrook, ao ser perguntado por mim o que achava dos primeiros produtos de Storm Cat, ele não pensou duas vezes: não são grande coisa.

RG – Não ceio que Lukas ainda pense desta forma.
JS – Claro que não. Mas isto mostra o que é o cavalo de corrida. Uma surpresa seguida de outra. Quando menos se espera, algo a sua frente desafia suas teorias. E você necessita revê-las.

RG – Storm Cat foi o melhor cavalo que você treinou?

JS – Sem sombra de dúvida. Ele para mim era ultra dimensional. Para os demais que treinei, alguns champions no steeplechase e mesmo no flat, sempre tive suas respectivas dimensões. Eram também outros tipos de cavalo. Fundo e grama, que parece que é onde tenho tido mais sucesso. De Storm Cat, não cheguei a ter sua dimensão. Nunca medi seu limite. Tinha uma velocidade impar. Mas posso ter tido outros que não soube tirar deles a velocidade que pudessem ter.

Seu sorriso desta feita foi matreiro.

RG – Você acaba de ganhar uma Breeders Cup, com uma filha de outro bom velocista, Belong to Me. E o fez em distância e pista que normalmente os filhos de Belong to Me não conseguem atingir pleno sucesso. Qual o segredo?

JS – Forever Together é uma égua extraordinária. Quando você tem um elemento diferenciado em mãos as coisas se tornam mais simples. Ela foi se fazendo e mostrando a mim seu caminho. Se adaptou também a minha forma de treinar. O que é muito importante.

RG – Se Storm Cat tivesse ficado em suas mãos, teria evoluído?

Ele fez uma careta.

JS – Difícil de se dizer. Ele depois da cirurgia não se mostrou o mesmo. Talvez se eu lhe desse um descanso e voltasse com bastante calma, ele pudesse voltar a ser o que era com mais idade. Mas não creio que me dariam este tempo para recuperá-lo.

RG – Este é um ponto que acho importante na vida e no sucesso obtido por Storm Cat. Você acredita que se fosse treinado nos moldes norte-americanos ele sobreviveria?

JS – Nunca teria estreado.

Foi uma entrevista rápida, apenas sobre o tema Storm Cat. Não demorou mais do que 30 minutos, numa manhã em Gulfstream. Mas acredito que muito foi dito em poucas palavras.

Seus conceitos me pareceram firmes e o dimensionamento que ele faz de si próprio, não faz juz ao sucesso que tem e o respeito profissional que nutre no seio deste mercado.

Jonathan Sheppard, não viaja, não vai a leilões e me disse em off porque. Para ele o treinamento de um cavalo de corrida requer 24 horas de sua atenção. Se deixar nas mãos dos assistent trainers, por melhor que estes possam ser, você não estará perfeitamente sintonizado com o animal que treina.

Uma boa lição para os jovens treinadores que acreditam ser mais importante treinar seus proprietários do que os cavalos dos mesmos. Infelizmente, o que na prática funciona...